Taehyung.
- Qual é a próxima música? – Jungkook pergunta ao sair do banheiro.
- Tenho duas. – respondo arrumando o cabelo. – Winter Bear e From the Dining Table.
- Pretende cantá-las na lanchonete? – confirmo. – Animado para a palestra?
- Parece que voltamos para o ensino médio... – ele ri. – Mas pode ser até bom.
- “Jovens e os problemas com drogas”, é com certeza o Yoongi não vai. – brinca e joga o panfleto na cama.
{...}
Avisto Scar com o Gael, Namjoon e Camily mais a frente. Jungkook disse que ia tentar arrastar o Yoongi para a palestra. Ao me aproximar do grupo rindo, ouço meu nome ser citado.
- Perfeito de um gostoso. – Gael diz.
- Devo ter ciúmes? – Scar pergunta me fazendo sorrir.
- Deus tem seus escolhidos. – Cam diz e o Nam a olha.
- Devo ter ciúmes? – imita a Scar fazendo todos rirem. Me aproximo dela a abraçando por trás, ela me olha surpresa com minha ação.
- Devo me sentir agradecido pelos elogios? – eles sorriem.
- Eu ficaria. – Gael diz fazendo todos rirem.
Nos sentamos em um canto e vejo os outros se aproximarem. Jin e Hoseok se sentam ao lado de Scar e fico tenso quando vejo Hoseok a cumprimentando com um sorriso e ela faz o mesmo. Viro a cara sentindo meu maxilar trincar.
- Nossa, o homem é bonito. – Gael diz.
- Para de ser assanhado, menino! – Scar o repreende fazendo-o rir.
- Só verdades.
O homem no auditória arrumava suas coisas. Observei ele mais atentamente como se o conhecesse de algum lugar.
- Tudo bem? – Scar pergunta segurando minha mão.
- Sim, eu só... – arregalo os olhos ao ver o rosto do homem.
Não... ele não.
Seus olhos vasculham os estudantes dali, até param em mim. Um sorriso surge em seu rosto, mas não era um sorriso bom, era assustador para mim.
- Preciso ir. – me remexo na cadeira.
- O que? Como assim? – me levanto, mas Scar pega meu pulso. – Me conta, o que foi?
Solto meu pulso de sua mão e ando até a saída. Antes de sair, o olho de novo o vendo acenar para mim. Me arrepio e saio da sala. Ando rápido até a saída da faculdade, fico sentado no banco de ônibus já que não havia ninguém ali.
Os minutos se passavam e mais eu ficava nervoso.
O que ele fazia aqui? Por que apareceu assim? Para quê? Depois de tudo, ainda tinha coragem de aparecer?!
Antes de continuar, ouço uma voz alta me chamar:
- Olá, Taehyung. – olho para cima vendo aquele homem ali. – Não quer cumprimentar seu pai de maneira certa?
- Você não é meu pai! – ataco. – Nem de sangue e nem de consideração.
- Não era isso que sua mãe dizia. – me aproximei dele.
- Não ouse falar dela!
- Soube o que aconteceu com ela... – ele faz uma cara de pena. – Bem que eu imaginei que a vadia da sua mãe não ia aguentar. – o agarro pelo colarinho.
- POR QUE ESTÁ AQUI, UH? PRA QUÊ ISSO? – grito com raiva.
- Você me deve algo. Você me deve o dinheiro que gastei para manter aquela mulher naquela merda de clínica sendo tudo em vão! – retruca. – Eu quero meu dinheiro de volta, garoto.
- Foi você que a colocou lá a força! Você que disse que ela era louca, que precisava de ajuda, sendo que o louco e imbecil é você! – o empurro. – Seu hipócrita de merda, vir falar sobre uma merda de palestra sendo que você é um filho da puta pior que muita gente!
- Não sou eu o pobre coitado que perdeu a mãe, uma vadia doente.
Me aproximo com raiva e em segundo, sinto minha mão ardendo. O homem coloca a mão no rosto expressando dor, ele se vira para mim e me acerta um soco no rosto. Devolvo outro e continuamos com isso, por mais que sentia meu rosto arder, minha boca sangrar, meu abdômen doer, minha raiva era tão grande que essa dor ia embora rapidamente.
- TAEHYUNG! – ouço alguém gritar, mas não paro. – Taehyung! – ela tenta me puxar para longe do homem. – Taehyung, para por favor! – ouço a Scar implorar e o atinjo com um golpe na barriga o fazendo cambalear pra trás.
Me afasto e Scar me puxa para mais longe. Seu olhar transmitia preocupação enquanto seus olhos vasculhavam meu rosto. Ela me segura com o braço em minha frente quando tento me aproximar do mais velho.
- Nunca mais... – digo cansado. – Nunca mais chame minha mãe de vadia, seu desgraçado! – o chuto e Scar me puxa para mais longe.
Cambaleio até o seu quarto enquanto ela apoiava meu corpo no seu. Me sento em sua cama gemendo de dor.
- Vou pegar o kit de primeiros socorros. – ela diz se agachando na cômoda pegando uma malinha. – Quem era ele?
- Meu padrasto. – ela me olha confuso. – Quando eu era adolescente, minha mãe se casou com ele, mas ele começou a mostrar seu verdadeiro lado. Toda noite, às 23:30, ela apanhava dele. – ela me olha triste. – No outro dia, sempre a via machucada, mas com um sorriso no rosto... não queria que eu vesse sua dor. – vejo seus olhos marejados.
- Ele é um desgraçado, eu mesma quero bater nele agorinha. – diz brava e eu rio. – Mas preciso cuidar de um bebê agora.
- Cuide do seu bebê então. – ela ri.
A observo despejar um líquido no algodão e levá-lo até meu rosto. Sinto minha bochecha arder levemente, depois minha sobrancelha e minha boca.
- Vou pegar uma bolsa de gelo, tira a blusa. – ela vai no pequeno frigobar que tinha e tira um bolsinha com gelo. Tiro minha camisa deixando o roxo do meu abdômen exposto. – Aqui... – coloca a bolsa no local. – Pronto, vai melhorar.
- Obrigado. – digo me ajeitando na cama e soltando um gemido, ela sorri beijando minha sobrancelha, depois a bochecha e enfim, o canto da minha boca. – Estou sendo mimado agora?
- O beijo vai a dor ir embora mais rápido. – diz.
- Meu abdômen não ganha beijo? – faço biquinho e ela ri beijando o local me fazendo arrepiar. – Agora eu quero um beijo na boca.
A puxo pela nuca aproximando nossos lábios. Seguro sua cintura com um pouco de força e a sinto sorrir durante o beijo e se sentar em meu colo, mas solto uma reclamação.
- Aí desculpa, que burra. – ela tenta sair rapidamente, mas a impeço.
- Fica... – a ajeito em meu colo. – Pronto, está melhor assim. – ela sorri lindamente e sorrio de volta a beijando de novo enquanto colocava a bolsa de gelo na mesa.
Suas mãos dedilhavam meu abdômen, passeio as minhas pelas suas costas, braços, cintura, quadril, até parar em suas coxas apertando elas um pouco a fazendo arfar.
- Eu amo você, bear. – diz.
- Eu amo você, my girl.
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The Fuckboy
FanfictionDois tipos de pessoas. A que adora festas, a que odeia. A que estuda, a que cabula. A que é antissocial, a que demonstra ser social. A que lê livros, a que bebe e para na cama de pessoas diferentes. A que faz questão de ajudar os outros, a que só li...