Encontro com o destino

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Em pleno feriadão, sol brilhando e temperatura  perfeita para um passeio.

Rodrigo adorava quando tinha a oportunidade de trocar seu terno e gravata pela jaqueta de couro e capacete. Embora sendo o CEO mais jovem que a Companhia tivera, já tinha conseguido realizar alguns sonhos, entre eles o de comprar a sua Harley, sua paixão.

Deu a partida e logo em seguida já estava na rodovia federal.  Após uma hora chegou na Tenda Um, era o lugar oficial de parada principalmente para os motoqueiros que queriam descansar e tomar um café antes de caírem na estrada novamente.

Chegou no balcão, fez seu pedido, e não pode deixar de notar a ruiva que estava do seu lado. Era linda, bota e roupa de couro, pouca maquiagem. Uma beleza natural que se fazia notar.

Ela com certeza reparou que ele não parava de olhá-la pois, com muita atitude estendeu a mão:

-Boa tarde, Carolina. Como devo chamar quem tanto me olha?

Surpreso, por achar que estava sendo discreto, não teve alternativa:
-Rodrigo. A seu dispor.

E assim começou uma longa conversa em torno, é claro, de suas paixões por moto.

Depois de quase uma hora Carol, como ela falou que poderia chamá-la, foi a primeira a levantar. Era necessário seguir viagem. Na despedida um beijo no rosto que "escorregou" e acabaram num delicioso beijo. Quente, envolvente, com gosto de quero mais.
Ele pediu o número de telefone e para sua surpresa ela não deu, segundo ela se fosse o destino eles iriam se reencontrar.

Rodrigo terminou o café, pagou a conta, foi ao banheiro mais uma vez e subiu na moto. Andara uns 70 quilômetros quando os carros começaram a reduzir a velocidade até pararem completamente, ele conseguiu seguir entre os carros e avançar. Era um acidente de moto. Só um nome vinha na mente enquanto avançava: Carol!

Parou. De costas não tinha como identificar, outros motoqueiros já estavam parados chamando socorro, ele desce com o coração na mão perguntando se sabiam o nome, se era mulher. Nada, chegou mais perto e viu que o condutor era um homem, que já estava sentado no recuo do asfalto.

Foi como se o ar voltasse a circular, levou as mãos à cabeça e quando vira pra trás lá está ela. O abraço foi automático e inevitável. Ela explicou-lhe que o acidente teria ocorrido praticamente na sua frente, o colega motoqueiro teria perdido o controle da moto mas teria saído ileso somente com alguns arranhões.

Um novo beijo e um olhar simultâneo de certeza do que fariam. Voltaram para a estrada, desta vez juntos. Seguindo o que muitos poderiam chamar de destino.

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