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Josh



— Chamem uma ambulância, rápido! – gritei tentando descobrir o local do tiro para estancar o sangramento.

— Josh... – Meu pai tentou falar.

— Fique quieto papai, não tente falar, o socorro está a caminho. – Pedi abrindo sua camisa, o tiro poderia ter atingido o pulmão ou o próprio coração e ele morreria a qualquer momento.

— Preste a atenção filho. – Ele pediu segurando minha mão. Olhei para ele, mortalmente pálido e me senti em pânico.— Me perdoe pelo que fiz a você. – Ele continuou.

— Papai...

— Eu não sinto mais dor alguma, estou morrendo Josh, por favor, ajude sua irmã a reerguer o Sr. Patrick.

— Eu... papai...

— Por favor. E arrumem essa casa, deixem como sempre foi, como sua mãe gostava. Prometa.

— Nós arrumaremos. – Prometi.

— Ótimo. Quero vocês aqui, sempre que puderem, é o lar de vocês.

— Papai... – Sofia veio até nós, chorando.

— Minha menina, afinal não é tão cabeça de vento como parece. – Ele brincou sorrindo para ela. O som da sirene chegou até nós, e estava cada vez mais perto.

— O socorro está chegando, fique calado, papai. – Sofia pediu segurando sua mão.

— Onde está Claire? – Ele perguntou.

— Estou aqui. – Claire falou parada ao nosso lado.

— Esqueça tudo o que eu disse antes, aceite a ajuda do seu irmão, vocês podem tocar aquilo juntos. Você já provou que é capaz.

— Depois conversamos sobre isso, O.K.? -Os paramédicos chegaram ao mesmo tempo em que ele perdia os sentidos. Ajudei no que pude, mas estava tão nervoso que me afastei.

— Alguém vai connosco? – O paramédico perguntou.

— Não, qualquer um de nós só atrapalharia, podem ir que seguiremos. – Claire falou antes que eu respondesse. Depois que eles partiram, seguimos até os nossos carros, estávamos novamente com o carro da mãe de Liv.

— Dirija você. – Pedi olhando para minhas mãos sujas de sangue.

— Tudo bem. – Liv concordou. Já no caminho, com Claire no carro atrás de nós, lembrei de Susan.

— Pegaram a vagabunda? – perguntei a Liv.

— Susan foi levada pela polícia, sorte termos o tio Harry lá naquele momento.

— Sim. – Fiquei em silêncio enquanto ela seguia a ambulância.

— Suas irmãs estão bem atrás de nós. -Apenas concordei com a cabeça, pensando no desfecho daquela história.

— Eu devia ter ido na ambulância, talvez eu pudesse ajudar.

— Ou atrapalhar, você está muito nervoso. -Chegamos ao hospital e entramos todos juntos na emergência. Já sabendo de quem se tratava, toda a equipe médica estava aguardando para socorrer o dono do hospital.

— Vamos direto para o Centro Cirúrgico. – Um médico avisou.

— Eu quero...

— Josh, por favor, aguarde aqui connosco. – Claire pediu, segurando o meu braço. O médico se afastou correndo e olhei para ela sem entender.— Querido, se ele morrer, você vai se culpar o resto da vida. – Claire explicou.

Um Sonho de DoutorOnde histórias criam vida. Descubra agora