Parte 11

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Adam Carter | Atlanta

Era a terceira vez que um dos meus homens invadia a porra do meu escritório pra dizer que minha mulher estava ameaçando matar quem não permitisse sua entrada, e foi exatamente a ordem que dei a eles, não permitirem que ela entrassem

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Era a terceira vez que um dos meus homens invadia a porra do meu escritório pra dizer que minha mulher estava ameaçando matar quem não permitisse sua entrada, e foi exatamente a ordem que dei a eles, não permitirem que ela entrassem. Passo a mão no rosto e coloco o copo de whisky já vazio na mesa e encaro meus homens e vejo que Kolt não estava entre eles.

— Sejam rápidos, preparem tudo, sairemos pela madrugada — digo e eles concordam.

As portas do escritório se abrem e eles saem e a baixinha morena de camisola vermelha entra me fazendo fechar os punhos e encarar seu decote, mas nenhum merda olha pra ela, sabiam que eu mataria eles se ousassem fazer isso.

— Sete horas Adam, sete horas que você está me ignorando — ela diz estressada — eu estou nervosa, preocupada e irritada com você.

— Eu estava resolvendo muita porra, com você aqui não daria pra me concentrar.

— O que está planejando?

— Não estou planejando nada — minto e ela cruza seus braços.

— Eu não sou idiota ok? Eu conheço você.

— Vem aqui — a chamo e ela rola os olhos, mas se aproxima e eu seguro sua cintura com calma e ela me encara e respira fundo e eu a puxo para o meu colo e ela se senta em uma das minhas pernas.

— Seu pai quer irritar você, você sabe disso né? Ele quer que você tente algo com a cabeça quente — ela diz ao negar — não podemos deixar ele nos abalar.

— Ele fez aquilo só pra me assustar — digo rouco.

— Não tente nada — ela pede se escorando em meu peito — por favor.

— Ryan acordou — digo pra mudar o assunto e ela me encara surpresa — a uma hora, sua amiga está com ele.

— Eu não soube, eu quero ver ele — ela diz e eu concordo encarando o relógio na mesa.

— Não está sendo muito fácil — digo e ela não se importa, saindo meu colo e assente.

— Vamos agora mesmo — ela diz e eu apenas passo a mão no rosto e concordo.

Bebo um pouco de whisky e subo as escadas atrás dela, e enquanto ela se veste eu vou até o quarto da Jade, a observo dormir por alguns segundos e saio de seu quarto, notando a babá me olhar meio envergonhada.

Jasmine sai do quarto usando um casaco grande e botas nos pés e o cabelo amarrado, seguro sua mão e saímos da mansão, era quase meia noite, mas eu sabia que ela não me deixaria dormir sabendo que seu irmão acordou.

Corro pelas ruas de Atlanta, indo diretamente para a clínica mais afastada que encontrei e deixei meus homens de guarda, até por que sei que meu pai tentaria matar o Ryan apenas pra afetar a Jasmine e a mim.

Vejo que o carro do Rick está ali e encaro Jasmine que sai do carro com raiva e empurra seu pai quando o vê ali.

— Resolveu aparecer? Vai trazer os homens do Adis aqui novamente? — ela grita e eu a puxo e ela nega tentando se soltar.

— Eu não trabalho com o Adis já faz um tempo — Rick se defende.

— É mesmo? Estranho você desaparecer já que disse que estava tão preocupado com o Ryan, e logo depois tentam atacar o hospital onde ele estava — minha garota diz nervosa e seu pai nega.

— Eu precisava me esconder, não sou igual seu namorado que tem vários homens o protegendo, Adis quer minha cabeça — ele diz estressado e me encara — não acha que eu me arriscaria tanto assim traindo você acha? Sei que pode me matar quando quiser.

Jasmine não diz nada, apenas se solta dos meus braços e nega com raiva, entrando na clínica sem olhar pra trás.

— Eu não preciso mentir sobre isso, não estou armando nada, só quero paz — Rick diz e eu o encaro de cima abaixo.

— Procure uma igreja — digo sério e caminho em direção a clínica.

E assim que entro vejo Tália quase dormindo em uma das cadeiras e vejo que o médico parecia estressado.

— Aquela mulher ela não pode...

Ele diz ao negar, mas logo me vê e franze o cenho e eu encaro o corredor e imagino do que ele falava.

— Minha mulher — o corrijo e ele engole seco.

— Ela não pode entrar lá sem preencher uma ficha — ele diz sem graça.

— Garanto que não precisaremos fazer uma ficha — digo e ele respira fundo e assente e encaro Tália que ri ao se levantar.

— Precisa controlar ela — ela zomba e eu ignoro.

— Já falou com ele? — pergunto sabendo pelos meus seguranças como estava as coisas aqui quando Ryan acordou.

— Ele aprontou um escândalo — ela respira pesado e nega — diz que não quer que ninguém o veja.

— Algo mais?

— Ele não está tão feio, aquilo vai cicatrizar, não tem por que daquilo — ela rola os olhos — mas de uma coisa eu sei, eu não sou a mulher pra estar com ele agora.

Nego ao ri de canto, eu já esperava isso, Tália nunca me enganou.

— Não estavam em lua de mel? — digo e ela me encara.

— Eu sempre gostei dele, sempre — ela diz e eu franzo o cenho — desejo o melhor pra ele, e é por isso que digo isso, eu vi como aquela mulher o olha, ela discutiu com ele o mandando se calar enquanto ele a expulsava do quarto, ele a ama e ela também, está óbvio.

— Beleza, vou fingir que é por isso que está caindo fora — digo e ela assente.

— Realmente é Carter — ela diz e encaro seus olhos por alguns segundos e concordo — o Adam falou de você a noite inteira.

Desvio meu olhar do dela e me lembro da conversa com o garoto no outro dia no hospital e encaro ela novamente.

— Quero que deixe ele na mansão comigo por uns dias — digo e ela franze o cenho.

— É sério?

— Nos falamos depois — digo e ela sorri sem acreditar e caminho em direção ao corredor.

E não demorou muito pra mim ouvir a voz da Jasmine e do Ryan e empurrei a porta observando ela chorar enquanto sorria, sua amiga estava atrás dela e vejo meu amigo me encarar.

Ele estava ainda com faixas no corpo, e no rosto um curativo enorme no lado esquerdo, e pelo lado direito descoberto, se notava como ele estava vermelho.

— Não foi dessa vez que me enterrou — ele diz rouco enquanto ri de canto e eu nego.

— Filho da puta — digo e ele ri e vejo as garotas rirem também se abraçando e entro no quarto.

Amor e Império - Livro doisOnde histórias criam vida. Descubra agora