Can You Love Me?

Eu gosto de você

Narrador (on)

Dew vira o copo com aquele líquido que desce ardendo por sua garganta.

C- Dew, calma!

Champ disse preucupado.

D- por acaso eu pareço nervoso?!

Disse ele com sua voz arrastada, dando todo indício de estar bêbado.

C- Dew! Não faça isso com você.

Ele pôs a mão sobre o ombro do amigo.

D- não enche! Você veio aqui para beber ou para bancar minha mãe?

Ele disse irritado.

C- beber não vai te fazer sentir melhor.

D- mas que droga, Champ! Eu estou bem! Nada aconteceu. Eu estou ótimo, não estou, Japan?

Ele tirou seu olhar de Champ e voltou seus olhos para Japan, que visivelmente concordava com Champ.

J- ah... Eu.. Eu acho que você está levemente alterado.

D- ouviu Champ?! Levemente alterado!

C- em outras palavras, você está completamente bêbado!! Desde que chegamos você não para de beber.

D- estamos em um bar não?! E eu não estou bêbado!

C- é claro que está! Eu sei que não é seu melhor momento Dew, mas beber até cair não vai fazer tudo sumir!

D- eu não estou bebendo para esquecer!!

Ele bateu na mesa, atraindo a atenção das pessoas ao redor.

C- Dew!!

Dew suspirou, tendo por um instante, um lapso de conciência.

D- estou com sono, vamos para casa.

Mentalmente os outros meninos estavam agradecendo pelas palavras que acaram de sair da boca do Dew.

D- me deixe apenas ir no banheiro.

Ele se levantou meio cambaleante, o que fez Champ se levantar também para o ajudar a se manter em pé.

C- quer ajuda?

D- não!!

Ele afastou as mãos do amigo de si.

D- eu não sou uma criança! Eu consigo andar sozinho!

Ele andou meio cambaleante para o banheiro.

J- eu nunca tinha visto ele desse jeito.

Ele disse preocupado.

C- é, eu também não.

Já no banheiro, o Dew se encostou em uma parede e fechou os olhos. Apesar de tentar mentir para os amigos, ele não conseguia mentir para si mesmo.

Naquele momento, ele estava guardando dentro de si, um turbilhão de emoções que queriam sair de qualquer forma.

Sem perceber umas lágrimas escaparam de seus olhos. Dew se sentia derrotado, humilhado, revoltado, naquele momento era como se o mundo dele tivesse desabado, uma sensação nunca antes sentida por ele.

Ele caminhou lentamente se apoiando na parede até a pia. Ele joga uma água em sua rosto e ficou olhando para baixo, deixando as gotas de água caindo do seu rosto para o chão.

Ele apertava o mármore da pia com força, tanta que sentia suas mãos doerem, mas esse era o objetivo, ele preferia sentir dor física do que encarar a dor sentimental. Ele fazia o possível para que aquelas emoções não saíssem, mas era apenas uma questão de tempo até ele perder o controle.