Um barulho alto de sirene acordou o pequeno garoto naquela noite. Curioso, ele seguiu até a janela onde viu varias ambulâncias e carros de policia passarem.Ainda com sono o pequeno abriu a porta do quarto indo até as escadas, descendo cuidadosamente os degraus. Quando chegou no fim, ele se deparou com a televisão ligada no noticiário. Se tivesse prestado a atenção veria a repórter falando sobre um surto de uma nova doença não conhecida que atingiu o hospital central, pessoas corriam desesperadas por trás da mulher que não parecia estar mais calma que elas.
–Papai? Mamãe? – chamou, mas não houve resposta.
Um barulho alto de uma explosão o assustou fazendo com que ele gritasse, o garoto então saiu correndo de volta para seu quarto e se escondeu embaixo de suas cobertas.
– Jimin? – ele ouve a voz de seu pai e tira a coberta de cima de si. Foi quando o viu todo sujo de algo vermelho que se assustou mais ainda, o garoto não sabia o que era mas a expressão de seu pai e deixava com medo. O homem então correu pro guarda-roupas e começou a tirar várias peças de lá colocando-as em sua mochila.
–Papai porque esta guardando minhas roupas? – a criança perguntou enquanto seguia seu pai até o quarto onde ele e sua mãe dormiam, vendo-o repetir o processo com suas próprias roupas – Papai nós vamos viajar? Onde vamos?
– Filho, ouça bem. Nós vamos para casa do seu tio. Ficaremos seguros lá – ele respondeu colocando sua mão no ombro do garotinho de cabelos castanhos.
– Mas e a mamãe? – perguntou ainda assustado.
– Ela não vem filho .
Então, ainda de pijama o garotinho foi arrastado até o carro pelas mãos fortes de seu pai. E enquanto o pequeno Jimin chorava por ter que deixar sua mãe para trás, seu pai dirigia até a casa de seu tio.
O pior aconteceria quando Jimin percebeu que eles nunca chegariam lá.
XXX 17 anos depois
Jimin acordou mais uma vez com fome. A comida estava acabando, então para que ela durasse pelos próximos dias decidiram comer apenas ao acordarem para terem energia até o anoitecer.
– Aqui Jimin, coma – uma das mulheres que o acompanhava lhe ofereceu uma lata de feijão enlatado, era a única coisa que eles comiam a dias.
– Obrigado Hana – nem esperou, ja foi puxando o lacre da lata logo sentindo o cheiro do feijão recém esquentado. – Você ja comeu?
– Ja sim – ela viu Jimin levar a lata até seus lábios e encher a boca quase se engasgando no processo. – Ei vai com calma morto de fome, ainda temos comida pra alguns dias. É o suficiente até chegarmos na Colmeia.
– Se chegarmos... – Jimin já não acreditava mais que conseguiriam chegar, desde que foi forçado a sair com aquele grupo sabia que tinham assinado seu atestado de óbito.
VOCÊ ESTÁ LENDO
The Last Of Us | Jikook
FanfictionDezessete anos haviam se passado desde o surto e não havia mais esperança para a humanidade... Até agora. Jimin era como qualquer outro, apenas um cara tentando sobreviver naquele mundo de merda, até ter a vida virada de cabeça para baixo ao ser mor...