Capítulo 9

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Hmm, que cheirinho de smut...

~x~

Harry tinha escutado o que o mais velho havia falado quando ele tinha saído da casa, ele até cogitou a ideia de desistir de tudo e voltar para dentro do local, mas ele precisava se cuidar, ele precisava de um tempo para assimilar tudo o que tinha acontecido nos últimos tempos.

Parecia um combo: morte de Gemma, "separação", acidente, "traição". Era tudo demais para ele.

Seu chefe ainda não sabia que ele tinha voltado para Londres, e ele preferiu não contar, iria contar apenas quando estivesse estabilizado novamente, com seu sono em dia e quando as coisas de sua irmã estivessem em ordem.

Como Harry era o único parente mais próximo da irmã, já que os outros morreram, ele tinha direito a tudo de Gemma, era tudo dele, já que ela, como irmã mais velha, que cuidou dele desde a morte dos pais, ele ficaria com a herança da irmã, que não era muita coisa, já que ela não era a pessoa mais rica.

Mas ele tinha posse de tudo que era dela e de tudo que ela conquistou. Mas ele não se aproveitaria disso, doaria apenas as roupas, sapatos e coisas doáveis, e o resto ele guardaria em um lugar arejado e conservado, para que não estragasse, e a casa ele veria.

Pois se ele não pudesse ficar com a casa de Louis, então ficaria com a casa de sua irmã.

Enquanto estava dirigindo, já que tinha pegado as chaves do carro de Louis, deixava lágrimas grossas e pesadas caírem de seus olhos, e então se lembrou.

A carta.

Harry ia para a casa de Gemma para passar a noite, mas, agora, estava indo para ler a carta.

Ela tinha dito que ele poderia demorar o tempo que quisesse para ler, só tinha que esperar quando estivesse pronto. E ele estava pronto.

Quando nem percebeu, já estava em frente a casa de cor bege. Esticou a mão para cima para poder pressionar a campainha, mas se lembrou, ninguém iria atendê-lo. Então sacou as chaves de seu bolso direito e colocou dentro da fechadura, girando para o lado lentamente e abrindo a porta principal do local.

E viu a casa vazia, aquele lugar nunca foi tão silencioso, ele conseguia imaginar perfeitamente a garota sentada no sofá com um coque, de quando tinha cabelo, enquanto trabalhava ou via qualquer série na televisão. Pelo contrário, o notebook dela estava em cima do sofá, que estava sem nenhum resquício de que alguém estava por lá, a televisão desligada, um completo silêncio, que era cortado apenas pelos sons de carros e passarinhos na rua.

Mas também tinham vezes que ele entrava na casa, quando ela não o atendia, e a mesma estava no banheiro colocando absolutamente nada para fora, apenas vomitando sangue e mais sangue.

Ele se perguntava "se quimioterapia é para ajudar o câncer a sair por que que ela só está morrendo aos poucos?"

Mas, depois desse tempo que ela havia falecido, ele se deu conta que ela estava bem agora, que não estava sofrendo e seja lá onde estiver, ela estava curada.

Saiu de seus devaneios e foi até o quarto da mais velha, indo em direção ao armário que tinha do lado da cama e abrindo a segunda gaveta, que era onde se encontrava a carta.

Abriu, encontrando um envelope de tamanho médio, tom amarelado, o pegou e tirou o papel de que havia dentro, começando a ler.

"Ei, meu favorito (e único) irmão... como vai?

Eu estou ótima, nesse momento, esse é um dos únicos dias que eu estou bem, resolvi escrever para você. E eu estou ótima, nesse momento, que você está lendo também, seja lá onde eu estiver.

Fix You (l.s)Onde histórias criam vida. Descubra agora