Cassandra
Eu bati minhas asas, voando sob o horizonte magnífico onde o sol caía com cascatas douradas.
O paraíso.
Minha mãe havia me convocado, só os deuses sabem o que fiz desta vez.
Eu não fiz nada até onde eu sei... Apenas fiquei vendo os imortais de cima, nada demais, mas eles são tão interessantes..
Eu dei uma guinada, minhas grandiosas asas brancas se esticando quando girei no ar, cortando o vento em um turbilhão.
As águas cristalinas da cachoeira caíam com graça, e as águas douradas das cachoeiras celestiais caíam como um manto de ouro magnífico.
Eu acenei para algumas fêmeas que colhiam frutos das árvores, elas acenaram de volta, colhendo as maçãs douradas.
Eu me icei para cima, subindo a montanha onde o grandioso palácio adornado em mármore, ouro e jóias estava.
Eu subi o patamar, batendo uma última vez minhas asas ao pousar, eu as fechei, caminhando na ponte que levava até o patamar coberto onde ficava a sala do trono.
— Mãe. -eu disse ao adentrar, minhas asas farfalhando.
A fêmea envolta de luz, sentada em seu trono me encarou, seus cabelos e seus olhos eram a mais pura luz, seus fios longos eram como cascatas de magia e vida que desciam até abaixo de sua cintura.
Sua pele clara com um tom dourado em seu fundo, seu vestido branco como a neve.
— Eu não fiz nada, dessa vez. -falei ficando diante dela.
Ela arqueou uma sobrancelha em deboche.
— Está bem, está bem, talvez algumas coisinhas. -falei.
— Não é para isso que a convoquei aqui. -sua voz harmoniosa e cheia de poder ecoou.
— Oh, não? -ergui as sobrancelhas.
— Não. -ela disse.
— Então o que?
Ela ergueu-se de seu trono, seu poder subindo junto a ela.
— Soube que estava olhando os Imortais. -ela disse me encarando.
— Foi só uma espiadinha. -me defendi.
— Já basta seus irmãos que escolheram viver lá embaixo, está querendo seguir seus passos? -ela questionou.
— Não vou mentir, queria. —assenti— mas como você vive a dizer , não pode pisar na terra imortal. -bufei.
— Seus irmãos vivem como reis lá. -ela disse.
— Eu seria a rainha sob todos eles se me deixasse pisar em terra. -falei simplesmente.
Ela me encarou com certo divertimento.
— Já basta as poucas semanas que um dia deixei em seu aniversário. —ela disse— acha que não sei a fama que você e seus irmãos se deram lá?
— Uma belíssima fama, vamos admitir. -falei.
Ela me encarou com tédio.
— Os Black, a família original assassina, mãe, essa fama é magnífica. -falei.
— Vocês que acham.
— É perfeita, se não podemos ser amados então que sejamos temidos. -falei.
— Você quer ser temida?
— Já sou, se falar meu nome lá embaixo irá haver uma evacuação, imortais fugirão em navios para todos os lados nos oceanos. -alonguei uma de minhas asas.
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Corte de Crepúsculo e Amanhecer
FantasyUma feérica Serafim, filha da criadora, filha da mãe acima, vive no paraíso junto dela e de todos aqueles de coração bom e puro, mas é enviada por sua mãe a uma missão, uma missão para poder desenterrar um artefato, que pode sim ou não acabar com a...