First Touch

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Acordei sentindo a Valen acariciar minhas costas, hoje é 20 de outubro, faz um ano desde o nosso primeiro beijo, Valen pediu 3 dias para ficar apenas comigo, desde quando chegamos em Los Angeles, todas as vezes que fiquei com a Val foram parecidas, fosse na minha casa ou na dela, depois do primeiro banho que dividimos na banheira, todos os dias fazíamos o mesmo, ficávamos na banheira até a água esfriar, então Valen tomava banho em outro banheiro ou depois de mim, depois deitamos e ficamos conversando, assistindo filme ou apenas trocando carinhos, hoje depois que almoçamos, viemos terminar de assistir ao filme, tínhamos começado a assistir Top Gun, mas eu acabei dormindo.

Quanto tempo eu dormi? — perguntei baixinho

Duas horas — ela responde — Posso te perguntar uma coisa? — ela perguntou me puxando para o seu peito e eu concordo — Você se sente desconfortável com alguma coisa que eu tenho feito desde quando dividimos aquele banho a primeira vez? — ela perguntou

Pov. Valen

Você se sente desconfortável com alguma coisa que eu tenho feito desde quando dividimos aquele banho? — perguntei e ela me olhou, se virou de forma que eu visse seu rosto

Não, você é incrível, mas é tudo muito novo pra mim ainda, essa vida, estar com você, eu ainda estou me adaptando a tudo isso, eu ainda estou tentando me livrar das minhas inseguranças, tenho medo de descontar elas em você, então as vezes eu prefiro ficar quieta, eu ainda sinto dor pelos machucados que eu tenho, eu fui manipulada, pensei em tirar minha própria vida, é estranho ter essa liberdade, ter a conta e um dinheiro meu para eu poder fazer o que eu quiser, não ter que esperar cada mês para poder fazer alguma coisa — ela fala e eu fico fazendo carinho em seus braços enquanto ela desabafa — Se eu estou com vontade de alguma coisa a Nathi faz pra mim, ou compra, quando a gente vai fazer compra não ficar restrito naquilo ali que está na lista, viajar fim de semana, ou na sua Tour, ou comemorar o meu aniversário igual foi o desse ano, foi maravilhoso, e foi algo tão simples, todos vocês aqui em casa, a gente brincando na piscina, o bolo, e depois os filmes e a gente rindo e comendo pizzas, os meus pais juntos, foi tão bom Valen, e a minha carreira tem decolado Valen, tipo eu tenho roupas de marca coisa que eu nunca imaginei, nunca quis ter uma vida de luxo, apenas confortável, eu não me sentia família com eles, mas com a Nathi e o Thales, eu me sinto assim, me sinto acolhida, me sinto em casa, se sentir em casa é mais do que estar entre quadro paredes, você é uma namorada incrível, sempre me apoiando, me incentivando, me ajudando, e as vezes eu se sinto mal por tudo isso, bate culpa, tipo eu poderia ter evitado

Não — a interrompi — Você não tem culpa de absolutamente nada meu amor — falei segurando sua mão e me levantei e a levantei, fui com ela até o closet e parei em frente ao espelho — O que você vê? — perguntei

Eu — ela respondeu

Sabe o que eu vejo? — perguntei e ela negou e eu abracei sua cintura — Eu vejo uma mulher menina, uma mulher menina linda, estudiosa, que tem o mundo para descobrir, uma mulher sexy pra caralho, mas essa mulher menina já foi muito machucada, mas esses machucados foram por culpa de pessoas que não se importavam com ela, mas ela encontrou três pessoas que a amam incondicionalmente, e mais nove pessoas que sempre que ela precisar vão estar ali pra dar suporte pra ela, mas ela ainda sente esses machucados — falei e levei minhas mãos para a barra de sua camiseta — posso? — Perguntei

Pode — ela disse incerta

Eu não vou tocar em você, se preferir eu nem olho pro seu corpo, apenas pro seu rosto — Falei, eu não tinha malícia alguma, ela concordou e eu tirei sua camiseta e joguei ao lado e voltei a abraçar sua cintura olhando apenas pro seu rosto pelo espelho — Esses arranhões — Passei minha mão direita por alguns arranhões que ela tinha próximo a sua cintura — Foram durante uma crise, uma das crises que você teve naquele lugar, você sabe que quando a célula é machucada ela se regenera, mas nunca fica igual, certo? — Perguntei e ela concordou, desci minha mão até a barra da sua calça — Posso? — Perguntei novamente recebendo um aceno positivo e a tirei, joguei a peça para o mesmo lugar onde a camiseta dela estava, voltei a abraçar sua cintura — Posso olhar seu corpo? — Perguntei

Amor no SigiloOnde histórias criam vida. Descubra agora