QUATRE

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Dois dias passaram, e "Izuku e Katsuki já agiam como um casal recém-casado"; foi o que Dabi disse quando ele os encontrou na sala assistindo um filme e comendo cereais.

Katsuki já era alguém que os amigos de Izuku já gostavam e ele também gostava deles. Mais cedo, eles haviam estado ali na sala assistindo tv e almoçando juntos, era como uma grande família e Katsuki sentiu vontade de se acostumar com isso.

Com Dabi e Izuku brigando e competindo no video-game como duas crianças e Keigo botando lenha na briga, com Toga lhe pedindo pra arrumar seu cabelo já que ele fazia melhor que ela e com Jin o ajudando a fazer o almoço já que mais ninguém sabia fazer.

Katsuki parou de dormir no hotel, Izuku o fez trazer todas as suas coisas para o seu apartamento, e ele obedeceu querendo passar o máximo de tempo possível do lado de Izuku.

Eles dormiam juntos, Katsuki acordava com um Izuku beijando seu rosto com um sorriso enorme, eles faziam pequeno-almoço juntos, bom, Izuku fazia, Katsuki só o abraçava por de trás e ficava cantando as músicas de Frank Sinatra e Dean Martin que vinham do antigo vinil que pertencia a Inko, eles tomavam banho juntos, se distraiam e depois tomavam banho de novo, eles passavam um tempo juntos até os amigos de Izuku virem almoçar, os seis conversavam e depois iam embora e Katsuki e Izuku se distraiam mais um pouco, Izuku desenhava Katsuki, eles jantavam no terraço do prédio, assistindo as luzes da torre eiffel serem ligadas.

Era ali que estavam agora, no terraço do prédio, comendo macarrão à bolonhesa e bebendo vinho, novamente, Izuku diz que ele quer que Katsuki prove todos os seus vinhos favoritos.

“E ele é tão irritante, ele só sabe sabe falar da porra d-

Katsuki estava reclamando sobre seu vizinho por volta de uns dez minutos, e Izuku esteve escutando, de verdade, os primeiros três minutos, depois disso ele ficou admirando tudo no loiro.

“Je t’aime.” (eu te amo) ele soltou, interrompendo a fala de Katsuki.

“Eu não entendo francês, lembra, Deku?”

Izuku assentiu, sorrindo ladino, uma de suas mãos pegando no queixo de Katsuki, “É uma pena, chéri.”

“Você não vai me dizer?” Izuku negou, chegando mais perto dele, “Então repete, pra eu lembrar quando aprender francês.” Katsuki implorou em um sussurro, os olhos semicerrados.

Izuku suspirou, e o ar quente de sua boca deixou Katsuki arrepiado, “Ah, je t’aime, je t’aime, je t’aime tellement et je t’aimerai pour le reste de ma vie.” ( Eu te amo, eu te amo, eu te amo tanto e vou te amar para o resto da minha vida.)

“Você falou mais agora.”

Eles sussurravam de olhos fechados e testas coladas, o dedão de Izuku fazia um carinho na bochecha de Katsuki que tinha ambas mãos segurando o pescoço do esverdeado.

“Je t’aime, mon chéri, pour toujours.” (eu te amo, meu bem, pra sempre) Izuku deixou um beijo casto nos lábios de Katsuki “É uma promessa. Não esqueça dela.”

E mesmo Katsuki não fazendo ideia do que a promessa significava, ele assentiu, “Não vou. Não vou esquecer de você também. Nunca.”

“É uma promessa?”

Ele confirmou, suprimindo um sorriso, “É uma promessa.”

E ali, lentamente, seus lábios selaram, enquanto ambos corações prometiam um amor eterno.

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Era, oficialmente, o dia que Katsuki iria embora. Que o amor de Paris daria seu adeus e nada mais aconteceria entre os dois. Agora seriam estranhos, novamente, mas agora, diferente de antes, que tiveram uma história, e, ah, que bonita história, mas que ambos têm plena consciência que não deixará de ser uma história.

Ambos passaram o dia sem tocar no assunto de que, dentro de umas horas, tudo isso não passaria de passado.

Então a rotina decorreu normalmente, Izuku acordou Katsuki com beijos, eles fizeram pequeno-almoço ao som de Sunflower de Frank Sinatra, ambos se beijaram três vezes mais do que em um dia normal, eles tomaram banho juntos, e tiveram que tomar mais que um, por sempre se distrairem, os amigos de Izuku não vieram naquele dia, então Katsuki, pela primeira vez, desde que esteve no apartamento de Izuku, fez um almoço sozinho, para duas pessoas, enquanto o outro o desenhava apaixonadamente.

Diferente das outras vezes, agora eles estavam pegando um taxi, as bagagens do loiro no porta-malas e Izuku segurava sua mão com força, o polegar fazendo movimentos circulares na mão de Katsuki.

Eles não conversaram durante a viagem até o aeroporto, não conseguiam na verdade.

O que tinha ali pra dizer? Eles sabiam desde o início que não era pra sempre.

Foi Izuku quem carregou as duas malas de Katsuki até dentro do aeroporto.

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Estava tudo pronto, em cinco minutos, Katsuki partiria.

E quando o loiro se apercebeu disso, ele desabou no peito de Izuku, segurando o moletom preto com tanta força que talvez se fosse um tecido mais fraco, teria rasgado.

Hesitante, Izuku enrolou seus braços no corpo dele, os longos dedos enrolando lentamente, como se estivesse com medo de o tocar, nos fios loiros do mais baixo.

“Oh, chéri, por favor, não chore.” ele implorou baixo, ainda que estivesse se segurando pra não fazer o mesmo.

“Nós estávamos destinados a dizer adeus, não estávamos?”

Era uma confirmação que ambos desejavam ser negativa.

Izuku suspirou, evitando olhar diretamente para as íris vermelhas, “Sim, acho que sim.”

“Me beija.” Era seu último pedido. Um beijo. Um ponto final para aquela história.

“Eu- Eu não posso, Kacchan.”

“O quê? Porquê?”

“Porque,” ele disse, enquanto seu rosto se inclinou, “Se eu te beijar agora eu não vou conseguir parar.”

Katsuki o beijou. Sem aviso prévio, sem permissão. Sem ao menos decidir fazer, mas simplesmente porque ele não conseguiria fazer outra coisa.

Ele precisava daquela respiração que Izuku estava segurando.

Eles se separaram, as respirações quentes se misturando.

“Eu quero-” Ele hesitou, evitando novamente o vermelho que tanto amava, “Quer saber? Não importa o que eu quero.” sua voz estava mais quieta agora.

“O que você quer?”

Vermelho no verde. Novamente. E todos os momentos juntos passaram na frente dos dois. “Você.”

“Nós não queremos isso. Mas você tem que entender que é apenas como a vida funciona.”

A chamada de voo para o Japão foi escutada. Foi Katsuki quem quebrou o abraço.

Eu consigo fazer isso, ele pensou, e mesmo que não consiga. Eu tenho que fazer.

E então, ele foi embora. E Izuku assistiu a tudo em silêncio, enquanto lágrimas que segurava desde o momento em que acordou molhavam suas bochechas.

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aaaaa falta somente mais um cap pra terminar!!

finalmente a cena da descrição apareceu amores, e como eu AMO essa cena, juro.

por favor, me digam que eu conclui meu trabalho bem de deixar claro que os decchan são tão melosos que não conseguem ficar mais de três segundos sem se tocarem.

also, eu queria ter tido a oportunidade de ter criado uma playlist melhorzinha, mas como eu escrevi ela tão rápido eu só coloquei as que me lembrava no momento. Espero que vocês escutem elas mesmo assim, particularmente, eu já li a história com e sem a música e recomendo 100% escutar com, dá um "flavor" na história. Não sei explicar!!!

MON CHÉRI (dkbk) Onde histórias criam vida. Descubra agora