𝕮𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 31

2.5K 263 32
                                    

Jade

Depois de ter saído do estúdio, eu e a Addison decidimos dar uma volta pela cidade.
Ela estava falante e estampava um sorriso no rosto, eu prestava atenção no que ela falava até sentir uma sensação esquisita, olhei para trás e vi duas pessoas estranhas nos seguindo.
Tem alguém nos observando.

– Addison — falei sem demonstrar reação — Preciso que você finja normalidade.

Ela continuou sorrindo, mas vi em seus olhos um resquício de dúvida.

– Acho que tem alguém nos seguindo, vamos contornar e voltar onde os meninos estão, ok? — ela apenas deu um leve aceno com a cabeça.

Segurei sua mão e quando viramos para dar a volta, tudo ficou escuro.
Tudo preto.

Mas que por... — Addison disse e a vi sendo arrastada gritando em seguida.

– ADD — gritei correndo em sua direção e então senti um par de braços me agarrando por trás.

Me vi desesperada e já não conseguia ver a Addison. Apenas apertei o braço de quem quer que estivesse me segurando e o mesmo se afastou gritando, era um homem reconheci pela voz.
Me virei para trás e em meio a escuridão havia uma silhueta em chamas.
Não me preocupei e saí correndo sem rumo atrás do meu objetivo.

Por favor não machuquem ela...

Escutei seus gritos e apenas fui em direção, eu estava cega em meio aquilo. Estava sem meio de comunicação para pedir ajuda aos meninos.
Vi um corpo se debatendo e uma mulher ruiva a segurando.

– Veio buscar sua amiga? — a mulher era alta e com certeza forte. Estava segurando a Addison pelos cabelos.

Vou matar ela.

Solte ela, agora. — grunhi e senti que a raiva estava me consumindo.

– Você tem uma coisa que interessa o meu mestre — a mulher disse sem se abalar.

– Que se foda seu mestre, solta ela, a-g-o-r-a. — enfatizei.

– Me dê seus poderes e eu a solto.

Gargalhei e sorri para ela.

E como a senhorita quer pegar meus poderes? — soltei em um tom irônico.

– Venha comigo — respondeu normalmente.

– Não estou interessada — me aproximei delas.

– Se aproxime e ela está morta – ela puxou mais o cabelo da Addison e meu estômago borbulhou de raiva.

– Não se eu fizer isso primeiro — estava tudo quente, muito quente.

Olhei em direção ao calor e vi panteras, todas formadas com fogo.
Era fogo.
Em um momento de distração da mulher olhando para as figuras, corri em direção a ela e puxei Addison.
Os animais em chamas correram em direção da mesma e foi a primeira vez que vi um sinal de medo.
E então ela sumiu, e com a Addison chorando em meus braços surgimos no lugar em que estávamos antes da bagunça, no meio da rua.

Shiii — passei as mãos em seu cabelo e tentei a acalmar — Está tudo bem, não vou deixar machucarem você.

Sua resposta foi apenas soluços.

DestinadosOnde histórias criam vida. Descubra agora