Capítulo 4

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Alessa

Meu corpo tremia e eu não conseguia parar de chorar.

— Não sei o que você fez, mas para estar aqui, com toda certeza você deve ter mexido com a pessoa errada.

— Não fiz nada.

Respondi ao homem que havia me levado para um escritório, que ao menos não era tão nojento quanto do lado de fora.

— Ah, com certeza você fez.

Aquele homem parecia muito com o que trombei do lado de fora e não duvidava que eles poderiam ser irmãos, tinha quase certeza de que o outro que só sabia me agredir, não era parente deles, pois não se parecia em nada com eles.

Meu pensamento foi desviado, no momento que a porta foi aberta e o... Chefe da máfia entrou no lugar. Droga! O que meu pai havia feito para que a porra do chefe da máfia viesse atrás da gente.

— Senhor!

O homem que me levou até aquele lugar, cumprimentou o outro que entrou e ele só disse poucas palavras, mas que fizeram com que eu ficasse com medo até mesmo de sua fala que não havia sido direcionada a mim.

— Depois vamos conversar, agora suma daqui que irei interrogar Alessa.

— O que ela fez?

— Se você quisesse saber, não sumia durante dias das suas obrigações.

— Matteo...

— Cale a sua boca e saia daqui. — Pelo visto o chefe da máfia da Sicília se chamava Matteo e ele não parecia temer nada. Muito menos o outro homem que possuía tantos músculos quanto ele.

— Como quiser... senhor.

Parecia que aquele homem não tinha um pingo de medo do seu chefe. Sim, porque só um idiota para não entender que Matteo era seu chefe.

Quando a porta se fechou lembrei-me o quanto eu estava fodida. Presa em um escritório, em um bordel, com o chefe da máfia, sendo que eu já sabia o que ele queria fazer comigo... Transformar-me em uma puta como todas aquelas mulheres que estavam lá fora.

Não que eu tivesse algo contra a profissão que elas escolheram, mas aquela não tinha sido a que eu escolheria para mim. Matteo sentou na cadeira do outro lado da mesa e eu estava sentada à sua frente.

Fiquei encarando-o, sem tentar resistir, pois sabia que se fizesse algo do tipo ele poderia mandar me matar tranquilamente. Em um estalar de dedos eu estaria com um tiro no meio da testa.

— Alessa, agora você vai falar onde está seu pai?

O homem não desviava seus olhos dos meus e eu senti meu corpo tremer mais que tudo. Estava com medo de algo muito pior acontecer comigo, devido às inconsequências do meu pai.

— Senhor, eu juro que não sei o que meu pai fez e não tenho a mínima ideia de onde ele pode estar, por favor, acredite em mim.

— É meio irreal uma filha tão mimada quanto você, não saber onde o seu pai está. Não é mesmo?

Ah, quem me dera se eu fosse mimada. Aquela era o que eu tinha vontade de falar para ele, no entanto, ponderei minhas palavras para ele não piorar a minha situação.

— Senhor, eu juro que a minha relação com meu pai não é das melhores e eu não sei onde ele pode estar. Por favor, acredite em mim. Se eu soubesse o entregaria no mesmo momento. Não colocaria minha vida em risco devido a alguma merda que ele tenha feito.

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