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Aviso: A partir deste momento, essa fanfic pode se tornar um pouco sombria e caso você não queira ler um conteúdo um tanto pesado, não recomendo. Este capítulo contém, apesar de não explícito, um conteúdo delicado que pode deixar algumas pessoas desconfortáveis.

Um herói deve usar seu poder para defender, seus punhos para vencer e sua vontade para trazer esperança para os indefesos.

Tendo sido criado pelo maior herói nos olhos de Michael, o adolescente sabe muito bem disso. Um herói não mata em hipótese alguma, pele menos não por vontade própria. Até porque todas as pessoas merecem segundas chances, Michael sabe muito bem que nenhum humano merece ser tratado como um animal, aguardando ser abatido.

Pessoas que se tornaram vilões devido a sociedade que julgava suas individualidades, crianças que perderam o controle de seu poder e acabaram causando catástrofes, posteriormente sendo tratadas como monstros e até crianças com personalidades erráticas devido a estímulos de seu próprio poder. Essas eram pessoas que mereciam ser salvas, tratadas, para que pudessem ser reintegradas na sociedade.

Claro, essa sociedade super poderosa é definitivamente porca e precisa mudar imediatamente ou mais e mais vilões surgirão. 

Mas, voltando ao assunto principal, Michael pode não conhecer as circunstâncias que levaram uma pessoa a seguir o caminho da vilania, mas sabe muito bem quando alguém precisa de ajuda. 

Mas ao mesmo tempo, ele sabe muito bem quando alguém não merece ser salvo.

"Homens são presos, monstros morrem."

Pessoas como All For One ou Muscular, que sentem prazer no que fazem, são monstros que não merecem segunda chance, mesmo a prisão é algo leve considerando seus atos. Eles desejam apenas poder, sangue e escutar os gritos das pessoas inocentes.

Não importa quem irão ferir, seja criança, adultos ou idosos, eles se divertirão no processo.

Michael não era como Midoriya, ele não tentaria salvar esses dois, não tentaria fazer com que eles se redimissem de seus atos. Em um mundo como este, Michael era mais parecido com a vontade coletiva daqueles feridos, aqueles machucados por estes monstros, que se pudessem, fariam de novo sem remorso algum.

Ele poderia ter objetivos nobres, mas Michael não se via como um herói e mesmo antes da morte de seu pai, ele não era alguém que sentiria remorso em matar alguém maligno por escolha própria. A morte de seu pai serviu apenas para intensificar este sentimento.

"Se você mata um assassino, ainda haverá a mesma quantidade de assassinos no mundo."

Para Michael, frases como essas eram idiotas. Se ele tivesse que se tornar um assassino para se livrar de um estuprador no mundo, ele não pensaria duas vezes.

Michael não se impediria de tirar a vida de um monstro se necessário, mesmo que isso o tornasse um assassino.

Se ele tivesse que matar uma pessoa para salvar um milhão, que assim fosse.

E considerando sua mentalidade, isso não demorou a acontecer.

... ... ...

Meses atrás.

Em uma sala escura, uma porta voou pelo local até bater na parede, a luz do luar iluminando o caminho por onde uma figurava negra caminhava.

Este era Berserker, o vulgo utilizado por Michael em sua busca por informações. 

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