Capítulo 15: O Primeiro Dia

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O Primeiro Dia

Snape abre a porta vagarosamente, entra contemplando cada pedaço visível de sua casa. Logo uma pequena criatura aparece a sua frente, tinha o rosto manchado com lágrimas.

— Mestre, o senhor retornou. Madel está tão feliz!

Madel, a elfa, estava muito emocionada com o retorno de seu mestre.

— Sim, Madel. Estou de volta. — Respondeu o homem, tentando ser o mais gentil possível.

A elfa, ainda em meio aos soluços, disse:

— Madel cuidou da casa e dos pertences do mestre. Espero que o mestre fique feliz com isso.

— É claro que estou feliz com isso, é ótimo estar de volta e ver tudo exatamente como deixei. — Falou o homem.

— Madel fez o melhor — disse a elfa ainda soluçando. — Ah! E o mestre tem visitas, ele está esperando há algum tempo. — A pequena criatura apontou para alguém que estava sentado em uma das poltronas na sala de estar.

Assim que Snape viu de quem se tratava soltou a mão de Hermione vagarosamente, e dirigiu-se ao visitante:

— Senhor Potter, o que o traz a minha casa? — Perguntou o homem.

Harry, que havia visto Hermione e Snape entrarem de mãos dadas na casa, deu um pequeno sorriso direcionado a Hermione e depois respondeu à pergunta de Snape.

— Venho entregar algo a você, Snape. — Disse Potter colocando-se em pé.

Draco, que havia acabado de entrar na casa olha para Harry e pergunta:

— O que está fazendo aqui, Potter?

Harry apenas repete a resposta anterior.

— Venho entregar algo para Snape.

— Achei que a Weasley tinha te chutado e você estava aqui atrás de Hermione, à procura de abrigo. — Disse o loiro irônico.

— Ah, Malfoy, ainda está triste por que não te chamei para ser meu padrinho de casamento? — Respondeu Harry no mesmo tom que Draco havia usado.

Malfoy riu e falou:

— Nunca vou te perdoar por ter escolhido o Weasley.

Harry também riu.

Snape olhava de um para outro sem entender muito o que estava se passando.

Hermione percebendo a confusão de Snape, resolveu explicar.

— Pode-se dizer que os dois são amigos agora. — Disse a castanha sorrindo.

Harry aproximou-se e apertou a mão de Draco e deu um abraço em Hermione. Estendeu a mão também para Snape, que a apertou.

— Como eu falava, antes do Malfoy me interromper, vim entregar algo. — Harry voltou a sua atenção para Snape. — Tenho algo que pertence ao senhor, algo que esteve sob minha guarda nos últimos anos.

Harry estendeu uma caixinha preta, em formato retangular para Snape, que a abriu com demasiado cuidado. Quando percebeu do que se tratava, quase não acreditou que aquele objeto tão importante ficou são e salvo por tanto tempo.

— Como a conseguiu, Potter? — Perguntou Snape enquanto retirava da caixa a sua varinha, era incrível tê-la em suas mãos outra vez.

— Fui até a Casa dos Gritos alguns dias depois da Batalha de Hogwarts, fui junto com um grupo do Ministério, fomos vistoriar o local para ter certeza de que nenhum Comensal estava usando o lugar de esconderijo. Nessa vistoria, eu acabei voltando ao local onde o senhor foi atacado por Nagini, ali, ao olhar para o chão, encontrei a sua varinha, caída. Em um primeiro momento a escondi, em minhas vestes mesmo. Quando retornamos ao Ministério, naquela mesma tarde, resolvi falar com o Ministro Kingsley Shacklebolt, perguntei o que seria possível fazer com a varinha, já que o senhor encontrava-se desacordado no Saint Mungus. Shacklebolt disse-me para guardá-la comigo, que ele tinha certeza que eu manteria a varinha em segurança. E eu realmente a mantive, sua varinha esteve comigo nos últimos sete anos. — Falou Harry.

Sete Anos DepoisOnde histórias criam vida. Descubra agora