My Unstable beloved - Lucius/Harry

Parte 8 - Uma entrega total.

Nota da autora:

Tem lemon aqui minha gente. Não riam do meu limão. Foi o que deu pra escrever. hahaha

Boa leitura.

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PARTE 8 - UMA ENTREGA TOTAL.

Semanas depois, Harry foi cruelmente confrontado pela realidade. Lucius começava a acordar com crises, chamando pessoas das quais Harry nunca havia conhecido. Dando ordem a elfos que não se encontravam mais em suas propriedades. Era como se o homem vivesse preso em memorias do passado, repassando por elas e se esquecendo de todo o resto.

Lucius as vezes procurava a varinha que há muito havia sido quebrada pelo ministério, acusando-o de tê-la roubado de si. Ou de repente, simplesmente queria matar Harry, o menino-que-sobreviveu para seu "mestre".

Harry estava arrasado, ele estava entristecido com os avanços tão rápidos da doença. Nem mesmo os remédios pareciam surtir efeito, era como se o corpo de Lucius não estivesse reagindo as poções, ainda que Severus as ajustassem a cada relatório negativo de Harry. 

Em um desses encontros para relatar a piora na saúde de Lucius, Draco até sugeriu que internassem Lucius em um asilo, onde ele permaneceria junto de outros doentes. Mas Harry sabia que isso o mataria ainda mais rapidamente, aceleraria a progressão da doença, o homem não resistiria a isso. Além disso, que casa de repouso aceitaria um ex-comensal da morte de bom grado?

E ele não estava disposto a deixar Lucius longe de si, mesmo que o fardo fosse pesado, Harry suportaria em silencio. Porque havia uma ligação entre eles que nem mesmo ele sabia explicar, era algo magico. 

Andando de um lado a outro em seu quarto, Harry constatou que seu tempo com Lucius, ainda são, seria muito mais curto do que imaginava. Ele não tinha tempo a perder, não se quisesse aproveitar ao máximo a chance de estar ao lado do homem que amava em toda a sua glória.

A relação entre eles se tornava cada vez mais intensa e seus corpos atraiam um ao outro como um íman. As sensações, os sabores, os desejos que Harry sentia pelo homem era algo além de sua imaginação. E ele não queria perder isso, não queria perder esse elo, essa ligação com Lucius, por nada nesse mundo.

Mesmo assim, seu tempo juntos estava contado e isso o desesperava, Harry já não sabia mais o que fazer e seus dias haviam se resumido em remoer a realidade.

Estar com Lucius era uma contradição, o homem raramente falaria as coisas abertamente e na maioria das vezes ele estava vagando para longe ou tentando confundi-lo sobre seus próprios sentimentos, mas Harry sabia melhor sobre si mesmo, sabia melhor sobre seu amor.

Lucius parecia estar sempre esperando por sua autorização, por um passo dado por si mesmo e não por ele. Ele sabia exatamente o momento de parar com suas caricias, de deixar Harry louco e ao mesmo tempo frustrado com a falta da continuação. Ele sabia levar Harry ao céu e desce-lo para o inferno um segundo depois. 

Caminhando em passos lentos para fora do quarto carregando um conjunto de poções que mais pareciam com água em sua utilidade, Harry alcançou os quartos de Lucius.

Abrindo a porta suavemente, Harry encontrou Lucius de pé segurando uma garrafa de fire-whiskey na mão. Seus olhos estavam baixos e ele parecia perdido no tempo e espaço.

— Lucius... — Harry sussurrou, mas o homem não o respondeu. Havia um copo quebrado no chão e reparando bem, o peito de Lucius subia e descia de forma rápida, ofegante. Seu cabelo caia em cascata cobrindo parte de seu rosto impedindo Harry de ver seu semblante naquele momento.