capítulo 2

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Miguel

Entramos nas urgências e deixei-a com os enfermeiros, não queria deixá-la "sozinha" mas não pude entrar com ela, não me deixaram.Passaram uns minutos mas que para mim pareciam horas, até que o médico vem até onde os acompanhantes dos doentes estão e pergunta: -parentes da menina Liliana grandiyú?

Imediatamente entrei em alerta , levantei-me e repondi: -sou eu...Doutor, o que se passa com a Lih?- perguntei imediatamente, estava complemente desesperado, é compreensível ser bem direto ao ponto, não?

-bom, o estado da paciente é crítico, teremos que realizar uma intervenção cirúrgica urgentemente

-O quê que se passa com ela?- sinto lágrimas a caírem dos meus olhos

-A paciente sofre de uma apendicite avançada, o que quer dizer que ela pode não aguentar e... acabar por falecer , prepare-se para o pior!- quê? Ele tava me a dizer que a Lih ia me deixar? Ia me deixar na escuridão? Ia me deixar sem chão? Sem vida?

- quando vão operá-la?-pergunto já vasado em lágrimas

-agora mesmo

-posso assistir à cirúgia?

- pode, mas terá de se equipar com um fato próprio e claro, atrás de um vidro, acompanhe- me por favor...

Eu sigo-o e ele entra na sala de operações mas antes entrega-me o fato que devo vestir e diz-me para eu ficar atrás daquele maldito vidro.

Sinceramente sinto-me culpado, sou tão idiota, como não me apercebi de nada?!

Eles começaram a operá-la e eu pedi a deus mentalmente para a minha princesa ficar bem... se for para que alguém sofra , porque não eu? Porquê ela? Eu não quero vê-la assim, ela é tudo pra mim, eu quero-a pra mim, pra ser a mãe dos meus filhos, quero fazê-la feliz! Será que é pedir muito?!

Ao lembrar-me que os pais da Lih não sabem do que está a acontecer,decido ligar para a mãe dela e reparo que tem várias chamadas da mesma.

Então chamo para o telemóvel da mãe dela, dona Gabriela, ela atende logo no primeiro toque e não me deixa nem falar primeiro dizendo com a voz preocupada: -Miguel?olha a Liliana está contigo?ela deveria estar aqui em casa e que eu me lembre não me disse que ia sair depois das aulas, eu tentei ligar-lhe várias vezes e o telemóvel dela tava desligado e também tentei ligar para ti mas não me atendeste, estás com ela?-ela falou rapidamente , notava-se perfeitamente que estava nervosa

-calma dona Gabriela, ela está comigo e o meu telemóvel está em silêncio evi as suas chamadas quando ia ligar para si, e o dela está comigo que ficou sem bateria...

-ah tudo bem... mas tens o telemóvel dela porquê? E porquê que ela ainda não chegou em casa? Podes passar-lhe o telemóvel por favor?

-dona Gabriela, a Liliana veio para o hospital...-eu ia dizer o porquê mas ela interrompeu-me

-o quê que se passa com a minha filha?

-ela tem uma apendicite avançada , mas está a ser operada

-estou a ir pr'aí-ela disse rapidamente e desligou a chamada

Aproveitei que já estava com o telemóvel na mão e mandei uma mensagem à Camila a dizer: camila,a Lih tem uma apendicite avançada e está a ser operada, por isso é que não fomos para as aulas

Passado uns segundos ela responde: estou a chegar aí


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