Está tudo perfeitamente bem

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Bom dia, jovem, como vai? Primeira vez aqui?

Meu nome é otome_14 e quaisquer terapias que você precise não entra em minhas responsabilidades.

Boa leitura :D

🔫

*Pov Oyama*

- O alvo vai demorar muito? - Reclamou Oyama, cansado, para a pessoa no outro lado da linha.

  Fazia quase meia hora que ele estava deitado de bruços, em cima de um prédio em pleno meio dia, apenas esperando pela pessoa que teria que matar. Já estava ficando entediante.

- Ele está quase aí, espere um pouco. -

- Hm... Aliás, por que estou matando esse? - Perguntou por perguntar, apenas querendo alguma distração até "ele" chegar.

- Não importa, você não tem que saber o que o alvo fez, apenas mate. - Disse o outro em um leve tom repreensivo.

- Ele não fez nada, não é? - Só com isso ele entendendo tudo.

- Concorrência ou política? - Perguntou para o outro homem que respondeu a primeira opção.

  Isso acontecia bastante no trabalho que fazia.

  Por vezes, políticos o contratava para matar seus adversário, havia também casos onde grandes empresas usavam assassinos de aluguel para acabar com seus concorrentes.

  Oyama não se preocupou, afinal ele matava porque gostava não por outro motivo.

- Atenção, ele está chegando no lugar marcado. - Avisou o outro pelo telefone.

- Estou vendo... - Oyama curvou o canto dos lábios em um sorriso animado e desligou o celular para observar aquela avenida movimentada.

  Ele amava ter plateia para o seu show.

  Na porta do restaurante onde o alvo iria almoçar, um carro já identificado e marcado estacionou.

  Oyama esperou eufórico para ver como era sua vítima antes dela dar sua último suspiro. Era excitante toda essa brincadeira de matar.

  A porta do carro foi aberta e um homem saiu de dentro calmamente, como se não tivesse muito pressa.

  A mira estava na cabeça do alvo e o dedo de Oyama no gatilho, mas algo lhe segurou.

  Esse homem não deveria ser mais velho que Oyama em seus 28 anos. Os cabelos dele eram loiros parecendo, de longe, um girassol. Ele tinha um corpo esguio, bastante marcante com a roupa social. Inegavelmente atraente.

  O homem caminhava tão suavemente que parecia flutuar, Oyama lhe acompanhou com o olhar simplesmente hipnotizado.

  Ele não soube se foi influência do sol quente ou da fome, mas assim que soube que o perderia de vista por conta de sua incompetência repentina, o alvo pareceu virar-se para trás, para o alto do prédio onde Oyama estava, como se soubesse que ele estava ali.

  Imediatamente Oyama arrepiou e instintivamente se abaixou como se pudesse ser visto mesmo daquela distância. Com o coração acelerado e a cabeça confusa, no fim das contas Oyama não pôde matá-lo, e nem soube dizer o porquê. Era a primeira vez que sentia alguma coisa por um alvo e ele ainda não fazia a mínima ideia do que era.

...

- Essa foi rápida, não confirmou se ele estava morto? - Foram as palavras de boas vindas que Oyama recebeu assim que chegou em seu apartamento.

  Entre a sala e a cozinha dividida por um balcão havia uma mesa de jantar, e nela um belo homem ruivo usava o notebook. Assim que Oyama chegou, o ruivo lhe lançou um olhar rápido e o leu em segundos.

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