It's not just a coincidence.

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(...)

Victor sai do bar, as pressas, chamando um táxi;

- Rua Mackenzie, por favor - avisa e
entra no carro.

- Ok, Sr - o motorista avisa, dando partida no carro.

Ela não tinha percebido de imediato, mas quando o motorista o olha pelo retrovisor, ele toma um susto, era aquele mesmo homem do sonho;

- Eu não acredito nisso - diz, assustado

- Como Sr? Não entendi.

- Você. É o motorista de ontem!

- Tudo é possivel - o olha mais uma vez pelo retrovisor.

- Ontem o senhor sabia algumas coisas sobre a minha vida.

- Sobre a sua vida amorosa?

- É, isso mesmo.

- É como dizem por aí, taxistas são
como os barmans, conhecemos os
problemas do coração.

- Nossa!  - se exalta - E disse
exatamente essa mesma coisa! Além
de quê, você é identico ao homem de
ontem. Se esse táxi é o mesmo, então
hoje vai ser tudo idêntico. No final do
dia a minha namorada vai pegar esse
mesmo táxi e o semáforo vai fechar,
vai ter um acidente e ela... ela... -
pausa, não consegue terminar de dizer a frase - É isso que vai acontecer?

O motorista apenas o escuta, sem dizer uma palavra sequer, o olhando de 10 em 10 segundos pelo retrovisor.

- É isso? É isso que vai acontecer? - ele
aumenta o tom da voz - E se eu não
deixar ela pegar o táxi? E Se a gente
sumir de Londres? Quem sabe, se
ficarmos em casa? - queria chorar, o
coração estava apertado - Me diga o
que fazer! Tem que ter alguma coisa
que eu possa fazer para evitar tudo!
Que droga!

- Só há uma coisa, Sr.

- Me diga, por favor!

- Aprecie-a. E aprecie tudo o que você
possue - se vira para ele - Apenas
ame-a, com todo seu coração.

Victor se exalta, tentando abrir a porta do táxi sem sucesso, estava trancada.

- Deixa eu sair - se desespera - Deixa eu sair, por favor!

- Com certeza, senhor

Victor abre a sua bolsa, procurando
algumas cedulas de dinheiro para
pagar o motorista e ele percebe,
sorrindo de lado.

- Não precisa me pagar.

- Ué, por quê não?

- Você já me pagou ontem - se vira - E
é melhor se apressar, não tem muito
tempo.

Victor não fala nada, desce do carro no meio da avenida e sai, correndo  disparado. Não sabia onde a Bárbara estava, ligava incessantemente para ela mas só dava caixa postal. Ele estava começando a se desesperar. Corre até a escola onde a Bárbara lecionava. Entra em todas as salas, perguntando por algum aluno chamado Davi;

- Olá! Davi, por favor?

· Tem três aqui e três em uma outra sala. Você está bem? - uma das professoras diz, notando o estado desesperado dele.

- Não, mas obrigada - sai.

Rodou a escola toda em busca do tal Davi, mas não o encontrou. Era algo frustrante. Saindo da escola e falhando na missão, corre até sua casa, onde a Bárbara também não estava. Passava a mão pelos cabelos sem parar quando se lembra da Carol, talvez a Bárbara poderia estar no apartamento dela. Carolina morava no ultimo andar do edificio, é desesperadora a demora em o elevador se move até la. Chegando, bate na porta inúmeras vezes. Nunca esteve tão impaciente.

Antes que o dia termine. (babictor)Onde histórias criam vida. Descubra agora