Scarlett
Cabelos ruivos vivos, a pele de seu rosto repleto de sardinhas, o sorriso enorme no rosto, o olhar alegre de uma criança inocente. Corria pelo jardim repleto de flores, ela adorava aquele lugar, principalmente, a pessoa que a levava para lá. O homem corria atrás da pequena, sorrindo junto. O olhar com amor e carinho era algo único de se ver. Um pai e uma filha, apenas os dois, sem mais ninguém. Isso bastava para ambos.
- PAPAI! PAPAI! – a pequena grita. – Uma borboleta! Olha! – ela aponta para o inseto vermelho. Seu pai olha para o mesmo. – Ela tem a cor igual do meu cabelo.
- Sim, isso é incrível, não? – ele diz e ela balança a cabeça, concordando.
- Isso quer dizer que eu vou virar uma borboleta?! – pergunta sorrindo, seu pai ri de sua ingenuidade.
- Hm... Quem saiba um dia, uh? – ela sorri mais feliz ainda. – Opa... – ele encosta o dedo em seu ombro. – Te peguei. – sorriu e começa a correr.
- PAPAI!
{...}
- Anjo! Cheguei! – o mais velho diz depois de se despedir da babá.
- Papai! – a pequena Scar corre em sua direção e abraça a perna dele com força, o arrancando algumas risadas. – Papai, a luz acabou hoje. Ficou tudo escuro. Eu tô com medo. – ela diz com um biquinho, quase chorando.
- Oh meu bem, está tudo bem. Ela já voltou, uh. – a tranquiliza. – Tenho certeza que a luz não vai mais embora.
- Mas eu ainda tô com medo. – ele sorri.
- Hum... Que tal... Isso? – ele tira uma sacola de trás de si.
Scar olha com confusão, mas pega o objeto, tirando o conteúdo que tinha dentro. Ao olhar melhor, seu rosto, que antes estava triste, abre um sorriso feliz.
- Uma borboleta! – olha para seu pai, balançando a fantasia de borboleta. – Eu vou virar uma borboleta, papai!
- Sim, meu anjo. Você vai. – sorri, mas coloca a mão no rosto, dando uma tossida em seguida. – Vamos dormir, ok? – ela assente andando até seu quarto, saltitando.
{...}
- POR FAVOR! – a mulher corre até o balcão.
Uma mulher, isso mesmo. A pequena garotinha, inocente, carinhosa, amorosa, fofa, alegre virou uma mulher independente e forte, segura de si. Mas, algo diferente e ruim nessa mulher é, que no momento, ela não estava alegre. Estava apavorada, e com medo. Muito medo.
- Moça, se acalme. – a recepcionista diz.
- Por favor, meu pai... – ela tenta dizer, mas nada sai.
- O médico está no procedimento. Te levarei até o corredor, onde você pode esperar.
A recepcionista acompanha a mulher para a sala. Scar se senta em uma das cadeiras de frente para a sala, enquanto a outra a entrega um copo da água.
Agonia, tristeza, confusão, espera, impaciência, ódio, ansiedade, tudo misturado. Seus sentimentos estavam uma bagunça, a única coisa que ela queria, era seu pai. Mas assim que o médico aparece, três horas depois, o olhar já dizia tudo.
Scarlett chorou, gritou, aquilo doeu. Doeu ver que a única pessoa que cuidou dela, que se importava, que estava com ela desde o começo, não ficaria com ela até o final.
Ela só saiu do hospital depois que seus dois melhores amigos a buscaram. Jungkook chorou junto com ela, já Yoongi a abraçou com toda sua força. Ambos estavam tristes, parecia que tinha sido a morte do pai deles também.
{...}
- MY GIRL! – levanto com tudo na cama.
Minha respiração estava irregular. O suor escorria pelo meu rosto. Fios de cabelo estavam grudados em meu rosto. Meu namorado me olhava com o olhar confuso e preocupado.
- Gatinha, o que foi? – diz se aproximando, colocando as mãos por detrás das minhas coxas e me puxando para seu colo, para seu carinho.
- Tive um pesadelo... – digo. – Um pesadelo em forma de lembranças.
- Quer falar sobre? – o olho e conto tudo, do começo ao fim. Não tinha porque não falar. – Bae, tem certeza que quer fazer isso? Está preparada?
- Tete, eu quero e preciso disso. Quero dar uma chance para minha mãe e ver a evolução dela. Não adianta ficar me remoendo com o passado, não vale a pena. – ele assente, a vendo ter certeza de suas palavras.
- Tudo bem, eu vou fazer o que eu sempre falei que farei. Ficarei ao seu lado e a apoiarei, não importa qual decisão será tomada. Ficarei com minha garota. – sorrio dando um beijo carinhoso em seus lábios. – Hum, que gostoso esse beijo. Quero mais. – ri de sua cara de pau e começo a beijar seu lábios mais ainda.
- Eu te amo, Tete. Obrigada por estar aqui, comigo.
- Eu sempre estarei aqui, não importa. Depois de tudo, nunca irei sair do seu lado. Nós dois encararemos isso e muito mais. Mas sempre juntos, com nosso amor, uh. – confirmo voltando a beijar-lhe.
Ele estava certo. Fomos feitos um para o outro. Como se tivéssemos sido guardados um para o outro, todo esse tempo. Eu o amo e ele me ama.
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The Fuckboy
FanfictionDois tipos de pessoas. A que adora festas, a que odeia. A que estuda, a que cabula. A que é antissocial, a que demonstra ser social. A que lê livros, a que bebe e para na cama de pessoas diferentes. A que faz questão de ajudar os outros, a que só li...