Rivalidade por amor, fanfic BNHA

#Capítulo 38 - O Luto incurável

*POV Katara*

Acordei e percebi que ainda estava no hospital, peguei meu celular e vi que era umas 6:45 da manhã, meu pai mandou uma mensagem dizendo que estava vindo me buscar, levantei, uma enfermeira veio checar meus sinais vitais e minha pressão, estava tudo normal, então me liberou, encontrei meu pai na recepção, ele não disse mais nada, eu tive que puxar assunto

- Já buscaram o corpo da mamãe? – pergunto

- Não se preocupe, deixei com a melhor funerária da cidade, precisamos arrumar as coisas para o funeral, avise o Shoto quando chegar em casa, eu vou sair – ele diz e estaciona o carro na frente de casa, eu desço do carro em direção a porta

- Bom dia, mana, como foi a noite, está melhor? – pergunta Shoto, arrumando as coisas e aguardando a funerária chegar com o corpo da mamãe

- Pior, impossível, queria me jogar de um penhasco, mas eu não posso né? – eu digo desanimada, subindo as escadas

- Não fale assim, Ka, a mamãe não estaria feliz em ouvir isso de você – disse ele me observando no pé da escada

- Mas ela não está aqui, não mais, então para de tentar me consolar assim – eu digo e saio correndo para o meu quarto

- Ai, Ka, por favor, não faça nenhuma loucura – disse ele, eu não consegui ouvir o resto de seu comentário, mas precisava me vestir para o sepultamento

Tomei um banho para tirar o cheiro de hospital de mim, fiz uma maquiagem bem forte, bem preta para esconder minhas olheiras, coloquei um vestido preto todo fechado e um salto simples, arrumei meu cabelo em um coque alto desajeitado e desci

Foi ai que ouço a campainha tocar, eram os rapazes da funerária, chamei o Shoto para atender-los, fui até a cozinha para ver se comendo, eu possa afogar minha depressão, chegado na mesma, minha tia estava lá

- Tia Kaira? Como você chegou tão rápido? – digo dando um abraço nela, a mesma estava com marcas de choro no rosto, não podia reclamar, eu também estava, secamos nossas lágrimas

- Peguei o primeiro voo para cá, quando o Shoto me avisou sobre a minha irmã, como você está, Ka? – ela me perguntou

- Nada bem, meu peito doi muito tia, me sinto vazia, sem um proposito, eu ainda não acredito que minha mãe não está mais aqui com a gente – digo comendo um salgado, Shoto chega na cozinha com varios papeis na mão

- O corpo da mãe já está aqui, o pessoal da funerária já ajeitou tudo, agora podemos colocar os salgados na sala e o suco junto, e o Endeavor, onde está? – ele pergunta

- Ele saiu depois de me deixar aqui em casa, vamos ficar lá na sala, logo logo as pessoas vão chegar – digo e saio de cabeça baixa

Quando vi o caixão no meio da sala, chorei muito não aguentei, queria me matar naquela mesma hora, não sei como eu aguentaria viver sem ela, e como se parte da minha vida fosse embora junto com ela, minha mãe, minha maior inspiração, meu maior orgulho e maior apoio

Passou-se um tempo, nossos colegas e antigos amigos da mamãe e da tia Kaira chegaram, tudo que ouvimos foi: "Minhas mais profundas condolências pelo falecimento de sua mãe. Eu sei que foi inesperado","Uma mãe é uma pessoa muito especial, e não há ninguém que seja tão querido em nossos corações", "Eu sei que este é um momento muito difícil para você. Sua mãe era uma pessoa maravilhosa, e sua falta será muito sentida", enfim, essas mensagens me faziam mais mal do que bem, me lembrava que ela nunca mais ira voltar, só queria subir para o meu quarto e nunca mais falar com ninguém

-Amiga? Ka? Tá voando? Você está bem? – disse Bagy quando me encontrou no meio dos convidados

- Por que todo mundo me pergunta isso, CLARO QUE EU NÃO TÔ BEM, MINHA MÃE MORREU, QUE ÓDIO – eu quase gritei, a Bagy ficou assustada