III - Risco de morte no segundo dia de aula; nada fora da rotina

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 – Inaceitável – o professor Snape rosnou. –Simplesmente inaceitável!

Ele estava arreganhando os dentes e quase arrancando tufos do seu cabelo oleoso de tanta raiva.

Para a professora Diana, Rachel, Gandalf e até o Doutor Estranho era totalmente aceitável que os alunos sacassem suas armas e lutassem para defender suas vidas. Mas Snape estupidamente se prendia à regra de sem armas no salão de recepção, e já estava há quase uma hora rosnando sobre o quão irresponsáveis foram os alunos logo no primeiro dia de aula. Ou ele havia se esquecido do fato de que aranhas gordas e armaduras encantadas e um drider atacaram a escola ou ele apenas queria mandar alguém para os calabouços. Snape adorava ouvir os alunos implorarem para saírem de lá.

Milya estava ignorando todas as baboseiras que o professor boboca dizia. Ela tinha coisas mais importantes em mente. O dia anterior ainda lhe perturbava.

Assim que a flecha inesperada acertara o drider, ela viu o monstro deixar cair um objeto. Uma caixa fina de mais ou menos trinta centímetros, e embora fosse feita de madeira de mogno e não aparentasse ter nada de especial, o pequeno objeto emitia uma energia tão forte que só podia ser um artefato lendário. Antes que Milya tivesse a oportunidade de perguntar, a professora Diana rapidamente pegou a caixa e murmurou "Vou ver como os outros estão" e saiu correndo escada abaixo.

Oh, claro, Milya NUNCA iria achar isso suspeito.

 – Agora! – o professor Snape grunhiu.

Milya viu todo mundo se afastar rumo ao corredor e simplesmente seguiu a multidão.

 – Ele vai nos mandar para os calabouços? – ela perguntou para uma menina cuja franja do cabelo curto era branca como neve. A garota balançou a cabeça, como se estivesse prestando condolências a si mesma.

 – Não – a menina sussurrou num tom fúnebre. – Muito pior. Nossa primeira aula de hoje é com Severo Snape.

.. 🎃 ..

 As aulas matutinas de Venenos e Poções com o professor Snape, seguida da aula introdutória de Transmutação e Defesa Arcana com o Doutor Estranho, na verdade foram sessões especializadas de tortura com direito a explosões de poções que deram errado, e de explosões nos alunos que não conseguiram transmutar uma planta carnívora.

Como todos estavam de castigo, o almoço foi feito na sala de detenção, e não no refeitório, o que foi um tanto deprimente.

Depois do almoço, o professor Gandalf conduziu os alunos para fora do castelo. A propriedade do Conservatório Arcano de Vilácya, embora fosse um pedaço de terra flutuante, compreendia impressionantes noventa mil metros quadrados, abrigando jardins de ervas medicinais e coloridas plantas mágicas ao redor das duas torres sentinelas, um intrincado labirinto do lado leste, usado para treinos, e o Bosque Sussurrante do lado oeste do castelo. O resto da área livre era acarpetado por um gramado com faixas verdes, roxas e amarelas.

O professor Gandalf, que estava sempre de robe e chapéu cônico, sem mencionar o inseparável cajado que mais parecia um terceiro braço, parou na frente da entrada do labirinto onde tinha uma placa escrito "Entre e terá uma morte lenta e dolorosa".

 – Uau! – falou Ruth, os olhos violetas brilhando.

Tanjiro Kamado olhou as paredes do labirinto que eram altas como muralhas. – Interessante.

 – Maneiro – concordou Asta.

Os dois garotos estavam claramente empolgados.

Stanley olhou para Diana, e Doutor Estranho que também se aproximavam.

As crônicas de VilácyaOnde histórias criam vida. Descubra agora