22- I'm not my mothet

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Encarava aqueles olhos seriamente, sentindo as lágrimas caírem dos meus.

Era muita coisa para absorver. Marco conhecia minha mãe biológica? E ainda por cima foi apaixonado por ela.

- Solte ele agora- aquela voz me fez sorrir e olhar para a porta do quarto- anda Marco.

Noah apontava uma arma para o homem que me segurava fortemente.

- Eu só quero ele de volta, você sabe como é estar apaixonado por alguém e perdê-la? Claro que não, o seu está vivo, bem- engoli em seco quando ele me chacoalhou enfatizando o que disse.

- Isso não é motivo para tentar usa-lo. Solta ele- me debati tentando me soltar, uma tentativa falha, pois seus braços me seguraram mais fortemente.

- Ursula teve apenas um filho. Sabe como foi difícil achar Josh? Claro que não, porque você não teve todo esse trabalho. Eu tinha que acha-lo, ele é minha ultima lembrança. E qualquer um que tentar tira-lo de min, vai morrer- me colocou em frente ao seu corpo e apontou a arma para Noah- você escondeu ele bem, achei que tinha matado ele. Quando Bailey disse que tinha achado ele, eu não pude acreditar, mas ai o idiota não quis trair o amiguinho, eu tive que tira-lo dos EUA pra conseguir o que queria.

Senti Marco se mexer atrás de mim, e começamos a andar.

- Seja um bom garoto e venha comigo- sussurrou em meu ouvido. Quando minha vida se tornou tão perigosa?

Olhei meu irmão que tinha um homem apontando uma arma para ele. Ele iria ficar bem, não ia deixar nada acontecer.

Franzi a sobrancelha vendo um pontinho de luz vermelha na testa do homem armado.

Em um segundo ele estava no chão, com sua testa sangrando.

- Merda- Marco sussurrou e começou a correr sem me soltar- não vou te perder de novo Ursula- apertou meu pulso, que segurava.

- Eu não sou ela- murmurei atordoado vendo as escadas.

- Claro que é- parou abruptamente segurando meus ombros- você é ela, ela é você. Ela sabia que eu viria atrás- voltou a andar e saímos da minha casa ido até um carro enquanto eu tentava me debater e jogar meu corpo no chão para tentar para-lo.

Senti um pano cobrir minha boca e nariz. O cheiro era bem familiar, dois anos atrás eu havia sentido o mesmo cheiro.



[...]
- Ele vai ficar aqui- senti minha cabeça latejar, ouvindo a vozes ao fundo. 

Abri os olhos não vendo nada. A escuridão me cobria e o desespero tomava posse de meu corpo. 
Tentei me mexer, percebendo meus pulsos amarrados atrás de meu corpo e meus tornozelos amarrados um junto ao outro embaixo de meu corpo.

Estava encostado em uma parede gelada, me fazendo sentir desconforto e dor. Minha boca tinha uma espécie de fita grossa, me impedindo de abrir a mesma.

O cheiro de mofo me deixava enjoado, e os ruídos de passinhos me deixavam assustada. Ratos.

O ruído de uma porta a minha frente me chamou a atenção, a luz invadiu a sala escura e me permitiu ver a silhueta de Marco.

- Como está Josh?- o encarei sem expressão- deixe-me tirar isso para você.
Se aproximou e arrancou a fita com tudo de meu rosto.

- Au?- meio que questionei em ironia sentindo o local arder.

- Me agradeça por deixa-lo falar- revirei os olhos e tentei me arrumar, conseguindo tirar as pernas de baixo de meu corpo e as dobrando bem a minha frente. Apoiei meu queixo no joelho e encarei o nada.

My dear possessive- NOSHOnde histórias criam vida. Descubra agora