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- O ensaio de hoje foi bom. - tentei puxar assunto ao perceber que estávamos quase na minha casa, a pouca luz solar se esvaia mais e mais. Tentava tirar coragem para conversar aquilo com o loiro irritadinho. Ele não falou nada só soltou um murmúrio. - Eu sei que você pediu pra não tocar nesse assunto, é só que... - parei e ele caminhou alguns passos curtos, eu queria que ele olhasse nos meus olhos, então segurei sua mão direita. Fiquei alguns segundos calada, apenas olhando sua mão, ele usava um anel preto com pequenos detalhes azuis no dedo indicador.

- Shiori! - entendi que ele queria me dar coragem para falar.

- A Camie está te enganando. - seus olhos estavam fixos nos meus, neutros. - Ela anda ameaçando algumas pessoas do teatro e hoje, hoje ela me contou sobre o que aconteceu com você na Shiketsu. O Shoto não tev-

- Ouviu a história de coitadinho do Shoto?

- Não foi o Shoto que me contou isso, foi a Camie!

- Shiori, tem como não se intrometer na minha vida?! - soltou a minha mão num movimento brusco.

- Katsuki, aquela garota só quer te usar! Ela disse isso pra mim com todas as letras!

- A Camie nunca faria isso!

- Não acredita em mim? Pensei que fôssemos amigos!

- Acredito em você! E eu te pedi pra não se intrometer na minha vida, você fez isso?! Não fez!

- Se acreditasse em mim, agora a gente não estaria aqui, no meio da rua, falando alto que nem dois loucos!

- Só estamos desse jeito por sua causa, que não sabe ficar quieta. Deveria tomar conta da própria vida! - ele se afastou mais um pouco e colocou a mão na testa. Eu senti um tapa na minha face, mas ninguém tinha me batido, seria a verdade me mostrando que eu estava errada? Uma imensa vontade de chorar me veio, segurando com muita força minha mochila pela alça eu comecei a caminhar. Não escutava passos atrás de mim, me forcei a não olhar para trás, ele estando ou não ali. Já na porta da minha casa, procurei na minha bolsa as chaves, claro que não só a chave, aproveitei para ver se algum loiro estaria ali. Não, ele tinha ido embora.




Numa falha tentativa de esquecer aquele ocorrido, demorei no banho. A água não fazia aquela terapia que alguns personagens relatam. Tudo doía e pesava, meus pensamentos carregados e meus ombros exaustos.

Estava sem fome.

Não iria jantar, o que era bem raro, já que eu sempre comia. Nesse horário, meu estômago criava uma nova língua, ele aprendia a comunicar com mil e duzentas espécies, só pela fome.

Não tinha o costume de trancar a porta do quarto, na verdade, isso era uma regra daqui de casa. Um dia, eu, mamãe e meus avós estávamos distraídos com a decoração da festa surpresa do papai e bom, o Shin, ele tem intolerância a glúten. Por ser bem novo, ele não entendia essa reação no corpo dele, apesar de que a mamãe ficou careca de tanto explicar para ele.

No fim da história, Shin pegou alguns doces que tinham glúten, e se trancou no quarto para comer. Por sorte demos falta dele na hora e o encontramos já passando mal, caído no chão do quarto.

Ficamos sem comer coisas com glúten por um longo tempo, e depois foi criada essa regra de não trancar as portas.

Mas as chaves permaneciam lá.

Tranquei a porta e fiz um esconderijo no meio das cobertas. Iria desligar o celular, pretendia dormir para esquecer os problemas. Antes que fizesse isso, o nome de Kirishima apareceu na tela. Não queria conversar agora, me desculpa, Kiri.

"amanhã"

Foi a única coisa que mandei antes de fechar os olhos e pensar no qual ruim foi esse dia.

E eu aposto que piores viriam.

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definitivamente o ano acabando.

como vocês estão em relação ao dezembro está acabando? bom, ruim, na fossa...??

bom, eu tenho prova guys, vou sumir por um tempinho, eu sempre comento isso mas solto capítulo.

titia mima demais ♡

se cuidem e realizem seus objetivos antes da virada de ano hein

SE VACINEM, QUEM NAO TOMAR VACINAS E SE CUIDAR VAI TER O PE PUXADO PELA CAMIE

dandelions # katsuki bakugouOnde histórias criam vida. Descubra agora