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— Ele tá morto? —
Perguntou Hinata entre soluços muito escândalosos.

Se encontravam no hospital, devido que, uma vez que Hinata e Kageyama levaram Yamaguchi ao templo varios estudantes se alarmaram ao vê-lo sangrando e avisaram o professor, o qual ao olhar o sardento chamou uma ambulância.

— Não, o médico disse que ele tá bem, só foi um golpe forte. — Disse Yachi tentando tranquiliza-lo.

— Quando vamos poder vê-lo? — Voltou a perguntar o ruivo.

— Quando sua mãe sair, os familiares são os primeiros a vê-lo, idiota. — Respondeu Tsukishima cortante.

— E o que tu faz aqui? — Pergunta Kageyama incrédulo ao notar a presença do loiro.

— Eu o chamei. — Respondeu Yachi.

— Por quê?

— Porque ele é o namorado do Yamaguchi, ele tem que saber o que aconteceu. — Respondeu a loira, com o tom mais normal do mundo.

— Eles namoram?! — Hinata perguntou com claro espanto enquanto sua boca e olhos se abriam pela surpresa. Voltou a olhar Kageyama esperando que ele estivesse surpreso também, mais ele parecia imutável. — Por quê não me disseram?!

— Só um cego não perceberia, idiota. — Respondeu Kageyama seco.

Hinata estava a ponto de retrucar, mas uma infermeira o calou, já que estavam fazendo muito barulho.

Incrivelmente o  ambiente não estava tenso, uma vez que o doutor lhes tinha dito que Yamaguchi estava bem, então eles se acalmaram um pouco, mesmo que ainda seguissem um pouco preocupados.

A mãe de Yamaguchi saiu e comprimentou os meninos, mas como tinha pressa conseguiu só comprimenta-los e pedi-los para que cuidassem do seu filho. E finalmente a infermeira lhes disse que os quatro poderiam entrar.

O primeiro a entrar foi Hinata, que quase derruba a porta. — YAMAGUCHI! DESCULPA! — Foi correndo até o sardento para abraça-lo. — É minha culpa, eu não me dei conta que você não estava atrás de mim! — Dizia com uma grande culpa.

Yamaguchi só piscou um pouco por quê não teve tempo de reagir. — Tá tudo bem, não se preocupe. Não foi sua cul...

— Lógico que foi tua culpa, como que você olhou pra trás pra ver se ele vinha contigo? — Mais foi interrumpido por Kageyama, que tinha os braços cruzados.

O ruivo estava a ponto de voltar a chorar, mas Yachi deu uma batida nas suas costas para tranquiliza-lo, e decidiu que era melhor tira-lo dali, pra que Tobio se acalmasse, pois ele parecia muito bravo com Hinata.

Então decidiu que sair seria melhor, para que Kageyama e Tsukishima falassem com Yamaguchi e depois eles entravam.

Assim que eles saíram do quarto, só ficaram Kei, Tobio e Tadashi onde tinha um grande silêncio; o único que se escutava era o som do electrocardiograma que estava vendo as pulsações de Yamaguchi.
Tsukishima fazia um grande esforço pra não pensar em nada, pois Tadashi tinha sofrido uma batida na cabeça e não queria incomoda-lo. Porém Kageyama estava muito bravo, queria assassinar Hinata por alguma razão.

Yamaguchi estava intrigado, por quê eles estavam quietos? O médico já disse que apesar da batida, tudo estava incrivelmente bem e em ordem, não tinha sinais de sequelas, só uma cicatriz do golpe.

— Por quê vocês estão quietos? — Finalmente interrompeu o silêncio, meio tímido.

— Você não tá me escutando...? — Kageyama perguntou estranhado, já que dês de que entrou no quarto estava falando com ele, no começou achou um pouco estranho que ele não lhe respondia, pensou que ele estava fingindo não escutava por causa de Yachi e Hinata. Mais agora que dizia aquilo, ele realmente não estava o ouvindo?

— Você tava... Tava falando comigo? — Agora era o sardento que estava confuso.

Tobio pegou Tsukishima pelos ombros para empurra-lo até a porta. — Se permite um momento, agora é assunto de irmãos. — Disse entre empurrões até que finalmente já estava fechando a porta na cara de um muito confuso Tsukishima.

O loiro pensou em reclamar ou algo assim, mas estava em um hospital, além de que Yamaguchi parecia querer falar com Kageyama.

Uma vez que estavam sozinhos Kageyama e Yamaguchi, o moreno só olhava seu amigo atentamente.
— Tadashi, você não escutou nada do que eu disse? — Voltou a perguntar agora mais surpreso, isso era novo, nunca tinha acontecido.

— Não... — Estava pior que Kageyama, também não entendia nada.

— Desde quando você não escuta?

— Desde que eu acordei... Não escutei os pensamentos do médico nem da minha mãe. Mas achei que eles só não estavam pensando em nada. — Respondeu com o olhar perdido.

— A batida na sua cabeça o fez você não escutar mais os demais? — Tobio disse com os olhos bem abertos por que ainda seguia meio surpreso. — Nesse caso deveria ter te batido antes.

— Tobio! — Repreendeu seu amigo, pois sabia que ele era capaz.

— Ook, ook... Mais são boas notícias, não? Finalmente você não escuta os pensamentos das pessoas. — Desde que se lembram, Yamaguchi sempre parecia querer com muito desejo deixar de ouvir os pensamentos dos demais na sua cabeça, e finalmente isso tinha acontecido.

— Eu acho... — Não pôde evitar sorrir, finalmente poderia ser normal. Tocou sua cabeça sentindo a bandagem, não sentia dor nem nada. — Eu quero falar com o Tsukki. — Kageyama também estava sorrindo, até que escutou o nome do loiro. — Por favor~ — O moreno só rodou os olhos e assentiu. — Não insulte o Tsukki, por favor.

— Você disse que não escutava mais meus pensamentos! — Voltou a olha-lo meio assustado.

— Não preciso ler sua mente pra saber que você não gosta do Tsukki. — Disse divertido para finalmente ver seu amigo sair do quarto.






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