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— O que está fazendo aqui, Shin Yuna? — uma voz ríspida ecoou de dentro do carro, e todos nós nos levantamos em um pulo, curvando para a Sra. Shin. — Tem celular apenas para usar de enfeite?! Eu te liguei inúmeras vezes!

— A senhora me ligou? — Nana indagou surpresa e retirou seu celular do bolso frontal da mochila, checando as ligações perdidas. — Me desculpe por isso, não irá se repetir!

— Espero mesmo que não se repita. Agora, entre no carro, porque você ainda tem as suas obrigações a cumprir. — a mãe de Yuna voltou a dizer, e nós apenas permanecemos em silêncio.

Mesmo que ainda revoltada, a Sra. Shin nos cumprimentou e sorriu, puxando assunto enquanto esperava pela a filha.

Com uma expressão um pouco triste, Nana nos abraçou em despedida e entrou no carro, com certeza, se sentindo culpada pelo o seu erro.

— E você, Eunbi? Não aceita uma carona? — a senhora perguntou encarando a garota, que apenas olhou para a amiga, como se pedisse por uma resposta. Afinal, ainda havia uma possibilidade da Sra. Shin dar um sermão na filha na presença de Eunbi.

— Obrigada, Sra. Shin. — Bibi respondeu após ver a amiga assentindo e se despediu de nós, entrando no carro em seguida.

— E sobrou apenas a gente, como sempre... — Hoseok murmurou enquanto observava o carro se afastar e me olhou, forçando um pequeno sorriso.

— Foi bom enquanto durou, meu caro. — coloquei minha mão sobre o ombro dele e o virei para a direção oposta, levando-o comigo pelas ruas.

Durante a nossa caminhada, acabei contando sobre o meu novo vizinho e como ele me esgostava a paciência. Surpreendentemente, Hoseok me entendeu e riu algumas vezes, concordando que aquele garoto estava mesmo querendo me provocar.

Ao chegarmos na esquina da minha rua, Hoseok me olhou e sorriu, ainda feliz pelo tempo em que passamos com as meninas.

— Vejo você amanhã, Mochi.

— Não se eu te ver antes. — sorri minimamente e o observei soltando um riso, antes de me virar e voltar para a casa.

Quando passei pelo portão, a primeira coisa que fiz foi olhar ao redor e procurar por qualquer mínimo sinal do pirralho. Felizmente, só havia paz e tranquilidade.

— Como você está, meu bem? — indaguei para o meu pequeno limoeiro e sorri, admirando-o.

Suas folhas estavam tão verdinhas, e as flores se abriam de forma encantadora, juntamente com os limões, que cresciam cada vez mais. Logo teremos belos limões para belas tortas e limonadas. Ah, como amo uma limonada geladinha neste calor!

Depois de inspecionar as plantas de minha mãe, finalmente entrei em casa e tirei meus sapatos, deixando-os no armário próximo à porta.

Honestamente, amo a nossa cultura de não entrar em casa com sapatos usados na rua, mas confesso que, quando mais novo, detestava ouvir minha mãe pedindo para a cumprir. Acho que nenhuma criança gosta de interromper sua correria entre as ruas e o interior da casa para trocar o que calça.

— Minha cama, eu senti tanto a sua falta! — exclamei ao me jogar de costas sobre ela e fechei os olhos por alguns minutos, aproveitando o silêncio para descansar.

Depois de recuperar um pouco da energia perdida, me levantei e troquei minhas roupas. Como de costume, coloquei uma bermuda jeans e vesti uma camisa larga branca. Sei que usar roupas largas intensificam a minha aparência de "baby mochi", mas não posso fazer nada em relação à isso. Elas são confortáveis, e é isso o que importa.

Ao olhar para a janela e ver que a cortina ainda estava fechada, me encontrei em um pequeno dilema. Abrí-la ou não? Ainda havia uma possibilidade de o garoto voltar a me perturbar se notar que a abri, mas... talvez ele esteja ocupado com outras coisas, certo? Aquele pirralho não poderia ser um stalker, assim eu espero.

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⏰ Última atualização: May 21, 2022 ⏰

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Citrus Friend • jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora