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Desliguei o carro e suspirei, olhando a casa a minha frente. Tudo mudou tão rápido, de um jeito bom, que eu até cheguei a ficar com medo. Me olhei no retrovisor e fiz uma careta de desgosto. Meu rosto tinha muitas marcas da luta de ontem e de longe poderiam notar meu cansaço.

- Não vai descer filha? - Me assustei e olhei para o lado vendo meu sogro.

- Sr Alejandro, bom dia! - Ele sorriu.

- Bom dia - Eu abri a porta e desci - Vamos tomar café, acho que ninguém está acordado ainda - Eu olhei para o relógio em meu pulso.

- Está bem cedo - Andamos em direção à casa.

- Eu sinto muito pela luta de ontem - Falou me guiando até a cozinha.

- Nem sempre ganhamos - Dei de ombros.

- Senta, eu vou te servir um café - Eu me sentei no banco do balcão - O que houve? Você nunca perdeu uma luta tão fácil - Suspirei.

- Eu não consegui me concentrar o suficiente, acho que são os problemas - Ele colocou a xícara com café na minha frente.

- E quais são os problemas? É algo com a Camila? Se bem que ela é péssima em esconder seus sentimentos e ela está bem animada ultimamente - Eu neguei sorrindo.

- Sua filha não tem nada haver com isso, são apenas os comentários maldosos na internet, mesmo que eu tente ignorar não consigo - Ele se sentou ao meu lado - Eu sempre recebi comentários de ódio ou pessoas que não acreditavam que eu podesse chegar onde eu estou, eu nunca liguei, mas ultimamente eu me sinto mais magoada com isso, como se eu fosse uma pessoa frágil - Senti sua mão em meu ombro.

- Você é forte Lauren e eu não falou apenas de músculos, estou falando de você toda. Seus pais e seu padrasto, nunca te apoiaram. Você não teve apoio emocional nem pra compartilhar sua felicidade, então guardou seus sentimentos pra si. Ai chegou seus amigos e uma parte desse muro se quebrou, então chegou a Camila e derrubou ele completamente. Eu nem preciso te perguntar se ama minha filha, porque vejo isso em seus olhos e agradeço à Deus por ter te colocado na vida dela - Sorri - Agora você não está sabendo lidar com todos esses sentimentos que estão surgindo - Olhei para a xícara de café.

- Como pode ser tão sábio Sr Alejandro? - Ele riu.

- Eu não escolhi psicologia pelo dinheiro - Ri fraco.

- E o que eu faço? - O olhei.

- Eu não posso te responder isso, mas se pergunte o que você pode fazer pra controlar tudo isso - Neguei com a cabeça.

- Eu não faço a menor idéia - Ele sorriu e se levantou.

- Bom eu tenho que ir trabalhar - Me levantei.

- Muito obrigado Sr Alejandro - Ele assentiu.

- Sobe lá no quarto da Camila, ela provavelmente está dormindo - Eu me despedi dele.

Subi correndo as escadas e entrei na última porta do corredor. As cortinas estavam abertas, clareando o quarto e me dando uma bela visão da latina. Ela dormia de bruços, sem nenhuma roupa, apenas o lençol cobria sua bunda e metade de sua coxa. Fechei a porta e as cortinas, então me despi ficando apenas com a calcinha e minha blusa. Me deitei de bruços, com a cabeça em sua costa, perto daqueles montes e minha mão direita acariciava sua bunda. Senti ela se mexer e resmungar algo, mas não entendi.

- Lolo? - Fiz um som nasal - Deita aqui comigo - Sorri.

- Aqui tá tão bom - Dei uma leve apertada em sua bunda.

- Safada - Sussurou.

- Quem eu? - Abaixei o lençol - Eu não sei de quem você está falando Camz - Distribuí beijos por ali - Eu sou um anjo - Dei uma mordida.