IV - Árvores que sussurram... okay.

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 Após os dois grupos de estudantes desaparecerem no interior do labirinto, os professores Gandalf, Doutor Estranho, e Diana, fizeram sinal para que Ezra, Judy, Desirée, Bong Soon e Franklin os acompanhassem. Eles rumaram na direção oposta ao labirinto, para o Bosque Sussurrante.

 Diana lançou uma olhadela para os alunos que seguiam atrás, e franziu os lábios. Ela sabia que desconfiar dos próprios alunos poderia ser a sua ruína, mas não podia evitar. Ela tinha que proteger a escola, e precisava ficar de olho em todo mundo. Isso significava que ela também deveria ser imparcial e indiferente se quisesse ter alguma chance de vencer.

 A professora olhou de soslaio para Gandalf, Doutor Estranho, Ezra e murmurou discretamente:

 –Faz mais ou menos duas horas desde que senti a repentina energia maligna no bosque. Precisamos eliminar... o que quer que esteja no bosque afim de protegermos nossos alunos...

Doutor Estranho anuiu, a testa vincada de preocupação. – Temos que ser cautelosos no que formos fazer. Esta situação se tornou imprevisível. Mas se queremos proteger os alunos, por que os trouxemos para o Bosque Sussurrante?

– Bom... não é exatamente a ideia mais brilhante de todas. Mas foi instrução de Rachel, e eu confio no que ela diz. – Diana deu de ombros. Ela nunca sabia o que se passava pela cabecinha paranoica de sua colega. – Rachel disse que precisamos vigiá-los. O espião pode estar entre os estudantes.

– Acredito que essa estratégia será boa, mas temos que pensar nos efeitos que podem atingir os garotos – Doutor Estranho alertou.

– Concordo, sejamos cautelosos – disse a monitora ruiva. – Não podemos nos precipitar.

– Uma hora o traidor dará as caras, Ezra – disse Diana. E se for um dos alunos, pensou a professora. Nada mais sensato que manter o inimigo por perto.

Gandalf estreitou os olhos, sem perder a compostura. – Cautela e paciência serão nossas melhores armas.

Enquanto isso, os alunos atrás deles estavam radiantes de otimismo. Porque é claro que eles gostavam de ser arrastados para bosques escuros e sinistros.

– Bom, tenho uma séria impressão de que isso vai dar problema – murmurou Franklin com certo receio, olhando paras costas dos professores.

– Você tem uma séria impressão? – Bong Soon retorquiu.

– Ele tem razão, é só uma séria impressão – falou Desirée sorrindo com sarcasmo.

Percebendo o ritmo da situação Judy afirmou, séria: – Eu tenho quase certeza de que isso vai dar um problemão.

– Não, Franklin vá para essa escola, nada de tão ruim pode acontecer lá – Franklin falou numa voz aguda, imitando sua mãe.

– Se isso for uma imitação de sua mãe, ela é parecida com a minha – disse Judy, secretamente esperançosa com um surgimento de amizades. Ultimamente o tempo em que estava passando sozinha absolutamente não estava lhe fazendo bem.

– A mãe do Franklin disse exatamente o que a minha falou – Bong Soon gargalhou.

Franklin mudou rapidamente de expressão e murmurou num tom melancólico: – Se as mães de vocês também esperam uma figura perfeita de vocês, então sim, estamos na mesma situação...

Desirée notou a mudança na postura do garoto. – Franklin? Você está bem?

Franklin ergueu a cabeça, repentinamente caminhando mais rápido.

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⏰ Última atualização: Sep 14, 2021 ⏰

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