[02] Uma lenda antiga

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#SereiaDePrata🏴‍☠️

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#SereiaDePrata
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Tudo começou há centenas de milhares de anos atrás, com o surgimento da Árvore Sagrada no centro de Devindall — uma floresta carregada de magia, protegida a todo custo pelos druidas. A Árvore deu origem a tudo o que conhecemos neste mundo, tudo de mais belo e sublime, tudo de mais adorado e mágico.

Vida crescia mesmo na terra mais seca, plantas e animais encontrando seu lar nos campos verdes, vivendo em harmonia, seguindo as leis da natureza sem pestanejar. A criação da Árvore Sagrada era perfeita.

Mas os humanos não faziam parte da sua criação, aparecendo misteriosamente durante a evolução de algumas espécies. Desde o princípio desta raça maldita, a destruição e dominação estava presente em cada um de seus atos, em cada uma de suas escolhas. Sangue. Violência. Morte. Traição.

Os humanos eram inimigos da santa floresta, e por isso foram expulsos pelos druidas, exilados para muito longe de Devindall e seu círculo imaculado. Não eram dignos de sua misericórdia, não mereciam suas bênçãos. Vistos como demônios impuros prestes a queimar tudo de mais importante para aquele mundo.

A humanidade, no entanto, não sucumbiu. E sim sobreviveu, feito um verme parasita.

A evolução do corpo e mente permitiu que cidades e países inteiros fossem construídos, reinos e impérios vastos e ricos sob a liderança de um rei absolutista, seja ele benevolente ou tirano. Houve guerras, conflitos políticos e uma busca gananciosa por mais terras e riquezas.

E por muito tempo, permaneceram longe da santa floresta e sua Árvore Sagrada, como deveria ser para toda a eternidade. Porém, humanos não entendem a extensão do infinito, como poderiam entender? Tão céticos daquilo que não podem ver ou tocar.

Com o crescimento de reinos como Arcádia, Darihna e Targan, e o surgimento de outros menores, como Etheria, Paladian e Golden Fall, houve também uma necessidade vazia por mais. Foi quando Devindall tornou a estar na mira dos humanos e sua avareza.

Diferente de como teriam feito há alguns séculos, tentaram abordar os druidas em sua santa floresta de forma pacífica e fazer uma espécie de acordo, beneficente para ambos os lados. Se aceito, uma guerra seria evitada e alguns poucos escolhidos poderiam ter acesso à Árvore Sagrada, e toda sua magnífica magia. Houve relutância, como o esperado. A maior surpresa a vir, foi a aceitação, e o tratado foi fechado sem uso de violência das duas partes.

Os druidas selecionaram a dedo quem poderia entrar, em sua maioria, mulheres; a explicação era óbvia, os corpos femininos são os provedores da vida, sem elas, não há o nascimento de novas luzes. E onde há vida, há a pureza necessária para receber as bênçãos da Criação, caso contrário, a rejeição poderia extinguir sua mera existência e transformá-la em poeira.

Esses escolhidos são conhecidos como Chryma — abreviação do grego "chrysó aíma", que significa "sangue dourado" — e são os portadores da verdadeira magia; desde controlar os elementos, ter visões superficiais do futuro e até uma fonte inacreditável de poderes curativos, os Chrymas eram mais que necessários.

A Lenda de Chryso: O tesouro perdido · jikookOnde histórias criam vida. Descubra agora