A pergunta

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"- Você sabe o por quê o chamei aqui Kaito?" Disse o mestre Ubuyashiki.

"- Eu faço alguma ideia mestre." Disse Kaito sentado em frente a Ubuyashiki de igual para igual. Diferente dos pilares ele não se ajoelhava mais perante Ubuyashiki.

"- Kaito, eu aceito a sua proposta." Disse Ubuyashiki sorrindo.

Kaito levanta a cabeça e o encara em silêncio. Tudo o que se pode ouvir é o som do vento, e das águas que caem entre os bambus no jardim próximo.

Após a longa pausa...
"- Então esse foi o propósito pelo qual você veio?" Perguntou Ubuyashiki.
Ainda sem resposta Ubuyashiki completa. "- Cada um de nós tem uma escolha Kaito, e além de uma escolha, temos as consequências delas. Eu não sou capaz de impedir você, com a força que você tem, mas quero que se lembre das minhas palavras. Obrigada por me ouvir, você pode se retirar agora." Disse Ubuyashiki gentilmente.

Kaito sai da mansão e em frente ao portão ele para e fecha os olhos sentindo o calor do sol por alguns momentos, e decide ir rumo a mansão borboleta, ele anda nos arredores como que procurando algo. Finalmente ele avista pela janela da sala de pesquisa Arisu, que estava sozinha na sala misturando alguns elementos químicos.

Arisu olha para a maçaneta girando e ao ver a porta aberta ela recebe o comprimento de Kaito que a recebe com um sorriso.
"- Olá Arisu-Kun!!!"

"- Ah, olá Kaito, o que lhe traz até aqui?" Responde ela sem tirar os olhos dos tubos de ensaio que tem em mãos e que continua a agitar concentradamente.

"- O mestre quis falar comigo, ao sair resolvi fazer uma visita à vocês aqui. O que você está fazendo com esse tubo?" Pergunta Kaito curioso.

"- Não posso dizer, sinto muito Kaito." Diz Arisu levantando os ombros e suspirando frustrada.

"- hmmm... tudo bem, não perguntarei novamente, você parece não ter chegado ao resultado desejado, quem sabe me dirá depois... Mas, olhando para você tenho outra pergunta, porque você ainda não tem um anel em seu dedo?" Provoca Kaito.

"- Bom Kaito, já que você quer tanto saber... É porque estamos no meio de um caos entre humanos e onis e Gyomei quer acabar com tudo isso primeiro, é só isso." Responde ela.

"- Entendo... ele teme que algo aconteça. Faz sentido, mas ainda assim eu colocaria um anel em sua mão." Diz ele sorrindo.

"- Um anel é só um bem material Kaito, Gyomei é mais apegado ao que somos do que ao que temos, entende?" Ela tira os olhos do tubo por um momento e o fita nos olhos, após sua indagação.

"- Entendo... Talvez também porque ele não possa ver, isso torna difícil escolher um anel bonito para você."Diz Kaito.

Arisu suspira profundamente, e apoia uma de suas mãos sobre a mesa do laboratório.

"- Sim Kaito, talvez seja isso, nem todos nascem com os mesmos privilégios, você, eu, podemos enxergar mas Gyomei não. Mas estamos falando só de uma parte do que se pode ver, certo? Existem coisas que Gyomei pode ver muito além de mim ou de você, disso, eu tenho certeza." Disse ela jogando o tubo de ensaio no lixo.

"- Droga... outro." Disse Arisu olhando para o lixo com as mãos no quadril com um semblante triste.

"- Bom... Eu vou indo, não vou mais atrapalhar sua pesquisa. Até mais Arisu-Kun. Ah e cuidado com poços em horários noturnos." Disse Kaito fazendo um movimento com os dedos na testa.

Ao passar pelo corredor Kaito vê Shinobu. "- Shinobu- Kun, você deveria pegar leve com o perfume de glicínias, o cheiro já está bem forte hahaha."

O Anjo Que Não Podia Ver /  Gyomei Himejima / Kimetsu no Yaiba Onde histórias criam vida. Descubra agora