Capítulo 11

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O filme já estava na metade, quando Harry — entediado, por conta que já tinha assistido o clássico diversas vezes — chamou Louis.

— Louis? Quer mais pipoca? — Perguntou baixinho, com medo de atrapalhar o mais velho, já que estava concentrado na programação exibida.

— Não precisa, Hazz. Fica de boa. — Falou virando o rosto em direção á tela novamente.

Harry por sua vez suspirou baixinho e encostou a cabeça no ombro do mais velho.

Eles tinham abaixado todos os bancos de trás, para mesclar com o porta-malas e ficar mais confortável, pegaram seus casacos e colocaram como travesseiro, até que tinha ficado bom.

Louis prendeu a respiração pelo ato repentino, mas logo suspirou e abraçou a cintura do mais novo, o trazendo para mais perto, logo trocando a posição, agora Harry estava com a cabeça encostada no peito de Louis, que envolvia sua cintura com o braço.

E assim seguiu o resto do filme, haviam vezes que eles trocavam as posições, mas os corpos continuavam juntos, servindo de apoio um para o outro.

No final do filme, Louis e Harry pularam novamente para os bancos da frente, deixando a parte de trás do jeito que estava, não arrumaram.

— Eu vou te deixar na sua casa e vou para a casa da Gemma, tudo bem? — Harry pergunta.

— Claro. Mas não é apenas minha casa, você sabe. É algo que nós conquistamos juntos, então a casa é sua também. — Louis dá um sorrisinho suave.

— Eu sei, Lou, foi modo de dizer.

— Tudo bem, tudo bem.

Louis esticou a mão e ligou o rádio, quando ouviu a música que tocava, rapidamente aumentou, ele amava aquela música.

“Nothing Else Matters” do Metallica tocava como trilha sonora. Louis tentava imitar James Hetfield, o vocalista da banda, porém falhava, arrancando gargalhadas altas de Harry. 

Algumas outras músicas conhecidas tocaram, e o caminho foi cheio de cantorias, risos e gargalhadas. Quando nem viram, já estavam na frente de casa.

— Tchau, Harry. Eu te amo, não se esqueça. — Louis se despediu.

— Tchau, Lou, eu também te amo. Muito obrigado por hoje. — Deu um sorriso em direção ao mais velho e saiu, indo até a casa de sua falecida irmã.

Harry riu sozinho ao se lembrar dos pequenos detalhes daquele dia. Dos sorrisos reprimidos de Louis, quando Harry falava algo que o deixava feliz, as lágrimas nos olhos azuis, que transformavam as íris em um mar agitado, o modo de como Louis brincava com a barra da camiseta quando estava nervoso, ou quando ficava incrivelmente encantado com cada ato que o mais velho teve.

                                     (...)

Harry acabara de acordar, quando resolveu, que, naquele dia, iria arrumar as coisas de sua irmã, ele não iria vender nada, somente doar e ficar com algumas coisas, Gemma não iria gostar que Harry vendesse.

Então passou o dia separando coisas, decidiu que iria guardar algumas peças de roupas dela e as outras doaria para ONG’s e igrejas.

Fix You (l.s)Onde histórias criam vida. Descubra agora