24- Dad

312 25 50
                                    

{MARATONA 2/4} CAPÍTULOS FINAIS

Noah se levantou da mesa sem dizer nada e saiu da sala.
Marco respirou fundo e se levantou seguindo Noah.

- Marco pode ser um pouco... louco, sabe? Querer os filhos perto, mas fazer isso para conseguir- Sarah comentou limpando a boca- os anos não fizeram bem a ele.

- Sei como pode ser, Noah também não é lá o equilíbrio em pessoa, as vezes ele tem acessos de raiva.

- Por ciúmes?- perguntou e eu ri assentindo- eu sabia que ele iria ficar assim com você, ele odiava os caras que iam falar com você na época que te observava.

Sorri e continuei a comer. Sabia que me preocupar iria ser por nada, era inútil discutir com Noah e com Marco, sobre quem estava certo e quem estava errado. Sendo que nem eu mesmo sabia que estava certo.

- Quer carona para casa?- Sarah me perguntou e eu assenti- como estão seus pulsos?

- Bons, porque ele me amarrou?

- Ele gosta de dar mais drama a coisa toda, como se isso não fosse drama suficiente.

Sarah se levantou e pegou as chaves em seus bolsos. Me levantei junto e a segui para a garagem.

- E Noah?- perguntei me sentando no banco ao seu lado.

- Ele vem depois, ele está de carro.

A música tocava baixa no rádio enquanto eu observava a paisagem. A casa de Marco não era tão longe da minha, o que me surpreendeu muito.
A entrada da minha casa estava silenciosa, nenhum movimento.

- Obrigado pela carona Sarah- abri a porta e antes de descer olhei a loira ao meu lado- você devia falar com Noah, ele liga para você tanto quanto liga para mim. Ele deve estar chateado por descobrir ser filho de quem é, e chateado com você por não ter aparecido.

- Vou falar- sorriu para mim.

Desci do carro e fui até a porta da frente.

- Mãe? Pai?- gritei abrindo a porta. O silêncio foi minha resposta. Onde eles estavam?

Olhei no relógio da sala e vi que passava da meia-noite. Talvez eles estivessem dormindo, mas, eu estava desaparecido. 

Subi as escadas e entre-abri a porta do quarto dos meus pais. Eles realmente estavam dormindo, nem se preocuparam.

Caminhei até meu quarto que estava com a porta aberta e vi Will sentado na minha cama.

- Will?- chamei sua atenção tirando meus sapatos.

- Você está bem- ele se levantou e me abraçou- nunca mais me dê um susto desses.

- O que faz no meu quarto?- perguntei me afastando.

- Estava preocupado. Mamãe deu um remédio para papai dormir e tomou um também. Eu decidi esperar, achamos melhor não chamar a polícia, podia ser pior.

- Fez o certo Will, eu estou bem. Marco só queria conversar- me sentei na cama e ele se sentou ao meu lado- estou feliz que esperou, precisava desabafar.

- Pode me contar tudo- suspirei encostando minha cabeça no seu ombro.

- É uma história meio longa- disse com humor sentido seu sorriso contra meus cabelos.

My dear possessive- NOSHOnde histórias criam vida. Descubra agora