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06 de outubro de 1998 - Londres, Inglaterra.

6:30 a.m

Victor acorda, uma tristeza profunda em seu coração, não conseguia acreditar ainda. Avista o relógio em cima da cabeceira e o pega, estranhamente ele não estava mais quebrado mas resolve não questionar isso, logo, pega o diário da bárbara, abraçando-o.

- Se você ler alguma palavra, eu te mato.

Não era possível, ele estava ficando louco? Ou delirando? Ele podia jurar que tinha escutado a voz da....

- BÁRBARA! AAAAAAAAA - pula da cama, assustado e gritando, assustando a sua namorada.

- AAAAAAAAAH, O QUE HOUVE?

- V-vo... V-você!

- Eu?

- V-você está aqui!?

- Eu?

- V-você está aqui!?

- É, eu tô e você me assustou!

- E-eu... E-eu... E-eu...

- Você?

- Eu.... - Victor não sabia se chorava, se gritava ou se abraçava a bárbara.

- Você.. é.. tá bom, eu vou.. me aproximar, tá? Bem devagar... E agora eu vou te abraçar - Babi chega mais perto do mais alto e o abraça, sentindo o corpo tensionado do namorado relaxar.

- O q-que... - a abraça de volta, forte, ainda não entendendo nada.

- Tá tudo bem, amor! Tá tudo bem! Não chore ok? Eu vou sentir muitas saudades suas.

- Eu também! E-eu vou sentir MUITO a sua falta, saiba disso ok? - enfatiza, segurando fortemente o rosto da Babi -
Eu sei! - estranha o comportamento do mais velho.

- É importante que você acredite nisso!

- E eu acredito. E eu odeio que você tenha que passar por tal coisa, e ao invés disso, porque você não vem comigo para Ohio uh?

- É... Bárbara... - as lágrimas desciam livremente pelo rosto da mais velha

- Aí, já vejo que você não vem...

Victor estava claramente surtando, como a bárbara estava lá? O que tinha acontecido?

- Eu não posso, Babi - passou a mão nós cabelos, exasperada

- É claro que não, eu sei! O seu trabalho, a reunião e... - diz e senta na cama.

- A minha reunião! A-a minha reunião é hoje e você... você...

- Tá legal, Victor, agora se acalme ok? Fica calmo, você está bem preparado e vai dar tudo certo hoje -  beija ele sai do quarto

- Não, não sai daqui, o que você está fazendo?

- Sente na cama e não mexa o seu bumbum inglês daí tá? - se move em direção ao banheiro - Eu já volto.

- Tem presente. - afirmou. -

- É. Tem presente.

- Ah não, não pode estar acontecendo!

- Claro que pode, eu comprei pra você, tenho uma surpresinha.

Victor estava perplexo, não podia ser! O que era aquilo? Bárbara sai do banheiro, enrolada em um sobretudo.

- É da channel! Foi 500 reais! E tem mais, olha isso! - abre o sobretudo, se revelando nua para Victor

- O-oh meu Deus! - vira o rosto

- Que foi? Não era a reação que eu esperava - se cobre, confusa.

- Não, desculpa, é.. que e-eu.. Eu tive um pesadelo e não consigo.. é.. não consigo esquecer e eu... eu e você...

- Nós?

- É, nós...

- ...Devemos comer?

- Ahn.. É! Devemos comer! Devemos tomar o café da manhã. Juntos

- Beleza... - bárbara se afasta, devagar, achando o namorado muito estranho.

(...)

Victor tomou banho e estava se arrumando, colocou uma blusa cinza e se olhando no espelho, notou que era a mesma que ele usou no sonho. Pensou bem e trocou, colocando uma blusa verde e um sobretudo preto por cima.

- Eu sou a melhor! - Babi cantava, animada, na cozinha.

Victor então corre até ela para alertá-la;

- bárbara! Bárbara, cuidado. CUIDADO PRA NÃO SE QUEIMAR COM O BULE!

- Eu sei! Você tá louco? Que neura hein? Não sou burra de colocar a minha mão nessa coisa quente.

- É... É que você pode se esquecer e se machucar, entendeu? - ri sem graça, depositando um beijo na testa da menor - Ai ai - diz e volta para o quarto.

- Ahn.... Eu hein - bárbara estava confusa com toda a estranheza do namorado.

(...)

- bárbara? Cadê você?

- Estou aqui no banheiro, fazendo - babyliss. Hmmm, lalalala - cantarolava quando Victor a pega por trás - Ops, eu to cantando muito alto? Desculpa.

- Não. Eu adoro te ouvir cantando.

- Uh, precisa ouvir outros cantores hein? Tem um péssimo gosto - ri

- Você é uma grande compositora e cantora e TEM que mostrar isso. É um dom maravilhoso.

- Err, tá doidão é? Do nada isso. - passa a mão pelos cabelos do mais alto.

- Doido por você. E é verdade o que digo! - a beija.

Bárbara se empolga e se apoia na pia, colocando sem querer a mão no babyliss, extremamente quente;

- AÍ. Aí, que droga. Mas eu sou tão desajeitada!

- Vo...V-vo... V-você queimou a mão! - grita.

- Ah sério? Que poder de observação hein? - bárbara diz, irônica.

(...)

Antes que o dia termine. (babictor)Onde histórias criam vida. Descubra agora