Parte 09

84 9 0
                                    

Jasmine Pirce | Atlanta

Adam me segurou pela cintura e eu sabia que ele estava tentando me manter próxima dele por não confiar no Rick, nem eu confio, Poliana caminha ao meu lado já chorando, e encaro a prédio com uma pintura destruída e Adam faz sinal para seus seguranç...

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Adam me segurou pela cintura e eu sabia que ele estava tentando me manter próxima dele por não confiar no Rick, nem eu confio, Poliana caminha ao meu lado já chorando, e encaro a prédio com uma pintura destruída e Adam faz sinal para seus seguranças e vejo apenas quatro nos seguir pela escada do prédio, Adam tira sua arma da cintura a destravando e vejo o Rick encarar ele.

Rick caminha na frente com um segurança do Adam ao lado dele, o médico atrás deles e eu o Adam e a Poli logo atrás com mais três seguranças.

Vejo alguns moradores do prédio nos encarar desconfiados e engulo seco, por que o Rick trouxe ele pra cá?

— É nesse quarto — Rick diz e o Adam o encara.

— E está esperando o que pra abrir a porra da porta? — Adam diz rouco.

O Rick não diz nada, apenas passa pelo segurança e destranca a porta, e eu vou pra entrar e o Adam me impede me segurando pelo braço, o segurança dele entra e eu rolo os olhos nervosa.

Mas logo todos nós entramos, a sala não havia nenhum móvel, apenas algumas sacolas pelo chão e vejo o Rick me encarar e vou atrás dele, e coloco a mão na boca ao ver meu irmão sobre uma cama suja de sangue. Com seu corpo enfaixado, e apenas metade do seu rosto sem um tecido branco o cobrindo, aparelhos sobre a mesa com alguma coisa sendo mandada pela sua veia. Poliana passa por mim e ouço seu choro quando ela se ajoelha enfrente a cama onde o Ryan está, o rosto dele está bem inchado.

— Quem enrolou as faixas? — o médico do Adam pergunta abrindo sua grande maleta.

— O médico amador que contratei — Rick responde — ele passou um tipo de óleo pelas feridas, ele está muito ferido, o fogo queimou metade o corpo dele.

Ouço Poli chorando e encaro o Ryan, notando que a metade do seu rosto que estava enfaixada, com certeza havia queimado, coloco as mãos no rosto e nego chorando baixinho. Mas mesmo assim agradecendo a Deus por ele ainda está aqui, vivo.

Sinto o Adam me abraçar beijando o topo da minha cabeça e eu choro em seu peito, enquanto o médico pede que Poliana se afaste do Ryan para tentar cuidar do caso dele.

O médico faz algumas coisas, mexe nos aparelhos ao lado e encara o Rick, e depois o Adam.

— O caso é grave — ele diz e eu fecho meus olhos chorando — farei o possível, mas ele vai precisar de um cirurgião plástico.

— Vou mandar que busquem ele, não dar pra cuidar dele nesse buraco — digo e o médico concorda.

— Uma ambulância UTI, se é que quer que ele chegue em um laboratório ainda respirando — o médico diz e o Adam o encara sério e ele levanta as mãos como se desculpasse pelo modo de falar.

Adam me tira daquele quarto e me leva pro cômodo sujo ao lado e eu o abraço voltando a chorar e ele beija meu rosto.

— Acha que vão conseguir?

Pergunto e ele não me responde, apenas continua abraçado a mim enquanto beija o topo da minha cabeça.

Adam Carter | Atlanta

Enquanto Jasmine e Poliana continuava no quarto junto ao Ryan naquela merda de cama, eu encarava os dois médicos a minha frente, que se preparavam pra transportar o Ryan dali pra um hospital de verdade.

— Qual a porcentagem de chances de sobreviver que ele ainda tem? — Pergunto e vejo o Rick se aproximar.

— Senhor, pra ser sincero com você... talvez ele tenha 30% de chance de sobreviver — ele diz e eu apenas concordo, isso já era melhor do que ele está morto.

O que importa é que ele ainda "tem chance" de sobreviver.

Vejo a morena se aproximar e os médicos se afastam e eu observo os olhos dela, curiosa como sempre, ela respira fundo e apoia as mãos em meu peito.

— Algo que eu precise saber? — ela pergunta e eu nego.

— Vão levar ele — digo e ela assente e vejo ela olhar pra sua amiga que continua chorando.

Os médicos e meus seguranças fizeram logo o que deviam, colocando o Ryan em uma maca e o tirando dali, Jasmine chorou vendo aquela cena e a levei até o carro, onde seguimos a ambulância até o hospital particular do centro da cidade.

— Merda — digo ao ver a quantidade de fotógrafos ali, e entro no estacionamento do hospital, onde eles não podiam invadir, mas mesmo assim alguns dos meus seguranças nos acompanha.

Jasmine caminha ao meu lado agarrada a mim e quando saímos do elevador, nos damos de cara com quem eu não esperava e nem queria.

— Filho — meu pai diz com um sorriso nos lábios e a mulher ao meu lado se afasta, continuando segurando a minha mão.

— Que merda faz aqui? — pergunto entre dentes e vejo flash contra a gente, tinha paparazzis ali.

— Não vai me dar um abraço? Nossa família ainda está de luto — ele se aproxima e eu fecho meus punhos com raiva — ela está mais gostosa ainda sem aquela barriga, e os peitos dela parecem estarem bem maiores agora — ele murmura próximo ao meu ouvido e eu não consigo, solto a mão da Jasmine e empurro meu pai pra trás notando ele calambiar, e logo encarar os paparazzis que filmavam tudo e eu nego com raiva e sinto Jasmine segurar meu braço.

— É o luto, ele não superou muita coisa ainda — meu pai diz para as câmeras e eu
passo a mão no rosto sem paciência — Se por um momento pensou que me deixaria triste ver o Vlad morrer, você se enganou, eu me livrei de um pesadelo.

— Eu havia me esquecido que ele te fazia de puta dele — provoco e vejo ele me encarar com raiva.

— Se quer falar de putas, vamos falar das que você tem em casa — ele ri — a puta que anda ao seu lado e a que vai crescer com o seu sangue.

E quando ouço ele falar daquela forma, eu parto pra cima dele, só não arrebentando a cara dele por Jasmine entrar na minha frente me impedindo de qualquer coisa.

— Adam, não vale a pena, não vale — ela diz assustada — olha pra mim, amor por favor.

Ela murmura e eu encaro seus olhos marejados e nego com raiva abaixando meus braços e abrindo os punhos, meu pai ri satisfeito e entra no elevador, e antes que eu deixe de o encarar, ouço a voz da Jasmine novamente.

— Jack — ela sussurra e eu encaro o merda do outro lado do corredor nos encarando, ele encara minha mulher e em seguida sai, me fazendo encarar Jasmine.

Amor e Império - Livro doisOnde histórias criam vida. Descubra agora