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Segunda feira, eu odeio esse dia. E para piorar, eu estou enjoada, mas, tenho que ir para a escola pois preciso dizer para a diretora que estou gravida, olha, que, legal! (Sintam o deboche)

Levantei da cama após mexer em meu celular durante uns minutos. Fui até o banheiro, fiz minhas higienes pessoais e tomei banho. Sai do banho e me vesti.

saio do quarto e desço as escadas. Vou para a sala de jantar.

- bom dia. - digo me sentando em uma das cadeiras da mesa.

- bom dia... - Meus pais dizem em unissono. Eles estão estranhos desde que eu contei sobre a gravidez. Eles não demonstram desgosto mas eu consigo ver em seus olhos que eles estão decepcionados comigo.
Mas também né, eu quero o que? Eu engravidei aos 16 anos, se fosse minha filha, acho que também ficaria decepcionada.

Nós comemos em silêncio e depois de comer fui até meu quarto e peguei minha mochila e meu celular. Voltei para o primeiro andar e logo após fui para fora de casa, onde meu motorista já me esperava para me levar a escola.

Assim que meu motorista me deixou na frente da escola e deu partida meu rosto começou a queimar de nervoso, como eu vou chegar na diretora e dizer "então diretora eu vim aqui dizer que estou gravida" não dá, eu não consigo.

Entrei na escola com a cara e a coragem, ou melhor, só com a cara mesmo. E fui para o corredor onde ficam os armários. Meu armário é ao lado do de Kevin, e quando eu cheguei lá ele estava beijando uma garota do 3° ano (encino médio) abro a porta do meu armário fingindo não dar importância alguma para ele.

- te vejo depois! - olho para o lado e kevin está sozinho, me observando. Volto minha atenção para meu armário. - vai fingir que não me conhece?

- desculpa, quem é você?

- para de ser ridícula Stella, você sabe muito bem quem eu sou.

- não eu não sei. Na verdade você se parece muito com o meu ex, mas ele veio a falecer. Uma pena, vocês não poderão se conhecer. - o garoto respira fundo, e como eu conheço ele, sei que estou conseguindo alcançar meu objetivo, ele está ficando muito irritado.

- podemos conversar?

- tanto faz!

- vem! - ele pega minha mão e vai me puxando até a sala do zelador.

- olha Stella, me desculpa, eu não queria te deixar chateada.

- e não deixou.

- olha, se você abortar, podemos voltar a ser o casal perfeito.

- primeiro que eu não quero mais nada com você. Segundo que eu não vou matar uma criança que não tem culpa de ter sido "feita" - digo fazendo aspas com as mãos.

- ah Stella, vai dizer que não sente saudade do meu beijo.

- não, eu não sinto. - digo olhando nos olhos do garoto. E se ele acreditar, eu já posso ser atriz porque do jeito que eu falei, até eu mesma acreditei.

- é o que vamos ver. - ele puxa minha cintura e cola nossos corpos e logo após nossos labios.

Tentei empurrar ele mas foi em vão. Tentei gritar contra o beijo mas o som foi abafado. Já sei!

Ele pediu passagem com a língua e eu cedi. E quando senti sua língua passeando pela minha boca, mordi com força. Até pude sentir um pouco de sangue saindo de sua língua. Ele se afastou.

- tá maluca menina? Essa gravidez mexeu com a sua cabeça?

- maluco tá você! Se eu disse não é não Kevin. Se uma mulher disser não, é não e ponto. Você não tem que insistir, muito menos forçar ela a nada que ela não queira. E eu, não quero mais nada que venha de você, se eu pudesse nem o mesmo ar que você eu respirava, escroto! Nunca mais, encoste um dedo em mim. - dou um tapa bem dado em seu rosto e saio da sala do zelador.

To gravida!Onde histórias criam vida. Descubra agora