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A vida adolescente tem seus pontos bons Antántica, não pagar impostos, não saber oque significa impostos, ir a festas, curtir, namorar... e sei que se herdara de seu pai o bom dom de ver as coisas boas da vida, você vai sabe como é ser feliz filha, eu sei que vai!

Denver - Colorado - 1995

Seu nome era Jonathan. Pele escura, cabelo raspado (tirandos os fiapos que estavam crescendo em sua careca), ele parecia uns dois anos mais velho. O que me deixou intrigada. Um repetente? Isso era novo na nossa sala, sinceramente... isso era novo até na escola.

– Ele veio de Nevada para cá e espero que sejam bons com ele! – declarou o Sr.Shuster, nosso querido e resmungão diretor que estara ao lado do novato em frente a sala inteira. Estava evidente que Jonathan permanecia desconfortável, talvez se não coçasse a nuca freneticamente, passaria despercebido a sua ansiedade clara. 

Ele olhou-me enquanto seus olhos puro de vergonha não conseguiam parar e focar em um só lugar. Sorri na esperança dele se aliviar e perceber que está tudo bem...mas ele revira os olhos e me ignora, assim, na cara dura!

Volto-me para Bel, que estava a carteira ao lado. Faço uma expressão de indignação e ela apenas assente, confirmando que havia visto tudo. 

Então a mesma da uma espiada para verificar se há alguém nós olhando, se inclina para mim e diz:

– Sobrinho do diretor!

– Esse garoto? – indago um pouco perdida

– Não bobinha, meu pai! Claro que é o novato Diana, ce ta pensando no que? – ironica e seca, essa é a garota que convivo e amo.

– No momento estou pensando em como sabe disso, ele acabou de chegar! 

– A Salie me contou. - esclarece ela antes de começar a se aproximar, estava obvio que iria me contar algo inedito, sua expressão não me deixara duvidas – Não sei se é verdade mas... seus pais o mandaram para morar com sua avó aqui em Denver, depois de ser pego fazendo coisinhas explícitas no banheiro masculino da sua antiga escola – sem modos algum, ela faz uma imitação bem ruim e nojenta de um boquete.

– Com outro aluno? – pergunto tomada por veias famintas que amam se alimentar de fofoca.

– Com o professor!  

– OQUE? – grito sem querer, e logo após me dou conta de que estavam todos me encarando, inclusive o diretor. Rapidamente fico sem graça e busco o olhar de Bel, a própria me olhara com tanta raiva, que era possível ver seus olhos ficarem em chamas.

– Espero que as duas já tenham terminado de tagarelar! – disse Shuster, que nos encarava bravamente – Bom alunos, continuando oque eu estava dizendo...

Minha Querida AntárticaOnde histórias criam vida. Descubra agora