Havia uma rosa, era delicada e frágil e, temendo que alguém lhe fizesse algum mal, a rosa criou espinhos horrendos e fortes para se proteger. Com o passar do tempo, a rosa via as outras como ela serem colhidas e amadas, enquanto ela era deixada de lado. Seus espinhos apenas cresciam e se tornavam mais duros, impossíveis de serem removidos.
Tentaram amar a rosa. Mas queriam que ela retirasse aquilo que a protegia, aquilo que a mantinha viva. Então a rosa não quis ser amada.
Tentaram a amar a rosa. Mas foram brutos e mentirosos, e a rosa se protegeu com seus espinhos. Então a rosa não quis mais amar, ela machucava todo e qualquer um que se aproximasse.
Então a rosa se fechou. Transformando-se novamente num botão. Passado um tempo, alguém enxergou o pequeno botão. Alguém acreditou que aquele broto poderia se tornar algo lindo. Mas como cuidar, com todos aqueles espinhos? Acontece, que o cuidador tinha muitas cicatrizes e não desistiria dela. Todos os dias ele cuidava do botão e era cuidadoso para não se ferir.
Um dia, o botão abriu. A rosa se encantou com ele. E ele se encantou com a rosa. E mesmo com os espinhos, ele fez dela uma flor selvagem, sem perder aquela delicadeza inicial. Ele amou a rosa, com todos os espinhos. E ela o amou por isso. A rosa sempre será grata a ele por tê-la feito livre.
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Textos de uma emocionada.
LosoweAlguns textos de dias nebulosos, alguns de dias ensolarados.