CAPÍTULO 1

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meses depois;

Chloe lawrence

Estava no cemitério, olhando a lápide de meu marido, morto há 3 meses. Consequência de uma troca de tiros com bandidos. Ele morreu fazendo o que gostava, defendendo as pessoas e servindo a lei. Com um tiro na cabeça efetuado por um dos assaltantes. Ele tinha sido socorrido, mas dificilmente iria sobreviver ou iria permanecer com sequelas, segundo o médico que lhe atendeu, mas infelizmente ele não resistiu e partiu quando estava sendo atendido na ala cirúrgica. No seu velório, quando desciam o seu caixão, eu pude perceber que era real... Eu tinha perdido meu marido!

Nos deixando, Charlotte e eu... Sim. Estou grávida de 4 meses e essa seria a surpresa naquela noite!

Estávamos tentando e querendo isso fazia alguma tempo e justamente quando deus atendeu meu pedido recebo uma terrível notícia.

Depois que Ethan faleceu, tinha me afastado de minha família e da dele, passei por um início de depressão, mas tive que me reerguer pela nossa bebê, para dar o sustento, amor, carinho e alegria que ela precisará. Ethan não iria gostar que eu me deixasse abater por sua morte, ele iria gostar que eu vivesse e desse o apoio para nossa filha. Juntei algumas economias que estavam guardadas e montei uma floricultura, canto e encanto das flores (song and charm of flowers), onde estou trabalhando com minhas irmãs, Rebeca e Alícia. Elas foram as que me deram mais apoio. Atualmente estou morando na casa que eu e Ethan construímos, iríamos nos mudar para lá em três dias. Depois que ele morreu, percebi que não conseguiria continuar morando e tendo lembranças dele sem tê-lo comigo na casa onde convivemos por anos. A atual casa é rústica, aconchegante e sala com uma mesinha de centro, um sofá com formato L e cozinha com uma ilha e assentos ao seu redor, cada cômodo separado. Os quartos, três - um deles estou montando o quartinho da minha bebê -, ficam na parte superior. Sempre pensávamos em ter filhos, e consegui.
Voltei a ter convívio com a família de Ethan, especificamente? Só com a dona Clarissa, ela também sofreu exatamente ou até mais que eu, com a morte do seu filho, se afastou também e mudou bastante. Ontem mesmo ela foi nos visitar, a mesma assim como o resto de minha família ficaram felizes com a minha gestação, e deixou claro que no que eu for preciso eu posso contar com sua ajuda! Pude notar que depois da separação com seu Antônio, pai do Ethan, ela se sentiu mais leve, comunicativa e confessou que está tendo acompanhamento psicológico, depois que Ethan morreu, parece que ela despertou. Foi atrás do filho mais velho, a qual ela negou no seu anos de vida e convívio com a mesma, para conseguir seu perdão e afeto. Esse mesmo homem a qual ela contou que não acreditou numa sequer palavra dela. Dominic, como se chamava, guarda muito rancor dos seus pais, principalmente de Antônio, só foi no enterro de seu irmão, meu marido, mas não direcionou a palavra a seus pais ou a minha pessoa, ficou num canto mais afastado, sendo assim não consegui ver seu rosto. Pelo menos fiquei mais tranquila sabendo que os dois irmãos se davam bem, mesmo não tendo tanta convivência nos últimos anos, tempo esse que Ethan e eu, nos envolvemos, meu falecido marido até queria nos apresentar mas por falta de oportunidades não aconteceu;

Seu Antônio e eu nunca nos demos bem, sempre deixando claro que ele não gostou de saber que seu filho estaria se relacionando com uma pobre coitada, no caso, eu e isso era o que mais me magoava na minha relação com Ethan, mas o mesmo sempre demonstrou não se importa com o que seu pai achava e me defendia. Dona Clarissa disse que seu outro filho morava em um bairro de classe alta em NY, e disse que quer recuperar o amor de seu filho, achei ótimo, por ela querer recuperar o tempo perdido, e até seria bom para Lotte, conhecer seu tio. Sempre soube pelo meu marido que seus pais e irmão mais velho, nunca se deram bem, motivo então desconhecido por mim até pouco tempo atrás. Ontem, Clarissa me revelou o porquê do seu filho ter esse rancor. A mesma confessou que negligenciava seu filho mais velho, pois quando o teve ela sofreu depressão pós parto mas senti que não era só Isso. E com o tempo se sentia na obrigação de criar Dominic mas não o tratava com carinho, amor e afeto materno. E o pobre garoto foi crescendo ao redor de brigas, traições e agressões entre os pais. Antônio também maltratava o filho, isso não me surpreendeu, com o Ethan era a mesma coisa da parte de sua parte, mas dona Clarissa se arrependeu, não que ela tenha levantado a mão para seus filhos. Está até organizando um jantar para ele conhecer Charlotte e eu, porque depois do velório nós não nos conhecemos ou sequer nos falamos...
Ao falar na minha princesinha, ela tá crescendo tão rápido e forte de mim, as vezes eu fuco me admirando na frente do espelho e fico toda boba vendo sua roupinhas para bebê ou organizando seu quartinho. Para não esquecer da figura paterna de Ethan converso sobre ele ou quando nos conhecemos, deixo claro que ele sem mesmo conhecê-la já a ama e iria ama-lá. Minha mãe, dona Beatrice, e Clarissa, concordaram que era ótima iniciativa para ela conviver e ter lembranças dele já na gestação.

interligados pelo destino (PASSANDO POR REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora