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Todas as vezes que te encontrei na mesma esquina, eu lembro que foi lá nosso primeiro beijo. Seus olhos penetrando os meus, a forma que você me olhava parecia certo, você me olhava como ninguém nunca havia olhado. Seu sorriso sacana, sabendo que eu tentando me fazer de difícil não iria levar a nada, e que você conseguiria fazer o que quiser comigo só de me olhar, você sabia disso.

A adrenalina quando você laçou minha cintura, queria mais do seu toque, tentei protestar dizendo palavras mentirosas que eu não queria dizer. Foi impossível quando você sussurrou em meu ouvido, eu estava vulnerável. Não havia nada que eu pudesse fazer para rejeitar seu toque, não era o que eu queria. Sua voz rouca ecoa até hoje na minha mente, você sabia como me fazer sentir vulnerável. Apenas fechei os olhos com sua aproximação, você estava quente em meio aquela tarde fria, tão próximo à mim senti seus tão desejados lábios.

Seus lábios eram doces e quentes, macios como algodão doce, a forma que eles se encaixavam nos meus era inexplicável. A carícia em minha bochecha me fez sentir amada no momento, realmente nunca vou esquecer de que em poucos segundos você me fez flutuar para longe, e que eu não sabia quando iria aterrizar novamente, mas foi mais rápido do que eu gostaria que fosse. Quando abri meus olhos, você estava lá, me olhando com o seu olhar único, sorrindo para mim por um breve segundo, eu apenas pude admirar você.

Lembro que estávamos envergonhados, mas no momento o que importava era nós, em nossa bolha que ninguém entenderia.

Vi você segurando minha mão com tanta certeza, que me senti protegida de qualquer coisa, seu toque era quente e me deixava insana. Andamos várias quadras, sua risada era como melodias para meus ouvidos, você sorrindo era a minha paisagem preferida.

Apenas vi você ir embora, mesmo não querendo deixei você ir.

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