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- Olá, senhora Mitsuki! - cumprimentamos em uníssono a mulher loira a nossa frente.

- Olá! Quanto tempo, entrem! - deu espaço para que entrássemos. - Espera, cadê o Katsuki? - seu sorriso foi sumindo devagar.

- Ele não aqui? - perguntei também desfazendo o sorriso. - Ele disse que viria pra casa! Nem assistiu as aulas no Stúdio.

- Katsuki nunca falta às aulas! Ele estava passando mal? - o que deve se passar pela cabeça de uma mãe quando o filho some? Ela estava aflita, mas tentava manter a calma.

- Não, mas ele estava agindo de forma esquisita. Parecia com raiva. - algumas palavras saíam falhando da minha boca, parecia um nó na garganta. 

- Tem mesmo certeza de que ele não está em casa? - na testa de Kirishima tinha algumas gotículas de suor, ele também estava nervoso.

- Eu fiquei a tarde toda na cozinha, talvez ele tenha chegado e... eu vou lá encima! - ela subiu as escadas correndo e nós fizemos o mesmo. Ao chegar lá não tinha ninguém, somente um quarto arrumado, intocável. A senhora Mistuki sentou-se na cama afim de pensar e ficamos em pé, eu pensava em algum lugar que ele poderia estar, nada vinha a mente. - Não sei se ele falou com vocês... mas o Katsuki tem TEI. Quando ele tem seus momentos de raiva, ele some. Quer dizer, já tinha um bom tempo que ele não fazia isso, mas eu tenho medo quando acontece.

- Vamos procurar ele! Por favor, fique calma, sei que é difícil pedir isso mas é o que precisamos no momento. - antes mesmo que Kirishima terminasse de falar, tirei meu celular da bolsa e comecei a ligar para Katsuki. Ele não atendia. Antes que chamasse pela segunda vez, me preparei e saí dali, iria atrás dele mesmo sem saber onde estava.

Os poucos raios de sol iam se esvaindo. Para onde eu iria?

Veio na minha mente o parque, ele disse que lá era um lugar calmo. Pedi para a senhora Mitsuki nos levar até lá. Quando chegamos cada um foi para um lado. Pela segunda vez no dia, eu tirei fôlego não sei de onde para correr. 

O celular na mão chamava pelo número de Katsuki, mas ele não atendia. 

Meu coração se apertava mais ao lembrar sobre o transtorno que ele tinha, com pensamentos negativos a mil, me lembrei da ponte que tinha na saída do parque.

Cheguei na grande estrutura metálica, de longe pude ver um pontinho loiro em meio as roupas pretas. Seus pertences estavam no chão, próximos a ele. Katsuki olhava para baixo, parecia estar em outra dimensão, apoiado nas grades de proteção.

Tão distraído que nem me veria, guardei meu celular no bolso e corri até ele sem que pudesse perceber minha presença, com um pulo, segurei os braços dele de uma forma desajeitada e o joguei no chão.

- O que é isso?!

- Não vou te soltar!

- Me solta!

- Solto não! Se quiser pular vai ter que me levar junto! 

- Ta maluca?! Quem disse que eu vou pular?!

- Você sumiu sem falar nada e estava olhando lá pra baixo, preciso de mais motivos pra pensar outra coisa?!

- Me solta, Shiori!

- Não! A gente vai levantar e eu vou te levar até a sua mãe assim!

- A minha mãe?

- A sua mãe! Deixou ela preocupada! - ele suspirou frustado.

- ! Me solta que eu vou sozinho, isso esquisito!

- Dane-se, sou sua amiga. Vamos. - com custo nos levantamos e com mais custo ainda consegui alcançar meu celular, falei com Kirishima e a senhora Mitsuki.

dandelions # katsuki bakugouOnde histórias criam vida. Descubra agora