“Acabei.” O grito de Kara um pouco mais alto do que ela gostaria fez com que Alex e Brainy automaticamente se afundassem um pouco mais contra a cadeira.
“Tá de brincadeira.” Barry resmungou ou pelo menos tentou, sua língua em um tom incrivelmente vermelho estava pra fora enquanto ele tentava inútilmentente acabar com a ardência em sua boca, bebendo água.
“Eu já te disse, Gustin.” A loira limpava seu rosto que continha uma grande mancha do molho especial. “Você nunca vai me ganhar na competição das asinhas picantes.” Levantou o braço direito em comemoração.“Eu sou a grande campeão de comedores de asinhas do mundo.”
“Uhrum parabéns.” Alex murmurou. “Que emocionante crianças, agora será que já podem parar de gritar." Ambos se arrumaram em suas cadeiras, pedidos baixos de desculpa sendo proferidas. “Obrigada.”
“Então? Qual é a razão pra esse encontro secreto mesmo?” Barry encarou o amigo que havia convocado aquele almoço com os três, pedindo para não dizerem a nenhum dos outros amigos sobre, a atenção de todos agora estava toda para Brainy que se sentiu bastante satisfeito por finalmente poder compartilhar seu incrível plano com todos.
“Bom o aniversário da Nia é daqui três semanas....” O sorriso animado em seu rosto parecia levemente assustador. “E como sabemos ela estragou as últimas 5 festas surpresas...."
“Ah não.” Kara gemeu, já tinha consciência de onde aquilo chegaria.
“....Mas bem, as últimas festas não foram planejadas por mim.” Direcionou o polegar direito em sua direção, de forma convencida.
“Já começou errado, muito errado.” Alex balançou sua cabeça quase que de forma frenética. “Porque está contando isso pra gente? Quero dizer o Barry eu até entendo, ele pode ser só um rostinho bonito e um abdômen legal, mas é muito eficaz quando se precisa de agilidade.”
“Vou tentar não me ofender.” Bebericou sua água, não ganhando atenção alguma.
“E eu sou por motivos óbvios, mas a Kara?” Apontou para a irmã que parecia assustada. “Ela vai contar a Nia antes que você seja capaz de dizer, feliz aniversário.”
“Ela não tá mentindo.” Barry encarou a amiga em um pedido de desculpas mudo, sua língua ainda para fora da boca a procura de um alívio.
“Gente por favor, tenham ao menos um pouco de confiança na Kara.” Sorriu para a loira de forma reconfortante. “Eu escolhi vocês porque sei que é a equipe perfeita, acreditem em mim eu já estudei cada passo, não tem como dá errado.”
“Uh Brainy, amigo, eu não quero ser o estraga prazer aqui, eu sei que você é o gênio em meio a todos nós, mas essa é uma missão impossível." Barry procurava as melhores palavras. “Eu ouvi uma vez que ela foi a causa dos seus pais terem se separado porque ela arruinou a sua festa de quinze anos, parece que sua avó planejou a festa por anos e aí teve um treco na hora quando Nia apareceu de coroa dizendo que queria um baile não um Bar-mitzvá.”
“Isso não faz o menor sentido, Barry”
“Pois é.” Kara concordou com sua irmã. “Porque alguém não iria gostar de ser ovacionado e carregado em uma cadeira?” A pergunta parecia realmente óbvia. “Ei, porque a gente não faz a festa desse tema? Mas onde todos possam ser carregados nas cadeiras, é claro.”
“A Nia não é judia.”
“Isso realmente importa, Alex?”
“Mas é claro.” A irmã apenas ignorou sua fala.
“Uh não é uma ideia ruim.” Brainy recebeu olhares animados e incrédulos em sua direção. “Quero dizer, tudo será avaliado, muito bem Kara é uma ideia realmente esplêndida.” A loira sorriu ainda mais animada com o apoio do amigo.
“Muito obrigada, Brainy.” Era realmente bom que ao menos um de seus amigos lhe confiasse dessa forma. O rapaz estava pronto para voltar à contar sobre seu plano quando um som repetitivo e alto se tornou presente. “Oh droga.” Kara procurou seu celular em seus bolsos logo o tendo em mãos. “Foi mal gente, eu preciso ir.” Ela deixou que a música tocasse por mais alguns segundos antes de desligar o lembrete.
“O que foi?” A irmã se voltou preocupada. “Eu pensei que hoje fosse sua folga?”
“E é, eu tenho que buscar o Batman.” Disse, suas mãos revisando rapidamente a mochila, encontrando uma noite de 10 reais à deixando sobre a mesa.
“Ah o Batman, a quanto tempo eu não o vejo, ele já deve ser um grande cara hoje em dia.” Barry se virou para a amiga. “Aonde ele está mesmo?”
“No SPA canino." Explicou. “Nós estávamos passando por um momento complicado sabe, ele estava passando pela transição de criança cão para adolescente cão, só achei que um pouco de luxo faria bem a nós dois.”
“Bobagem.” Alex se virou para a loira que já estava de pé, terminando mais um copo de refrigerante. “Isso tem mais cara de, eu comprei um cachorro incrivelmente atentado e destruidor quando minha irmã me avisou que eu não teria tempo ou paciência pra lidar com ele, mas eu sou teimosa demais pra escutar qualquer um que seja.”
“Não faz o menor sentido o que disse, e por favor eu gostaria que tratasse meu cachorro com um pouco mais de afeto já disse, ele é da família agora, você tem que aceitar." A ruiva revirou os olhos, Kara se despediu de cada um com um beijo na bochecha, dizendo que precisava correr.
“Essa Kara, ela inventa cada coisa.” Brainy comentou em meio ao riso nervoso, Alex o avaliou por mais alguns segundos antes de dizer.
“Tá bom, fala logo.”
“O que?”
“O plano de verdade.” Brainy tinha o rosto coberto de falsa confusão. “Você disse esplêndida, você parece aquele personagem careca e amarelo, esfregando as mãos quando tá planejando algo maligno.”
“O senhor Burns!?”
“É um elogio ou...?”
“Para de enrolar Dox.” O moreno suspirou se arrumando na cadeira, suas mãos agora unidas sobre a mesa.
“Ok, digamos que existe uma outra parte do plano.”
“Então vamos marcar outro dia pra Kara estar junto.” Barry murmurou. “Sempre sobra pra mim contar as coisas e eu odeio ser o que manda aqueles áudios gigantes.”
“Ninguém que ser essa pessoa.”
“Bom, a coisa é que a Kara não pode saber dessa parte.” A confusão era clara no rosto de Barry. “Olha, só sigam comigo. Todo mundo sabe que a Kara tem um enorme problema em guarda a língua dentro da boca, vamos dizer assim.”
“E então...?” Alex arqueou as sobrancelhas.
“E então, todo grupo tem um elo mais fraco, no titãs é o Robin, na liga da justiça o Batman, no One Direction é o Zayn ele claramente não aguenta a pressão de um grupo.” Revirou os olhos. “No nosso caso, Kara é a mais frágil, aonde vão procurar por informações.”
“Mas você não vai da as informações certas pra ela.” Alex murmurou.
“Exatamente, clara Alex.”
“Tá eu vou ignorar suas comparações nada justas por um segundo.” Barry resmungou. "Mas se todo mundo sabe que ela não consegue guarda segredos porque acreditariam no que ela vai dizer ao invés de pensar que esse é exatamente o seu plano?”
“Boa pergunta, na verdade é uma ótima pergunta, Gustin.” A ruiva parecia realmente surpresa.
“claro que é.” Resmungou. “Porque vocês agem como se não tivesse nada no meu cérebro?”
“Porque juntando você e Kara não dá um.”
“Pode até ser.” Deu de ombros. “Mas nós somos invariavelmente fofos e irresistíveis.”
“Ah controvérsias.”
“Certo, voltando para o meu plano, por favor.” Brainy chamou atenção de ambos. “Existe uma grande chance de que o tiro volte para mim, mas nós não vamos da todas as informações a ela, vamos deixar Kara ciente do falso local, e data digamos que por acidente, assim quando ela soltar sem querer sobre a festa ela vai explicar que a deixamos encarregada apenas da sua parte do plano, a comida e música, o que não carrega informação alguma.”
“Você é um gênio Dox, um gênio do mal, mas ainda um gênio.” O canadense sorriu orgulhoso para a amiga, tinha consciência daquilo.
“A Kara vai ficar tão chateada quando descobrir que a gente só usou ela.” Brainy suspirou com pesar.
“Eu sei, mas alguns sacrifícios precisam ser feitos para que se obtenha sucesso, Barry.”
“Eu não sei se estou afim de apunhalar minha irmã pelas costas assim, ela vai me encher sobre isso pelo resto da vida.”
“Kelly apostou 300 comigo que a gente não conseguia....”
“Olhando por outro lado, não acho que ela vai se importar de verdade.” Barry uniu as sobrancelhas em direção a ruiva. “Qual é Barry, no final de tudo ela vai achar um plano incrível, nos podemos até batizar com o nome dela.”
“Você acha que isso a deixaria feliz?”
“Não tenho dúvidas.” Sorriu.
“Tudo bem, acho que podemos tentar.” O fotógrafo concordou. “Mas algum de vocês tem que pagar um suco pra mim, não estou sentindo minha língua a uns dez minutos, e tô ficando com um pouco de medo."
•••••
Eu estava a meia hora tentando explicar ao Batman porque não podíamos ir para casa sem antes esperar o senhor Jones, nosso porteiro que me daria a autorização para usar o elevador dos fundos, por razões de que não existem muitos animais nesse prédio, na verdade eu não conheço nenhum além do casal de hamsters do sétimo andar mas os dois copulavam tanto que eu achava injusto não terem uma casa apenas para a família deles.
“Eu já disse Bat, você não pode subir até que a gente pegue esse papel. Eu não quero te assustar mas você se lembra do senhor Diaz, não é?” Não era da minha vontade lhe relembrar tão cedo o síndico pouco amigável que tínhamos, mas ele já era esperto o bastante para finalmente entender aquela situação. Quando vi o pequeno cão morcego parado isolado dos outros cães naquela feira de animais eu instantâneamente sabia que deveríamos ser uma pequena família, como em Marley e eu, mas é claro sem a morte do cachorro e as destruições em massa, então quando voltei para casa com o pequeno animalzinho indefeso em mãos, junto com todos os acessórios que fiz Alex comprar para o pequeno porque, bom, tias são para isso. O senhor Diaz apareceu de forma onipresente, porque era assim que ele aparecia sempre, então ele começou a dizer que o filhote não poderia ficar ali pois não existia espaço o suficiente e só traria mais e mais problemas para a socialização do prédio em forma de comunidade e etc, etc, etc era confuso seguir tudo o que ele dizia por motivos de que muitos vezes ele me lembrava o meu professor de espanhol do qual eu não aprendi nada além de sentar ao fundo evitando ao máximo ser atingida por suas falas molhadas acidentais. “Não podemos da mais motivos a ele, tudo bem? O senhor Jones não vai demorar, ele disse que só precisava fazer uma cópia pra ele com a minha assinatura e podemos ir.” Expliquei mais uma vez, Batman estava realmente inquieto ao meu lado, rodando sobre o lugar fazendo com que sua capa com o sinal do super herói se amassa-se toda sobre seu corpinho, a dona do SPA havia sido bem legal por te arrumando a roupinha temática para ele, nós acabamos tendo uma longa conversa sobre os treinamentos de Bat, Lucy a treinadora e dona do local me dizia o quanto o pequeno era adorável e amável depois de um tempo e que mesmo com um pouco de trabalho duro ela conseguiu lhe ensinar alguns truques do qual eu estava mais do que animada para testar, eu só queria que os ensinamentos sobre xixi e coco funcionassem mesmo. “Sabe Batman, nós temos que agradecer ao Sr. Jones, ele é realmente um bom homem.” Ele virou o rostinho um pouco para o lado esquerdo, me mostrando que ele sabia do que eu estava falando. “De verdade, ele que me ajudou a convencer o Sr. Diaz de que você não vai dar problemas, eu não sei como ele conseguiu mas ele dobrou o síndico.” Sorri, eu ainda me lembro de como Sr. Jones me tranquilizou dizendo que faria o possível para que Batman não precisasse ir embora, eu sei que foi errado adota-lo antes de me certificar que não teria problemas no prédio, mas o que eu podia fazer? Não o devolveria, não mesmo. “Além disso, ele deixa essas balinhas aqui pra gente pegar, à vontade.” Peguei mais um pouco das balinhas de goma, na travessa de vidro redonda. Batman ronronou se abaixando sobre suas duas patinhas da frente. “Eu sei Bat, eu queria que você come-se também mas vai machucar seus dentinhos.” Ele agarrou um pedaço dá coleira à puxando em sinal de repreensão. “Eu sinto muito Bat, mas prometo que vou fazer a tia Alex te comprar vários docinhos caninos.” Juntei algumas das balinhas vermelhas em minha mão, apesar de Alex sempre dizer que todas tinham o mesmo sabor, as vermelhas eram as minhas favoritas. Foi em questão de segundos, quando senti a coleira deslizar em minha mão esquerda causando o pequeno ardo, acho que foi o pequeno barulho do elevador informando que ele estava parado no andar que chamou a atenção de Bat, ele corria considerável rápido para alguém que estava puxando uma coleira duas vezes o seu tamanho. “Batman, não.” Gritei, pedindo desculpa em seguida para duas senhoras que passaram na minha frente, ele parecia estar ainda mais perto do elevador. “Bat, aqui.” Assobiei, o pequeno parou se virando para mim, parei de corre batendo em minhas pernas o chamando mas uma vez. “Vem aqui pequeno.” Falei ofegante, tinha corrido a metade de um Hall e eu estava exausta, eu precisava mesmo terminar essas férias que dei da academia. “Batman, vem.” Ele parecia pensativo, então aproveitei para me aproximar mais, quando o elevador avisou que se abriria mais uma vez, mal vi como aconteceu, em algumas segundos ele estava sentado na minha frente no outro ele estava dentro do elevado, um pedaço da coleira ficando entre o lado de fora entre a porta que se fecharia em segundos, quando ele foi puxado pra dentro antes que a porte fechasse por completo, olhei para a imagem acima da caixa de ferro, 5° andar, tudo bem, eu podia fazer isso...ou não, eu queria deitar em posição fetal ao encarar a escada gigantescas na minha frente. “Porque tantos degraus?” Eu podia jurar que já estava ofegante antes mesmo de começar a subir a escada, fazendo isso o mais rápido que eu conseguia, talvez se eu fosse capaz de subir de dois a dois degraus eu chegaria mais rápido, mas com minha coordenação motora eu provavelmente quebraria a cara na primeira tentativa. Não contei quantas vezes parei em busca de ar, quando finalmente cheguei no meu destino o suor que descia pelas minhas costas havia colado o pano fino da camiseta contra minha pele, passei meu braço direito sobre minha testa tentando tirar excesso de suor dali limpando em minha calça jeans que parecia incrivelmente grudenta, não foi difícil encontra Batman já que ele estava no meio da pequena multidão de 5° pessoas um pouco distante do elevador, eu realmente precisava de água agora.
“....Eu entendo que a senhora esteja preocupada, Senhora Gibson, o que importa é que o cachorro não se machucou e nada de grave aconteceu.” Só agora percebi que o senhor Jones estava parado em frente à senhora Gibson, do 5° andar, e ela não parecia nada feliz.
“Você precisa encontrar a dona desse animal, senhor Jones, isso não é aceitável de forma alguma, onde já se viu, um animal andando pelo prédio, além do mais sozinho.”
“Não se preocupe com isso senhora Gibson....”
“Uh, com licença.” Eu ainda estava ofegante, arranhei minha garganta tentando diminuir o incômodo por causa da sede. “Eu realmente sinto muito, a coleira dele escapou, e acho que o barulho do elevador assustou ele.”
“Senhorita Danvers, é claro.” A senhora Gibson me encarava, nada contente, ela era uma senhorinha de um metro e alguma coisa, seus cabelos eram curtos e escuros, ela usava um óculos redondo, para ser sincera ela era a cara da Dolores umbridge, ela morava a três andares a baixo de mim, mas sempre nos encontrávamos, eu não tinha vergonha de dizer que ela me dava medo.
“Muito bem, então agora que achamos a dona do cãozinho acho que podemos seguir em frente não é mesmo.” Sr. Jones disse de forma calma.
“Eu não sabia que você ainda tinha esse animal senhorita Danvers.” Ela ignorou o que o porteiro falou, me encarando. “Pensei que o síndico havia deixa claro de que não era permitido manter qualquer tipo de doméstico em casa.”
“Uh eu consegui a autorização para tê-lo.” Respondi sem graça, minha garganta agora doía pela sede e ainda podia sentir meus músculos da perna tensionarem, eu vou sentir dor pelos próximos dez dias, era certeza. Tinha mais 4 pessoas ao nosso redor, um casal que eu acho está com a Sra. Gibson que bem pareciam impacientes com tudo aquilo, Batman estava quase que embolado nas pernas da morena que estava um pouco atrás de toda aquela confusão, ela estava falando algo para a criança que parecia assustada, por favor que Bat não tenha à machucado, por favor.....
“Mesmo? Eu pensava que era preciso uma reunião de condomínio para resolver esse tipo de assunto.” Bruxa, Bruxa, Bruxa.
“Eu não vejo o porque disso, eu já consegui a autorização do Sr. Diaz, é só um cachorrinho.” Resmunguei, não vendo sentido algum naquilo, tudo bem, eu o perdi por alguns segundos, e tudo bem ele quase morreu enforcado, mas nenhuma criação é fácil.
“Cachorrinho? Ele poderia ter machucado à criança.” Apontou para a morena atrás de si. “Ou pior, mijar em alguém, não quero ter que pisar em necessidades desse animal por ai.” Ou ela tem problemas em listar prioridades ou é bem egocêntrica, com todo respeito é claro.
“Vovó eu acho que já deu.” O rapaz alto que estava a poucos centímetros de nós finalmente falou, ele parecia cansado de tudo aquilo. “Será que podemos ir? Eu tenho trabalho amanhã cedo.”
“Isso, Sra. Gibson eu lhe prometo que conversaremos sobre isso no futuro, mas agora não à nada a ser feito, Danvers tem a sua autorização e não está fazendo nada de errado.” Sr. Jones se pronunciou mais uma vez. “A portaria já está sozinha a muito tempo, tenho que voltar.”
“Pois então vá Sr. Jones, Com todo respeito sua presença não foi solicitada.” Ela se virou para ele. “Por falar nisso, onde o Senhor estava antes dessa confusão toda? Tenho absoluta certeza que não estava no seu balcão, caso contrário esse pequeno ratinho não teria desferido essa confusão toda.” Batman latiu, claramente inconformado com as palavras da mulher que pulou sobre o lugar. “Era só que me faltava, sinceramente Danvers, você tem sorte que esse animal não fora enforcado por aquelas portas de metais, olha só toda a confusão em que você e esse animal são protagonistas em tão pouco tempo....” Então houve um, pequeno pingarelho chamando a atenção de todos.
“Com todo respeito, Sra. Gibson, não é?” A morena se pronunciou pela primeira vez, desde o início de toda aquela confusão. A senhora assentiu, fazendo com que ela continuasse a falar. “Eu não acho que essa conversar esteja chegando à algum lugar.” Eu sabia que estava em um problema enorme e que muito provavelmente aquele não era o melhor momento para isso, mas SANTA QUE LHE PARISTE....eu estava prestes à levar mais uma bronca e dessa vez da mulher mais bonita que eu já vim em toda minha longa vida, e eu não me importaria nenhum pouquinho com aquilo, você quer pisar em mim, por favor? “Sinceramente eu não consigo ver o porque de tudo isso apenas por causa de um cachorro.” Batman ronronou baixo como se concordasse com o que foi dito, porque ele não veio até mim ainda? Será que ele também a achou bonita? Maldito traidorzinho.
“Uh à senhorita deve ser nova aqui não? Senhorita...?”
“Lena, pode me chamar de Lena.”
“Muito bem, senhorita Lena.” Gibson me encarou antes de se virar totalmente para Lena, Lena tão bonito o nome e o rosto. “Por isso você não deve está familiarizada com as travessuras da senhorita Danvers.”
“O que?” Jones balançou as mãos pedindo para que eu me acalmasse, ela realmente iria fazer minha caveira bem na minha frente?
“Mas um conselho como vizinha, fique bem longe dela, e deixe sua irmãzinha mais distante ainda, nunca vi tamanha irresponsabilidade e descaramento em uma só pessoa.” Ah muito obrigada, quer que eu morra sozinha, Senhora Gibson?
“Eu agradeço imensamente o conselho e também a preocupação, mas eu costumo opinar eu mesma sobre quem deve ou não se aproximar de mim ou minha filha.” Ela disse aquilo, com educação em cada palavra, será que ela teve que estudar muito para aprender a da resposta com essa classe? Que sensação é essa? Seria o famoso querer apanhar de mulher bonita? Filha? Me sinto como o Titanic agora.
“Será que nos podemos ir agora vovó?” A mulher que estava com a Sra,Gibson falou, ela parecia realmente cansada. “Amanhã a senhora fala com o síndico ou algo do tipo, por favor, estamos cansados e isso daqui já está ficando vergonhoso.”
"Tudo bem.” Se virou para mim, sua feição nada contente. “Mas pode ter certeza de que ainda hoje ligarei para o síndico, em minha opinião esse local está cada vez mais uma bagunça.” Seus olhos passaram pela morena de forma acusatório antes que ela seguisse em direção ao seu apartamento, acabei soltando a respiração que eu nem sabia que estava segurando, me causando uma dor desconfortável na garganta me lembrando o quanto eu desejava um copo d’água.
“Mister Jones, eu sinto muito, mesmo. Eu não sei o que aconteceu numa hora ele estava ali então eu fui pegar algumas balinhas e ele simplesmente saiu....”
“Eu sei, Kara.” Me interrompeu. “Foi um acidente, esse tipo de coisa acontece, só tome mais cuidado a Partir de hoje, tudo bem?” Concordo, o sentimento de culpa ainda ali, a forma como alguns do proprietários falavam com Jones me irritava, e eu não costumava ficar irritada. “Toma, a autorização. Não se preocupe, você não está fazendo nada de errado, Bat tem a permissão para está aqui.” Ele avaliou o relógio em seu pulso antes de se despir. “Eu tenho que ir menina, a recepção está muito tempo sozinha, você não vai arrumar nenhuma confusão nesse meio tempo vai?”
“Eu vou tentar.” Brinquei.
“Já é bom o suficiente.” Sorriu, Jones se virou para Lena que por alguma razão ainda estava ali. “Sinto muito pelo incômodo senhorita.”
“tudo bem.” Ela disse de forma educada. “E só Lena, por favor.” Jones sorriu, em concordância antes de ir. Batman ainda estava parado entre a morena e a garotinha, ele lambia as mãozinhas da menor por alguma razão, era difícil saber se ela estava incomodada com aquilo ou não. Arranhei minha garganta para chamar a atenção de ambas, mas acho que acabei arranhando alguma corda vocal, é normal sentir uma boca tão seca assim? "Tudo bem?” Tão bonita.
“Uh, eh, o cachorro, uh ele é meu.” Jura? A essa altura minha voz parecia estranha e um gosto de metal começara a me incomodar.
“É claro que é.” Ela parecia sem graça, seus olhos avaliaram a pequena interação entre Bat e a garotinha.
“Eu realmente sinto muito por isso.” Me desculpei, não sabia muito bem pelo que. “Vem Bat, vamos pra casa, anda.” Bati fraco contra minhas pernas em busca da sua atenção, o cachorro se jogou no chão pedindo carinho para a mais nova, como se eu não tivesse dito nada. “Traidorzinho” Murmurei, eu quase perco minha casa por ele e não ganho nem um pingo de consideração. “Uh, certo.” Arranhei a garganta mais uma vez, aquilo estava ficando meio desconfortável, ela mexeu na mochila infantil que estava em suas costas tirando uma garrafinha de água, ainda cheia.
“Toma.” Arqueei as sobrancelhas confusa. “Você veio pelas escadas não foi?” Concordo com a cabeça. “Você parece com sede.” Aceitei a água, até porque eu não estava em posição de negar nada, enquanto eu desfrutava da água como se fosse o último gole de água da minha vida, Lena se aproximou da garotinha, se ajoelhando ao seu lado. "Ei Monkey, Você gostou dele, uh?” Nada aconteceu, a garotinha estava totalmente concentrada no Batman que parecia ter gostado mesmo dela. “Ele precisar ir com a dona, tudo bem? Monkey?” Eu não queria ficar prestando atenção no interação de ambas mas era meio que inevitável, tentei chamar a atenção de Batman mais uma vez com assobios mas eu continuava sendo ignorada com sucesso.
“Uh, qual o seu andar?” Perguntei, ela me olhou parecendo um pouco desconfiada.
“Oitavo, oitavo andar.”
“Também é o nosso.” Apontei para Bat. “A gente pode, uh, não sei a gente, acho que a gente pode subir juntos, sabe? Quero dizer....”
“Tudo bem por mim.” Concordou ainda ajoelhada, me afastei um pouco para chamar o elevador, quando me virei ela me entregará a coleira de Batman que agora já não estava mais deitado e sim andando de um lado pro outro tentando chamar a atenção.
“Obrigada.” Murmurei sem graça, eu pensei em devolver a garrafa d’água mas ela estava vazia então não fazia muito sentido, olhei pra o elevador ‘10°’ andar. “Ei, você gosta da Supergirl?” Só agora percebi a pequena boneca em seu bracinho esquerdo. “Eu sou realmente fã dela, digo dos outros também mas Supergirl com toda certeza é a minha favorita” Coloquei a coleira presa ao meu pulso colocando minha mochila que antes estava nas minhas costas, a minha frente pegando o pequeno chaveiro da heroína. “Aqui.” A garotinha levou alguns dedos levemente até a boca, ela parecia da leves mordidas neles, eu acho.
“Super...Girl, super.” Sua voz era fina e infantil, ela parecia realmente animada, era impossível não sorri.
“Sim.” O barulho do elevador avisou que ele finalmente chegará, dessa vez me certifiquei de a assegurar que Batman estava ao meu lado quando entramos, sendo seguidos pelas duas. Não demorou para o elevador para em nosso andar, Batman andava ao meu lado mais calmo do que o de costume acho que até mesmo ele ficará cansado com toda essa confusão. “Bom, a gente fica aqui não é, Bat?” Ele latiu, correndo em direção a menor dando algumas lambidas em suas mãos, encarei a morena em um pedido mudo de desculpas, mas a garotinha não parecia muito incomodada com as lambidas, ela fazia uma espécie de carinho nos pelos baixos de Bat, com as mãos fechadas. Puxei de forma lenta a coleira para chamar a atenção de Bat, ele resmungou se sentando, claramente emburrado. Soltei o pequeno chaveiro da minha mochila me ajoelhando, tentando igualar nossos tamanhos. “Toma, você pode ficar com ela.” Eu me senti meio boba com aquilo depois de alguns segundos ali parada, não era um chaveiro ruim, na verdade havia chegado na semana passada eu levei anos para ter coragem de usá-lo, eu sempre perco essas coisas. Então ela puxou a blusa da mãe, um pequeno resmungo saiu dos seus lábios e ela apontou para o chaveiro, mesmo que ele estivesse bem a sua frente, então ela pegou o pulso da mais velha fazendo com que ela pegasse o chaveiro de minhas mãos, lhe entregando em seguida.
“Monkey, você não quer agradecer?” Suas mãos agora estavam em seus ombros.
“Ah não precisa, considere um pedido de desculpas de Batman e meu, nos realmente sentimos muito por toda a confusão de hoje.”
“Eu já disse, tudo bem.” Ela disse, me desculpei mais uma vez me despedindo logo depois, as duas estavam se preparando para entrarem no apartamento da frente, o antigo apartamento do velho Smith, talvez Alex tivesse um pouco de razão, eu deveria sair um pouco mais.
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Be Your Own Hero
RomantizmLena trabalha com sua melhor amiga em uma rede de lanchonetes e divide seu tempo para cuidar de Wendy, sua filha portadora de sindrome de Asperger, tudo parecia normal até sua filha se apaixonar por sua vizinha da frente e ela não é a única.