Talvez Inimigos

Capítulo (A)

Olá, meu nome é Ster Viely's, mas todos me chamam Pérola, que é o meu nome de Heroína… brincadeira, é o meu nome de vilã. Eu nasci e cresci no Brasil, moro desde sempre com o meu pai, o vilão mais temido aqui, The biggest, ele consegue ficar gigante, e tem uma força incrível. Ele se separou da minha mãe porque ela é uma heroína. Eu não sei se foi porque já cresci desse lado, mas odeio os heróis, todos me dão nojo. Eu ainda não tive a oportunidade de enfrentar a minha mãe, na verdade o meu pai não deixa, ele sempre me deixa com as missões mais fáceis, e eu só enfrento esses heróis sem graças. Mas faz sentido, eu só tenho 12 anos, não posso enfrentar um herói profissional. 

 Eu não vou negar, as vezes eu penso em como seria bom ter a minha mãe ao meu lado, sempre que consigo sair um pouco, passo em um parque que tem perto do nosso esconderijo, onde as mães levam os seus filhos para brincar, e aí eu fico observando, o jeito que elas tratam os filhos delas, será que a minha mãe seria assim comigo também? Mas tudo bem, o meu pai me dá toda a atenção que eu preciso. 

 Vou explicar melhor sobre mim: como sou a filha do chefe, todos me respeitam, me chamam de Princesa Pérola, a pedido meu claro, ninguém me nega nada, principalmente o meu pai, que me dá tudo o que eu quero. Eu nasci privilegiada, tenho duas individualidades, posso voar e fazer qualquer coisa levitar só com a força da mente, mas preciso do auxílio das mãos para fazer algo levitar. 

 A minha mãe Hana, é japonesa, ela conheceu o meu pai fazendo ronda numa rua. Eles começaram a namorar e depois se mudaram para o Brasil e estavam quase se casando quando ela engravidou, e foi aí que ela descobriu que o meu pai era um vilão, e não quis ficar ao lado dele, então assim que eu nasci ele me tirou dela. Eu não sei como ela é, que individualidade tem, nem nada do tipo, o meu pai não quis me dizer, e eu não tenho curiosidade em saber já que ela é uma heroína. 

Bom, mesmo com isso eu continuo seguindo o meu destino, vou ser melhor que o meu pai, vou superar ele, e vou ser a maior vilã.

Tudo estava seguindo muito bem, até aquele maldito dia. 

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 Um cara apareceu pra um dos capangas do meu pai, dizendo que queria se juntar a nós. Foi feito vários testes com ele, e é claro que procuramos a ficha criminal dele, e havia até bastantes crimes. Ele entrou na equipe, e foi levado ao nosso esconderijo, onde o meu pai apresentou tudo a ele. 

Três meses se passaram, e então eu o conheci. O seu nome de vilão era Marshall, e sua individualidade era correr rápido. Fiz amizade com ele, e então passamos a fazer algumas missões juntos, tipo roubos. 

Um ano depois, no meu aniversário de 13 anos, fizemos uma festa pequena para comemorar, e ele me deu um presente, era um colar lindo, na qual eu jurei nunca tirar. 

 Naquele dia o meu pai veio conversar comigo. 

- Escuta minha filha. Daqui alguns anos você vai está governando tudo isso aqui. - Ele falou enquanto estamos sentados no telhado olhando as luzes da cidade. - Você vai me dar muito orgulho, eu sei que vai.

Aquilo me deixou muito feliz. Mas não iria durar muito tempo a minha felicidade. 
 Alguns meses depois, estava rolando um boato sobre um novo vilão, que queria tomar o lugar do meu pai. Aquilo me deixou preocupada, mas o meu pai parecia tranquilo. Os meses começaram a voar, e os boatos só iam aumentando, e esse tal vilão ainda não tinha sido visto por ninguém. 

(...)

 Mais um ano se passou. Agora eu já tenho 14 anos. Eu estava fazendo mais missões que o de costume, e minha amizade com Marshall seguia firme. 

 E foi aí que a merda aconteceu, aquele maldito dia. 

O meu pai estava querendo pescar um peixe grande, ele queria tomar o estado de São Paulo inteiro, e pra isso ele iria matar o governador. Ele planejava isso desde antes, e achou que era o momento certo. E eu iria participar dessa missão também. 
 Nós saímos cedo, e nos dividimos para não causar nenhuma suspeita. E aí a merda começou. Tinha vários carros de polícia e vários heróis na avenida que estávamos, era como se soubessem que iríamos está ali. 
 Tudo estava parado, e aí recebemos uma mensagem no rádio, os outros que tinham se separados estavam em lutas contra os heróis, e parece que uma equipe já havia sido pega.