So Good

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Mesmo distante, mesmo do outro lado da cidade, não conseguia parar de pensar em nossa última conversa. Não, não foi nada demais, mas o que ele quis dizer foi o que me deixou intrigada até agora. Eu não sou de festas, mas precisava me distrair, para tentar esquecer o homem, que há tempos se tornou o protagonistas dos meus melhores-piores sonhos. Uma (duas ou três) taças de martini com algum drinque diferente, porém bom. O movimento da leve música mexicana que passou a tocar. Dou um gole de minha bebida, sentindo meu batom borrar. "Merda". Vou até o banheiro, na tentativa de retocar a maquiagem. Sempre achei que banheiros de baladas seriam lotados por mulheres bêbadas se divertindo, porém estava vazio. Apenas uma morena saiu da cabine, lavou as mãos e então, fiquei só. Um pouco embriagada, passo o batom com dificuldade em meus lábios, devido a baixa luz de cor roxa no banheiro. Das sombras do banheiro, surge uma figura, agarrando minha cintura firmemente, aproximando seu rosto do meu. Eu não soube ter uma expressão, eu deveria estar puta ou me sentir culpada, mas puta merda, por que isso parece tão bom? Suas mãos deslizaram pelas minhas coxas, cobertas pela metade por um vestido preto, somente usando um conjunto de lingerie por baixo. Suas mãos deslizam em meus cabelos, os tirando de seu caminho até meu pescoço, onde seus lábios passaram a tocar. Me escorei na pia, tentando sussurrar. "Não! Não! Por favor... Puta merda, vai!". 

— Eu vou te mostrar o que vou fazer agora. 

Suas mãos deslizaram pela parte de trás de meu vestido, puxando para cima, desnudando meu corpo em baixo. 

— Sentiu minha falta? 

Ele sussurra em meu ouvido, enquanto apertas minhas coxas. Eu permaneço calada, apenas soltando suspiros. 

— Eu simplesmente não consigo tirar o papo da minha mente. 

Sua mão desce em sua calça, abrindo seu botão e zíper, deixando-os abertos e voltando a me abraçar por trás. Ele me vira de frente, cruzando nossos olhares. Sua boca avança na minha, unindo-nos em um beijo selvagem. Suas mãos fortes me agarram pela cintura, me colocando em cima da pia. Perdemos nossa classe, nossa ética, mas que se foda... Eu só quero isso. 

— Eu não sei o que estamos fazendo, é perigoso, mas toda vez que eu ouço você eu não posso dizer não. 

Ele se ajoelhou no meio de minhas pernas, terminando de subir o meu vestido. De forma agressiva, minha calcinha chega em meus pés com o movimento de sua mão, me deixando desnuda. Geralmente, eu teria nojo de transar nessas circunstâncias, mas qual seria a graça da vida, se não viver? Seus lábios vieram de encontro com minhas coxas, deslizando sua língua por toda a região, roçando sua barba, me causando arrepios e cada vez mais me fazendo gemer mais alto. 

Depois de alguns minutos, o rapaz se levanta. 

— Você sabe que eu estou na sua festa, porque você está me fazendo sentir tão bem.

Me levanto assustada de minha cama, e que surpresa, não passou de uma mera imaginação e de um sonho. 

— Puta merda. 

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⏰ Última atualização: Sep 20, 2021 ⏰

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