Capítulo 17

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Ally

Os ensaios tinham começado, e pra minha alegria eu ia ser a Julieta e o Paulo o Romeu, além de ter que ser a principal eu tinha que decorar textos enormes, a partir dali eu comecei a reconhecer a profissão de um ator, aliás eu tinha que decorar tudo pois pra saber onde eu falava tinha que saber as falas de todo mundo.

Paulo foi fofo, me ofereceu ajuda pois os teatros da escola era todo ano e todos estavam acostumados e eu não, ele ia me ajudar no almoço lá em casa hoje mais tarde.

Também penso muito sobre esse ano e como passou rápido, parece que foi ontem que eu cheguei numa escola que eu mal conhecia e agora estou aqui ensaiando pro festival de final de ano, isso foi muito louco.

- ally como está indo a decoração das falas? - Paulo se aproximava de mim

- Mais ou menos, já decorei isso aqui - eu mostrava as folhas

- ally você ta indo muito bem, ta quase tudo decorado, daqui a pouco vamos começar a ensaiar os primeiras partes

- OK

Começaram os ensaios, e foi um saco, organizar aquele povo todo foi muito difícil, e ter que atuar pra um monte de gente e dar um beijo "profissional" em Paulo era coisa mais vergonhosa que eu ia fazer na minha vida, mas eu iria ter que fazer, porque era a nota final do fim de ano, eu não queria rodar por causa de uma presentação besta.

- Ensaios finalizandos, primeiro dia foi, ainda tem mais 2 semanas pra arrumar tudo isso, a professora Helena vai treinar vocês, OK? - diretora falava enquanto riscava algo de sua prancheta

- Ok! - todos concordaram

(....)

- Pai não estou nem um pouco feliz com essa apresentação de fim de ano, ainda mais que eu vou ser a protagonista - eu dizia fazendo uma cara de preocupada

- Filha isso é um aprendizado, aliás Paulo vai estar lá - meu pai sorria tímido
- A propósito ele não vai vim hoje aqui?

- Vai sim pai, já está chegando - eu dizia olhando o relógio

- Minha lasanha tá no forno só esperar assar - minha mãe dizia super empolgada

- Vai sair a melhor comida dai, to vendo tudo mãe - eu dizia pra mesma sorrindo

Vejo a porta bater, abro e Paulo estava todo arrumado, estava lindo e cheiroso.

- Oi meu bem, tava com saudades - Paulo sorria tímido enquanto me puxava pro abraço

- Você está cheiroso Guerra, passou o perfume que eu gosto né? - eu sorria feito boba

- Passei porque você ama esse perfume ally - Paulo me abraçava mais forte

- Vamos parar, meus pais vão pensar que estamos juntos, mas ainda não estamos juntos - eu dizia me afastando do seu abraço

- Eu entendo ally, agora vamos pra cozinha que eu estou morrendo de fome - Paulo passava a mão na barriga que deveria estar roncando

- Por aqui Paulo - eu mostrava o caminho enquanto ele me seguia

Caminhemos até a cozinha, onde estavam meus pais, Paulo por sua vez, estava tímido ao ver meu pai.

- Boa noite senhor Gusman - Paulo estendia suas mãos para o meu pai

- Boa noite Paulo, ally fala muito de você - meu pai o comprimentava e sorria
- Desculpas ser grosso com você aquele dia, era só porque eu não te conhecia

- Tudo bem Sr, eu entendo seu lado - Paulo sorria tímido

- Oi querido, como está? - minha mãe vinha em direção do Paulo para dar um abraço

- Estou bem Dona Priscila e você?

- Estou ótima, e não precisa me chamar de dona, pode ser de sogra ou Priscila - minha mãe ria da cara de sem graça que eu fazia

- MÃE! - somos apenas amigos

(...)

- Paulo vamos subir pro meu quarto, temos que ensaiar nossas falas - eu saia da mesma e ele também

- Vamos ally - Paulo tirava da sua mochila o roteiro

Andamos até o meu quarto, entramos e eu fechei a porta.

- Paulo você sabe que vamos ter que nos beijar no final né? - eu dizia fazendo uma cara estranha

- Eu li isso ontem, mas relaxa Gusman já nós beijamos lembra? - ele dizia rindo bobo

- Sim, claro que eu lembro, mas nunca beijei em público - eu dizia cruzando os braços

- Relaxa - Paulo levantou da cama e foi indo em minha direção

- Paulo, você vai querer me ensinar a beijar é isso? - eu dizia rindo

- Não eu vou te ensinar a perder vergonha

Antes mesmo de dizer algo, Paulo já tinha encostado seus lábios nos meus, sem querer sair dali, eu coloquei minha mãos sobre sua costas e o puxei mais para mim.

Beijar Paulo era incrível, cada beijo era uma supresa, um dia era mais suave outro era mais intenso, esse era um beijo leve, misturado com sentimentos e alegria por estamos juntos.

Cada beijo eu sentia que ele era a pessoa certa para mim, cada toque seu eu me sentia única e cuidada por ele, eu o amava tanto, cada detalhe dele eu amava.

- Paulo, está tarde melhor ir pra casa, - me afastava com dificuldade dos seus lábios

- Eu estou indo ally, mas antes me de um selinho de despedida - ele dizia fazendo bico

Dou o selinho que ele pediu.

- Te amo Guerra, até amanhã - me sentei na cama

- Te amo Gusman - Paulo sorriu, abriu a porta e fechou a mesma

- Como eu amo esse garoto - digo pra mim mesma

Continua....

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