Prólogo

964 148 118
                                    


Um barulho alto de sirene acordou o pequeno garoto naquela noite. Curioso, ele seguiu até a janela onde viu varias ambulâncias e carros de policia passarem.

Ainda com sono o pequeno abriu a porta do quarto indo até as escadas, descendo cuidadosamente os degraus. Quando chegou no fim, ele se deparou com a televisão ligada no noticiário. Se tivesse prestado a atenção veria a repórter falando sobre um surto de uma nova doença não conhecida que atingiu o hospital central, pessoas corriam desesperadas por trás da mulher que não parecia estar mais calma que elas.

–Papai? Mamãe? – chamou, mas não houve resposta.

Um barulho alto de uma explosão o assustou fazendo com que ele gritasse, o garoto então saiu correndo de volta para seu quarto e se escondeu embaixo de suas cobertas.

– Jimin? – ele ouve a voz de seu pai e tira a coberta de cima de si. Foi quando o viu todo sujo de algo vermelho que se assustou mais ainda, o garoto não sabia o que era mas a expressão de seu pai e deixava com medo. O homem então correu pro guarda-roupas e começou a tirar várias peças de lá colocando-as em sua mochila.

–Papai porque esta guardando minhas roupas? – a criança perguntou enquanto seguia seu pai até o quarto onde ele e sua mãe dormiam, vendo-o repetir o processo com suas próprias roupas – Papai nós vamos viajar? Onde vamos?

– Filho, ouça bem. Nós vamos para casa do seu tio. Ficaremos seguros lá – ele respondeu colocando sua mão no ombro do garotinho de cabelos castanhos.

– Mas e a mamãe? – perguntou ainda assustado.

– Ela não vem filho .

Então, ainda de pijama o garotinho foi arrastado até o carro pelas mãos fortes de seu pai. E enquanto o pequeno Jimin chorava por ter que deixar sua mãe para trás, seu pai dirigia até a casa de seu tio.

O pior aconteceria quando Jimin percebeu que eles nunca chegariam lá.

O pior aconteceria quando Jimin percebeu que eles nunca chegariam lá

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

XXX 17 anos depois

Jimin acordou mais uma vez com fome. A comida estava acabando, então para que ela durasse pelos próximos dias decidiram comer apenas ao acordarem para terem energia até o anoitecer.

– Aqui Jimin, coma – uma das mulheres que o acompanhava lhe ofereceu uma lata de feijão enlatado, era a única coisa que eles comiam a dias.

– Obrigado Hana – nem esperou, ja foi puxando o lacre da lata logo sentindo o cheiro do feijão recém esquentado. – Você ja comeu?

– Ja sim – ela viu Jimin levar a lata até seus lábios e encher a boca quase se engasgando no processo. – Ei vai com calma morto de fome, ainda temos comida pra alguns dias. É o suficiente até chegarmos na Colmeia.

– Se chegarmos... – Jimin já não acreditava mais que conseguiriam chegar, desde que foi forçado a sair com aquele grupo sabia que tinham assinado seu atestado de óbito.

The Last Of Us | JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora