Conflitos x esperanças

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Com um sorriso aberto, Gyomei, segura uma pequena vestimenta em sua mãos. As cores suaves remetem ao restante do quarto que foi delicadamente decorado.

A não ser pelo pendente que espalha ao nascer do sol o arco íris aos olhos dos futuros pais, enquanto gira em toda a sua esplendorosa dança.

Gyomei está como um menino em uma loja de brinquedos. Ele sai a varrer as prateleiras para seu bebê. As atendentes estão a se espalhar, pois Gyomei não poupa custo algum. Mesmo que Arisu ande atrás dele dizendo que as peças estão repetidas ou que determinado item em mãos já foi adquirido anteriormente, mas Gyomei arruma desculpas para si próprio e para sua esposa para sentir o sistema de recompensa ativado em seu cérebro, comprando tudo o que vê pela frente.

"- Gyomei, você montou praticamente dez enxoval aqui. Repito, já é o suficiente, querido."

Gyomei, olha para Arisu, como se ela tivesse dito para um menino sair da rua, que estava à brincar com os colegas e se dirigir pra casa. Acabando com seu entretenimento.

"- Mas pode ser que o nosso bebê precise de algo mais." Fala Gyomei em sua perseverança

.

"- Se você estiver falando de dez bebês, então sim." Responde Arisu que já pela gravidez avançada, está a massagear a própria barriga e sente o peso sobre as pernas, juntamente com a fatiga.

Gyomei percebendo que a impaciência de Arisu vem do desconforto, causado pela gravidez decide não contrariá-la.

"- Sim, sim... tudo bem, isto é o suficiente." Responde ele enquanto a toma nos braços no meio do estabelecimento.

"- Gyomei!!!?" Fala Arisu visivelmente constrangida ao ser vigiadas por todos ao redor.

Gyomei por ter nascido cego pode ter a vantagem de não ligar muito para o julgamento alheio, mas se apega a fazer o que for correto aos seus olhos.

"- Você está cansada. Não quero que fique aborrecida, não é bom para você e nem para o bebê."

Arisu, sabe que não tem a mínima chance de ir pro chão.
Gyomei é teimoso. Assim, suspirando sem resistência, ela simplesmente se apoia nele, e colocando seus braços em torno do forte pescoço de seu esposo ela se permite relaxar.

As atendentes ao assistirem a cena se derretem, desejando um homem como o belo e cavalheiro Gyomei, para si.

Arisu percebe a observação alheia e sorri para si mesma, como que dizendo. "- Este aqui não está disponível."

Gyomei é perceptivo, e ao observar que sua esposa apertou os braços ainda mais de seu pescoço, identificou o motivo. Gyomei jamais assumiria, mas fica em êxtase ao saber que Arisu estava levemente enciumada.

Ele a segura sem dificuldade nos braços junto com todas as outras compras que fizeram. E assim eles caminham rumo a sua casa, Gyomei está empolgado a falar com Arisu sobre os preparativos. Está tudo pronto para a chegada do bebê.

"- Querida, ainda não concordamos sobre o nome. Isso é importante, vamos definir."

"- Gyomei, me desculpe, mas você não concorda com nenhum nome que eu sugiro, e os que você sugere tambémnãosãomeus favoritos. Um de nós tem que ceder."

"- Sim...Um de nós precisa ser nobre e ceder, um de nós precisa ser superior, melhor..." Gyomei tenta um discurso de psicologia reversa.

"- Eu não vou cair nessa, Gyomei. Seja você então, quem de nós vai ceder."

Gyomei fica em silêncio mas, tem um sorriso nos lábios, é raro ele conseguir irritar sua amada Arisu, que é um poço de paciência com ele, e quando finalmente o faz, como um menino travesso, ele se sente vitorioso.

O Anjo Que Não Podia Ver /  Gyomei Himejima / Kimetsu no Yaiba Onde histórias criam vida. Descubra agora