O Anjo Que Não Podia Ver / Gyomei Himejima / Kimetsu no Yaiba

O poço

Arisu está caminhando com o balde de madeira com aros de ferro em suas mãos, ela excedeu o tempo em suas atividades e agora está buscando água para seu banho.
Ela avista o poço e caminha calmamente até ele, ao chegar, ela olha para a água que reflete a luz da lua em seu fundo, com leves ondas que reverberam aos poucos, ela ouve o som do vento das folhas e passa a colocar o balde com a corda em sua alça dentro do poço, ao senti-lo cheio ela olhando fixamente para o balde o puxa para fora. Estava pesado, ela com uma expressão de esforço em seu rosto termina de puxá-lo para fora, colocando-o na borda do poço, soltando um profundo suspiro enquanto passa as mãos em sua testa, retirando os cabelos que tampavam sua visão. Ao erguer seu rosto, Arisu congela, o que tem diante de si é apavorante. A criatura a fita nos olhos, ao observá-lo ela lê a mensagem, em seu olho direito ele tem escrito :
上級 ➡️ (Classificação superior) e em seu olho esquerdo 参 ➡️ (três).

Ela está parada sem piscar e com a respiração curta.

"- Ora não precisa ficar tão apavorada, não sou tão abominável assim, não é?" Disse Akaza com um lindo sorriso no rosto, mostrando suas presas afiadas.

Arisu aterrorizada não responde, ela engole a saliva que desde a aparição de Akaza enche sua garganta, tomada pelo medo.

"- Ah, bem, se isso ajuda, eu não vou matar ou machucar você, já estou alimentado, tudo bem?" Assegurou Akaza batendo com as mãos em seu abdômen forte, rindo em um tom gentil e sarcástico.

Ela em resposta só balançou a cabeça de forma trêmula positivamente. Mas por dentro, se sentia assombrada. Arisu só conseguia pensar que não teria nenhuma chance contra aquela lua superior.

"- Tudo bem, eu vou me apresentar, eu sou Akaza, é um prazer conhecê-la. Qual seu nome?"

"- A-arisu." Responde ela hesitantemente.

"- Arisu... Não está um pouco tarde para você sair? Você pode encontrar um oni que se alimenta de carne humana hahaha, desculpe não pude me conter. Me diga o que você faz da vida, Arisu?"

Arisu olhava para os lados inquieta, mas ela sabia que tentar correr não era a melhor opção. Ela se conteve.

"- Eu... eu sou farmacêutica, bom quase isso." Arisu preferiu não dizer que trabalhava para os caçadores, mas ela imaginava que Akaza já fazia ideia, mesmo assim guardou essa informação para si mesma."

"- Ora você faz remédios para as pessoas, que coisa interessante." Disse Akaza, que, enquanto falava se aproximou e pulou sobre a borda do poço sentando-se de frente para Arisu com uma de suas mãos no joelho, mostrando-se totalmente à vontade diante dela."

Arisu só concordou silenciosamente.

"- Ora, Arisu... Já disse que não vou te machucar, mas mesmo assim você não quer conversar? Estou desapontado. Olhe... Vou tornar tudo mais fácil, ouça: eu não mato mulheres e nem crianças. E prometo a você que você pode escolher uma pessoa, e seja quem for, não vou permitir que ninguém a machuque. Mas... só vou fazer isso se você conversar comigo. Temos um acordo? Me fale um nome e então conversaremos até que eu esteja satisfeito. Eu gosto de conversar, sou um tagarela." Disse Akaza rindo mechendo as mãos em um gesto de (tanto faz) levantando seus ombros fortes.