9. I'm crazy for you

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HARRY.

Louis sempre foi muito fechado, meu maior desafio sempre foi arrancar alguma coisa que ele guardava. Quando nos conhecíamos e nos falávamos bem, ele nunca dizia o que pensava.

Há cinco anos Louis era bem pior, quando seu pai morreu e ele soube que o pai dele não era bem o que havia morrido, foi quase impossível falar com ele e saber o que ele sentia. Apesar dele ter aceitado bem a chegada do novo “pai”, sua mãe achou melhor um psicólogo trata-lo e eu me sentia incapaz em relação a ele.

“Lou?” Liguei pra ele e uma voz de defunto me atendeu. “Que foi?” 

“Nada, Harry, eu to bem.”

“Porra, Louis, todo mundo pode estar bem, mas você não está.” Falei e ele fungou do outro lado da linha

“Briguei com Niall...” Ele falou e eu bufei.

“Dez minutos e eu to aí.” 

Não esperei sua resposta, desligando e saindo rapidamente, avisando a minha mãe e pegando seu carro.

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“LOU? LOUIS!” Gritei embaixo de sua janela e um garoto de olhos azuis bem depressivos apareceu, cheio de olheiras. “Bora, vamos sair. Cinco minutos pra você descer.” Falei antes de ser cortado e o garoto se virou.

Andei até os degraus da porta da frente e sentei, apoiando o queixo nas mãos.

“Poxa, Harry, você viu que eu não estava bem, o que veio fazer aqui?” Ele disse e eu me levantei, ao perceber sua presença atrás de mim.

“Por isso eu vim.” Falei e passei os braços ao redor de sua cintura, sentindo a retribuição. “Vamos, não temos tempo pra isso.”

Peguei sua mão e o levei até o veículo que estava estacionado, dirigindo até um parque.

“Caramba, você gosta mesmo de parques.” Lou riu e eu concordei.

“Melhores lugares.” Peguei sua mão novamente e saímos do carro, sentando em um banco branco, na frente de uma árvore. “Pode falar agora.” O sorriso sumiu de seu rosto e ele começou a chorar em meu ombro e a balbuciar que havia brigado com Niall.

“Olha, não fica assim Loueh!” Segurei as laterais de seu rosto e levei meus lábios até o seu, sentindo o gosto doce novamente.

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LOUIS.

Beijei tanto Harry Styles no dia anterior que acho que seu DNA ficou grudado na minha boca.

O observava novamente de longe, quando o vi se aproximar e me abraçar, puxando assunto e me fazendo rir.

Saí no amontoado de gente para o pátio com o garoto cacheado e fiquei encostado na parede enquanto Harry contava uma história qualquer.

“Honey, eu vou ali e te encontro na sala.” Ganhei um beijo na bochecha e o observei se misturar com os outros garotos.

“Então...Harry ainda?” Niall perguntou e eu sorri, já o havia perdoado.

“Claro, né!” Ri, mas ele continuou sério.

“Não ta sabendo sobre ele e Taylor?” Meu amigo falou e um certo desespero tomou conta de mim.

“Como assim?” Perguntei estático e ele engoliu em seco.

“Olha.” Niall apontou e uma garota loira estava com os braços em seus ombros. “Eles ficaram naquela festa de sexta, Lou...Desculpa se você não sabia.”

Ignorei a fala dele e caminhei decidido até o grupinho.

“Que porra é essa de Taylor?” Harry se soltou dos braços da garota e me olhou, com seu amigo ao lado. Os dois trocaram um olhar vacilante e a antiga expressão suave que ele trazia mudou para uma mais dura.

“Que é garoto?” Ele perguntou e eu fechei a boca.

“Harry?” Perguntei vacilante.

“Sai cara, você não é nada meu, não te devo satisfações.” Encarei as costas alvas dele e meus olhos se encheram de lágrimas.

Por favor, me traga o Harry que eu conheci de volta, por favor, por favor

Wagers (Adaptação Larry Stylinson)Onde histórias criam vida. Descubra agora