Capítulo 1: Memórias na lágrima

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Notas da História:

1. O universo de Harry Potter pertence a J. K. Rowling.
2. História sem fins lucrativos.
3. Fanfic de Severus e Hermione
4. Créditos da imagem ao fotógrafo, imagem tirada do Unsplash.

 Créditos da imagem ao fotógrafo, imagem tirada do Unsplash

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Memórias na lágrima

Hermione, junto com Harry e Rony, encontram Snape caído, há poucos momentos ele havia sido atacado por Nagini. É uma cena terrivelmente cruel, há sangue por todos os lados, sangue de Snape. Hermione, assim como seus amigos, ouviram tudo o que o Lorde das Trevas falou para um dos seus mais antigos Comensais da Morte, que ele era descartável como todos os demais. Apesar da jovem odiar Snape, ela acreditava que aquele destino, morrer assassinado pelas mãos de seu mestre, era demasiadamente terrível.

Snape ainda tentou falar algumas palavras para Harry, mas não obteve muito sucesso. Ofereceu então, ao jovem, suas memórias, na forma de uma solitária lágrima. Harry, após recolher a lágrima, ainda tentou ajudar Snape, tentando conter o sangue que escorria de sua ferida no pescoço causada por Nagini. Mas não obteve muito sucesso.

Hermione olhava para aquele homem que estava caído a sua frente, percebeu que seu olhar estava diferente, era um olhar tranquilo, calmo, Snape parecia feliz em partir. A jovem desejava imensamente saber o que Snape estava pensando naquele momento.

~ x ~

Quando Snape viu o trio entrando na sala mal iluminada em que se encontrava, seu coração acelerou ainda mais. Agora não era por medo. Era tensão. Ele havia tomado uma decisão, mas não sabia se seria capaz de dar seguimento ao seu plano. Queria passar suas memórias para alguém, já que o menino Potter estava ali, passaria para ele. Não queria partir carregando o fardo extremamente pesado de ser considerado um eterno vilão. Ele havia sofrido demais durante sua vida para morrer e levar esse fardo consigo. Ele desejava libertar-se de toda a farsa que o cercava, ou quase toda. Ele revelaria grande parte de seu passado, mas não revelaria a admiração, que virou amor, pela jovem que ali estava.

Aquela jovem, que ainda menina, despertou nele profundo respeito, pela sua brilhante inteligência e esforço. A cada ano que passava, mais ele a admirava, era uma jovem muito sábia. E durante anos não passou de admiração. Até que neste último ano, quando a guerra já era algo inevitável, Snape percebeu que Hermione já não era apenas uma menina sábia. Ela era uma mulher forte e guerreira, capaz de carregar o fardo de Potter junto com ele. Aquela jovem nunca perdeu a esperança de um futuro melhor e com certeza, seria responsável por ajudar brilhantemente a destruir Voldemort, Snape tinha certeza de que o Lorde das Trevas cairia em breve.

Snape também havia observado o trio enquanto eles estavam na Floresta de Deão. Foi durante aqueles dias que ele teve certeza de que Hermione era uma grande mulher e que ele a amava. Mas ele nunca contaria isso para a jovem, carregaria esse amor para o túmulo. E não faltava muito para ele alcançá-lo.

Severus, por muitos anos, acreditou que seus últimos pensamentos seriam voltados para Lily. Sempre supôs que em seu leito de morte lembraria dela. Mas, como disse-lhe Dumbledore: "Enquanto estamos vivos nossas certezas são mutáveis, Severus, e você ainda está vivo! E posso apostar que todas as suas certezas serão destruídas. E acredite, será por meio do amor.". Naquele momento chamou-o de maluco. Mas não é que aquele velho senil tinha razão, pensou ele.

Todas as certezas que Snape havia carregado por anos foram destruídas quando descobriu que era capaz de amar novamente. A última certeza que ainda carregava, acabara de cair. Não estava pensando em Lily em seu leito de morte, mas em Hermione, a linda mulher de cabelos castanhos rebeldes.

~ x ~

Hermione desejava muito saber o que Snape pensava, ele parecia tão sereno e despreocupado. Tão despreocupado que não blindaria sua mente. O que a jovem estava pensando em fazer era muito errado, mas ela sentia que era algo que precisava fazer. Sorrateiramente lançou um feitiço não verbal, Legilimens, e adentrou a mente de seu professor de Poções.

O que ela viu a deixou perplexa, viu que Snape era um espião, viu que era um agente duplo, viu o planejamento da morte de Dumbledore e viu o quanto ele foi ferido ao ser chamado de covarde por Harry, após ter matado seu único amigo.

Então lágrimas começaram a brotar dos olhos da jovem, o que ela viu foi capaz de fazê-la chorar. Hermione viu a si, em diversas situações, mas sempre com um sorriso no rosto. Snape estava lembrando-se dela e havia tanto carinho naqueles pensamentos. Os últimos pensamentos dele eram para ela. Snape a amava.

Snape perdeu a consciência logo depois da jovem descobrir a verdade. Hermione, já fora da mente de seu professor, volta-se para Harry e Rony.

— Eu não vou deixá-lo morrer aqui, não vou ficar parada apenas assistindo ele partir. Vou tentar salvá-lo.

— Como? — Pergunta Harry.

— Vou leva-lo para St. Mungus. Vocês seguem em frente. Vou aparatar com ele até lá, o deixo sob os cuidados de um medibruxo que conheço e confio. Volto logo para encontrar vocês.

Hermione não deu oportunidade para os meninos protestarem. Ela já havia aparatado com Snape em seus braços.

Harry e Rony seguiram em frente, como Hermione havia pedido. Os meninos torciam para que ela realmente retornasse logo.

Hermione aparata em frente ao St. Mungus, tudo estava um caos. A jovem entra gritando por ajuda, com Snape desacordado em seus braços. Pede que chamem o Dr. Alden. Mesmo com muitos bruxos para socorrer, ele logo aparece para atender Hermione.

— Por favor, o salve!

— Por que eu salvaria a vida de um Comensal da Morte? Um assassino! — Disse Dr. Alden. — Me recuso a atender seu pedido Srta. Granger. Existem muitos outros bruxos aqui, muitos bruxos bons, que talvez percam suas vidas enquanto eu tento salvar esse homem.

— Salve-o! Ele é um grande herói. Você não entenderia agora e não há tempo para explicar. É uma ordem de Harry Potter! — Hermione mentia, mas ninguém precisava saber. — Faça Severus Snape viver! Por favor, acredite em mim. Ele é um homem bom, um grande homem.

Ainda relutante, Dr. Alden respondeu:

— Srta. Granger, vou acreditar em você. Espero que não esteja mentindo. Farei o meu melhor para salvá-lo. Mas apenas por que disse que é um pedido de Potter.

— Por favor — repetiu Hermione — e também proteja-o. Não deixe ninguém feri-lo.

O doutor assentiu e Hermione continuou:

— Salve-o, por favor. Eu volto o mais breve possível. — Ela olha para Snape e lembra da atual situação do mundo bruxo. — Eu espero voltar.

Hermione aparata de volta aos terrenos de Hogwarts. 

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