Onde meu coração pertence

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George congelou.  Essa... essa era a voz de Dream.  Mas ele deixou cair o telefone no chão em meio do caos.  Então, como ele poderia...? 

E então ele percebeu que a voz de Dream parecia diferente. Quase como-

Ele se virou. 

E lá, espiando por trás da porta, estava Dream. 

"George?"  Ele chamou novamente: "É você?" 

"Dream", George respirou, "Eu-"

Mas ele não teve a chance de terminar a frase, Dream correu pela porta e agarrou George em um grande abraço, jogando-o de costas na cama.

"George! Eu não posso acreditar que você está aqui. Você está realmente aqui! É você mesmo?"

"Woah Dream!"  George gritou quando foi empurrado para trás na cama, ficando preso sob Dream no processo.  "Sim, sou eu! Sou eu mesmo! Mas... por que você está no meu quarto?" 

Dream riu baixinho. "Olhe ao redor George." 

Foi o que George fez e descobriu que realmente estava em algum lugar diferente.  Era a mesma sala, mas estava decorada de forma diferente.  Havia prateleiras cheias de itens colecionáveis ​​e caixas cheias de fitas cassete recém-organizadas.  George engasgou ao perceber o que havia acontecido. 

"Eu- eu estou no seu quarto... não estou?"  George exclamou com admiração.  "Isso significa...?" 

Dream deu uma risadinha. 

"Bem-vindo a 1970 George."  Ele disse docemente, antes de se inclinar e conectar seus lábios com os de George pela primeira vez. 

George ficou surpreso a princípio, mas logo derreteu quando os lábios de Dream se moveram contra os seus.  Ele podia sentir o amor que Dream estava derramando sobre ele, e ele retribuiu com a mesma força.

Ele se viu passando as mãos pelo cabelo de Dream, algo que queria fazer desde que desenterrou a imagem de Dream na cápsula do tempo.  E Dream encontrou suas mãos em George também, uma descansando em seu quadril e a outra segurando sua bochecha com amor. 

Quando Dream foi ajustar a mão ao quadril de George, ele sentiu algo no bolso de George.  Dream lentamente interrompeu o beijo e se afastou de George. 

"O que é isso?"  Ele perguntou, dando um tapinha no bolso da calça jeans de George. 

"Eu-oh! Espere um pouco."  George rapidamente esvaziou o conteúdo do bolso.  Sua mão reapareceu segurando o envelope lacrado que seu futuro eu lhe dera. 

"Para que é isso?"  Dream perguntou, curioso.  Mas George ergueu o dedo, silenciando Dream de dizer qualquer outra coisa que ele pudesse ter dito.  A mão de George então emergiu de seu bolso uma segunda vez, segurando algo muito menor.  Ele abriu a palma da mão e estendeu o item para o Dream ver. 

A respiração de Dream ficou presa.  "São aquelas...?"

George acenou com a cabeça, um sorriso no rosto.  "Você me deu flores, então pensei em comprar algumas para você também."  George largou o pequeno pacote de sementes na mão agora aberta de Dream. 

"Flores do futuro..." Dream sussurrou com admiração. 
"Flores de 2020..." George acenou com a cabeça. 

Depois que George revelou o pacote de sementes de flores para Dream, ele voltou a ler a carta.  Eles abriram e leram juntos.

Isso disse a eles como eles haviam se apaixonado lentamente um pelo outro, e como Dream havia se cansado de seus telefonemas para George. 

Isso explicava como George passou uma semana sem um telefonema do Dream, antes de ser convidado para jantar com a família de Wilbur. 

Contava como o telefone de Wilbur tocou e como George os levara ao hospital onde estava o pai idoso de Wilbur e Techno.

Isso os deixou saber como George encontrou Clay velho e doente naquela noite.  E como suas últimas palavras foram "Cuide bem dessas flores, Número Errado". 

Em seguida, passou a contar a história da vida triste e solitária de George depois que sua conexão com o Dream do passado foi rompida. 

E enquanto os dois garotos liam a carta, eles se pegaram abraçados.  Segurando como se eles nunca tivessem a chance novamente.  Eles adormeceram naquela noite nos braços um do outro, bem onde ambos pertenciam.

Flowers From 2020Onde histórias criam vida. Descubra agora