Um pedaço do passado 1/2

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Vou postar as duas partes de uma vez pq sim, eu quero

Eu tava ali escrevendo os últimos caps de Target e eu quero tanto q vcs vejam oq vai acontecer q eu to me segurando para não postar tudo de uma vez

Vamo lá

🔫


CINCO ANOS ATRÁS

*Pov Oyama*

  Oyama caminhava sozinho pela rua escura e completamente vazia daquela cidade grande que odiava com toda sua alma. O cigarro em sua boca era o quarto em vinte minutos e já estava no fim.

  Oyama suspirou profundamente sentindo um frio do inferno queimar sua garganta e continuou a caminhar sem rumo, apenas querendo algo que ele próprio não sabia o quê.

  Os acontecimentos recentes estavam tomando sua cabeça de uma forma destrutiva. Embora desde muito cedo Oyama sempre estivesse sozinho e acostumado a matar, ultimamente tudo havia perdido o sentido. Não via mais graça em viver pois nada em sua vida tinha graça.

  Com as mãos levemente sujas de sangue ele pegou o último cigarro no maço em seu bolso. Praguejou um xingamento para si mesmo antes de acende-lo e recostar-se na parede de um estabelecimento comercial ali na rua silenciosa.

  Com a mente dolorosamente vazia Oyama suspirou novamente, tragando profundamente e, no meio de tanta melancolia, ele notou algo curioso, uma movimentação no terraço de um prédio em construção logo à sua frente.

  Ele poderia ter ignorado pensando que pudesse ser apenas efeito de sua mente ou algo inofensivo, porém, por ser ser um franco atirador, ele conhecia muito bem a posição de vantagem quando se tem uma sniper nas mãos.

  Com a guarda alta e uma pistola na mão, Oyama entrou pela construção pronto para exterminar o inexperiente que havia revelado sua posição, porém, ao chegar no terraço se surpreendeu ao notar estar errado

  A movimentação que Oyama pensou que fosse de uma mira refletindo luz era apenas vestes claras de um suicida pronto para se jogar do décimo sexto andar do prédio.

  A aproximação de Oyama fez o homem ruivo se virar para trás, ele parecia estar completamente fora de si. Chorava e tremia compulsivamente, muito próximo à borda daquela altura ele era realmente um perigo instável.

- O que você pretende fazer? - Perguntou Oyama calmamente algo óbvio, apenas para distraí-lo.

- E...eu não aguento mais esse mundo! Essas... Essas pessoas! - Gritou meio irregular, soluçando por conta do choro, e se aproximando ainda mais da beirada.

- E você acha que se matar irá fazer o mundo desaparecer? - Perguntou Oyama firmemente.

- Irá fazer as pessoas se tornarem melhores? - O ruivo pareceu confuso com o tratamento tão sincero e prestou atenção em Oyama com uma expressão suplicante.

- Se você não tem forças para lutar sugiro que se jogue agora mesmo, mas se quer tirar satisfação com as pessoas e mandar no mundo deixe de ser fraco. -  O silêncio pairou no lugar por alguns segundos arrastados. Em hipótese alguma o suicida esperava que quem fosse ajudá-lo seria tão... Frio.

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