A grande noite

484 36 5
                                    

Por Pedro



3 setembro











Então chegou o dia no qual conheceria Teresa, por retratos devo dizer que era uma bela mulher e por suas cartas certamente podia-se notar que era amável. A aguardava ansiosamente, já estávamos casados , mas a angústia de não a conhecer cara a cara era uma tortura. De certa forma mesmo com seus retratos mas nada,Teresa era uma mulher bonita, inteligente, sagaz e o que mais me impressionou em suas cartas era seu interesse pela educação, pela história, certamente seria uma boa Imperatriz.

Enquanto aguardava sua chegada, tantos pensamentos se passaram em minha cabeça, e se não fosse nada como eu estivesse pensando? E se na verdade eu tivesse que viver infeliz pro resto da minha vida com uma mulher que certamente não amaria.Um dos fardos da realeza é nunca poder se casar com quem se ama mas sim com quem o seu país seja necessário que você ame. Não vou negar que estava nervoso, minhas mãos suavam frio, a ansiedade é tanta que não havia me alimentado neste dia. Lurdes estava ao meu lado com de costume. Me acalmando, tentando me alegrar, Lourdes certamente era única que sabia como eu não queria aquele casamento, talvez eu tivesse herdado o gênio do meu pai Dom Pedro I, ou talvez eu não quisesse viver um relacionamento de aparências, mas me casar não era o meu sonho. Não demorou muito para sermos informados que o Navio havia chegar no Porto e uma de nossas tropas foi enviadas para que pudessem trazer Teresa até o Palácio. Fiquei em duvida se iria recepcioná-la ou não. Mas mediante aos atuais circunstâncias que não vem ao caso neste momento para serem explicadas,era de minha segurança que permanecesse no Palácio. A tropa foi enviada e cerca de 3h depois fomos informados que haviam chegado aos portões da quinta, o meu coração quase saiu pela boca, na realidade a curiosidade estava me matando, talvez se não tivesse recebido educação que recebi teria saído correndo naquele instante até o portão para poder ver minha mulher, curioso... Chamar Teresa de minha mulher. A chamei de minha esposa, sem ao menos ter me tocado, sem nos conhecermos melhor, nos apaixonado. As questões reais tem uma ordem cronológica que pulavam os acontecimentos e os fazia acontecer de modo ao contrário. Afinal primeiro a gente se encanta, depois se apaixona, depois ama, depois se casar e construir uma família, mas para as pessoas da realeza não funciona dessa maneira.

Quando vi Teresa não pude deixar de reparar na suas roupas certamente era muito bem feitas e sobre medida, se mantinha uma cor azul com detalhes de renda nas pontas, o cabelo estava em um coque muito bem feito como se tivesse levado horas para ser produzido, a maquiagem era quase imperceptível dando um ar mais natural a mulher. Talvez por estar na mesma situação que ela certamente pude anotar seu jeito nervoso, sua inquietação, até mesmo seu constrangimento. Não tivemos tempo de analisar detalhes um do outro, os representantes que a acompanhavam quase a empurraram para que ficássemos mais próximos, devo dizer que sua aparência de primeira não me encantou, de certa forma era divergências quadro já vistos, na verdade divergente de minha imaginação. Nos apresentamos, depositei um beijo suave em suas mãos nelas que pode tocar e perceber a suavidade, a pele macia, e devo dizer que com ela tão próxima a mim pude sentir a sua essência, Teresa tinha um cheiro doce, mas também tanto excêntrico, como se tivessem inventado uma essência de rosas do campo com uma pitada de tangerina. Ela sorri como um ato de agradecimento e devo dizer que ao ver seu sorriso senti meu coração saltar. Seu sorriso era lindo transpassando sinceridade, um carisma, já havia conhecido muitas mulheres mas nenhuma com sorriso como aquele. Passamos uma tarde agradável, tomamos um chá, conversamos caminhando pelo jardim, era difícil ficar confortável com tantas pessoas ao nosso redor, eu me importava mas do que ela, nunca gostei de ser o centro das atenções, mas Teresa era gentil, notou o meu desconforto e fez o possível durante aquela tarde para que ela fosse o mais alegre e que passasse o mais rápido possível. Ao chegar o entardecer em um ato de descrevo como gentil de minha parte, nos sentamos ao jardim e vimos o sol se pôr, foi uma cena belíssima, notar os resquissios de raio de sol refletindo sobre a pele de Teresa devo dizer com toda sinceridade que foi uma das cenas mais lindas da minha vida.

Um acordo entre Reinos  - pedresa Onde histórias criam vida. Descubra agora